sexta-feira, 11 de abril de 2014

Ensandecer

Lembram-se da titularização de dívida, onde esta era dividida em diferentes tranches de risco e depois revendida em mercado? Sim, aqueles títulos tóxicos que quase fizeram a economia implodir em 2008. Pois bem, o BCE e Banco de Inglaterra querem aligeirar a regulação de forma a reactivar este mercado na Europa.

16 comentários:

  1. O link não está acessível...

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  2. According to S&P, the rating agency, only 1.5 per cent of European ABS outstanding in mid-2007 defaulted by the third quarter of 2013. The comparable US figure was 18.4 per cent.

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  3. Jose,
    Os europeus não engoliram tanto veneno, mas não deixa de ser veneno.

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  4. Vergonhoso!
    Como não deixa de ser sintomático como um ou outro fundamentalista dos mercados dos credores, de merkel, da austeridade e do empobrecimento do país surja de estandarte em punho, com um slogan duma agência de rating e promovendo os títulos tóxicos que nos levaram aonde levaram
    "É o capitalismo estúpido"
    Mete nojo tudo isto

    De

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  5. Se funcionou da 1ª vez e ninguém (senão os tristes) foi responsabilizado, porque não se haveria de fazer outra vez?

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  6. Os tolos dos alemães fartaram-se de comprar esse lixo.

    E ainda acham que esse povo tem capacidade para gerir o que quer que seja.

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  7. L Rodrigues, eu percebo pouco dessas artistices financeiras, mas julgo que tudo se resume a gente que está 'na onda' e que faz seguros em investidores 'de sof´.
    Equipara risco a veneno e reclamar crescimento económico acelerado, é o contrasenso que está em discussão como deve ser enfrentado.
    O mais cretinos (abaixo) tudo resumem a redidtribuir e consumir, mas isso não é matéria séria!

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  8. A água benta que jose lança sobre alguns dos que estão na base da presente crise, espelha-se bem no eufemisno cobarde mas cúmplice desta frase de jose:
    "tudo se resume a gente que está 'na onda' e que faz seguros em investidores 'de sof´"

    Os "resumos" têm destas coisas.A ordem neoliberal também. O termo "cretinos" com que jose enfeita de quando em quando o seu discurso idem,idem

    Porque tal "benevolência" com os mercados e seu modus operandi tem antecedentes.O mesmo jose sobre a Pide dizia, e cito ipsi verbis "agentes da PIDE prestaram grandes serviços à Pátria - se é que sabes o que isso seja!"

    É comparar com o ódio que o mesmo sujeito tem para quem trabalha e para quem apenas vive da sua força de trabalho.

    De

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  9. Peço a benevolência dos leitores para este caso De/José.
    DE tem um problema mal resolvido com uma revolução que não cumpriu as regras mais elementares de revanchismo e de diabolização do passado.
    Esquece - e por isso sofre - que só adoptando os métodos que quer atribuir aos derrotados seria possível cumprir tal missão.

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  10. Foi precisamente essa Titularização das dividas (dividir várias, juntar em pacotes, pôr nomes janotas), que fez explodir a Crise enorme nesse ano.

    Mas houve quem lucrasse bastante, isto porque a antiga promessa que os Depósitos estavam garantidos, foi aproveitada para salvar os bancos, que fizeram essas tramoias.

    De notar que houve no entanto bancos que faliram, sem repercussões de maior. Os que faliram geralmente eram de Depósitos, mas sim de Investimentos (ou mistos)

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  11. Hum
    Para jose diabolização do passado nunca,nem mesmo que tenha que passar pela defesa da pide e restantes torcionários.

    Está certo.Afinal a diabolização deve estar reservada para os sindicalistas, para os grevistas, para os funcionarios públicos, para quem assine manifestos ou simplesmente para quem conteste tal estado de coisas conduzidas pela trupe de facínoras que nos governa.

    De

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  12. Defreitas,como seguramente sabe o básico em termos de progresso económico é não distribuir o produzido e acumular capital.
    Ou o faz nos privados ou no Estado.
    Não lhe faltam exemplos de uma e outra opção.
    Equitativo nunca´foi, é ou será.
    Produtivo e razoável é tudo quanto ambiciono!

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  13. "Produtivo e razoável"?
    Produtivo e razoável como o fizeram os donos de Portugal antes do 25 de Abril?
    Ou como o fazem agora, em que os mais ricos estão a cada dia que passa mais ricos?

    Aqui há tempos jose cantava hossanas de alegria pelo facto dos 85 mais ricos terem tanto como a metade mais pobre do universo.Ele proclamava que:"No capitalismo a acumulação de capital é feita em poucos, inevitávelmente!"( um ponto de exclamação assaz significativo).
    O razoável de jose equivale "apenas" à metade mais pobre.(outro dado extremamente significativo)

    As 25 maiores fortunas em Portugal somam 16,7 mil milhões de euros em 2013, o que revela um crescimento face aos 14,4 mil milhões que valiam em 2012.

    Uns , a imensa maioria trabalha para que o seu produto seja roubado pelos mais ricos, seja utilizado para o pagamento de dívidas quantas vezes manhosas,seja utilizado para cobrir a governança dos swapp, das PPP, dos BPNs, do banquetes dos boys.
    Paralelamente o estado em nome do terrorismo governamental rouba salários,pensões e saqueia os cidadãos com impostos não se detendo sequer em quem menos tem.

    A esse propósito jose exultava também com tal facto e escrevia:"os ricos não comem o que ganham e muito menos o que têm; e é essa a sua utilidade!"
    Isso mesmo.O ter com que matar a fome é uma chatice já que para o jose tal não tem qualquer utilidade.

    É fartar vilanagem. O "nunca foi equitativo nem será" é a palavra de ordem neoliberal que replica outra palavra de ordem repetida pelos antigos esclavagistas ao tentarem proteger o seu saque quando afirmavam que "escravatura sempre houve e sempre haverá"

    De

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  14. Ao Senhor José : de 13/4, 01:00



    Descobri este "blogue" por acaso, ao sabor do "surf". E descubro ideias do passado que ressurgem... ou que continuam. Quando José diz que "o básico em termos de progresso económico é não distribuir o produzido e acumular capital", são as leis básicas da economia que José recusa. José parece ignorar que o motor básico da economia é o consumo. Que para haver consumo é preciso distribuição de poder de compra. E não para os ricos que são uma minoria e têm já tudo, ou não precisam de mais nada. Mas para a grande massa dos cidadãos que "ainda" têm necessidades e por vezes essenciais, como alimentar-se e instruir-se.

    Que quando se consome, é preciso produzir. Que para produzir é preciso investir. E que investindo, produzindo, repartindo "equitativamente" o resultado do trabalho que permite de consumir, o Estado vai receber o "carburante" – as taxas e impostos – de que tem necessidade para exercer os seus deveres básicos: a educação, a saúde, a segurança, as infra-estruturas, enfim tudo o que é imperativo na sua função de regulação e de impulsão da economia.

    Não é deixando à mercê dos únicos possuidores de capital o direito de definir quem deve viver, sobreviver e morrer de miséria que o Estado exerce a sua função, para o qual foi eleito pela maioria dos cidadãos.

    Quando José escreve: "Equitativo nunca´foi, é ou será.", permita que lhe recorde que desde tempos imemoriais que aqueles que se enriquecem à custa do trabalho dos outros nos dizem que " é impossível".
    Era impossível acabar com o trabalho dos menores de 10 anos nas fábricas e nas minas, em vez de irem para a escola, era impossível de reduzir o tempo de trabalho para 8 horas por dia, era impossível conceder férias aos trabalhadores, era impossível proteger a saúde e a segurança dos trabalhadores impondo condições dignas nas fábricas, era impossível assegurar aos trabalhadores, no fim duma vida de trabalho dura, os meios de vida decentes quando já não se tem um salário para viver, sim, porque a reforma era um sonho de utopistas, Senhor José!

    Utopista a Segurança Social, utopista o direito de estar doente em casa ou de acidente do trabalho remunerado, utopista o direito à formação profissional, utopista a formação sindical, o direito a WC's, duches e vestuários de trabalho fornecida pelo patrão, e estas mil coisas que tornam o trabalho menos duro e mais seguro, que não era possível para o patronato e os políticos que os apoiam ... e, entretanto, isso foi possível um dia!

    Permita que lhe diga, Senhor José, que o mundo é tal como é, ou antes como o deixam fazer alguns, e que o "produtivo e razoável" que escreve no fim do seu comentário tem um perfume do Bangladesh... Produtivo quando 2000 trabalhadores morrem nos escombros da fábrica onde trabalhavam por alguns euros por dia, razoável quando se aceita a escravatura que os patrões do Ocidente querem tornar planetária.

    São os mesmos que nos dizem que "não é possível" de outra maneira, que esquecem que se toda a gente curva a espinha e desce as calças, não estaríamos aqui a discutir, porque em não importa qual época são os mesmos que nos dizem que é impossível evoluir.

    A liberdade também era impossível antes de Abril 1974.

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