segunda-feira, 28 de abril de 2014

É lamentável, mas é verdade


“É lamentável ter de o dizer, mas a principal ameaça que hoje existe à independência de Portugal é a União Europeia.” Diz que é com esta frase que João Ferreira do Amaral começa o seu último livro, disponível esta semana nas livrarias. Começa bem. Num ambiente intelectual demasiado marcado pelo horror à ideia de soberania, condição necessária para tudo o que alcançámos e que ainda temos para defender, João Ferreira do Amaral é uma voz, apesar de tudo, cada vez menos isolada. Pudera.

Neste contexto, aproveito para disponibilizar uma versão de um capítulo de livro que eu e o Ricardo Paes Mamede escrevemos - Os custos de um projecto utópico: O contributo de João Ferreira do Amaral - para uma obra em sua homenagem que foi lançada no ano passado. Uma homenagem bem merecida também por isto (escrito em 1995 na revista Política Internacional):

“O Tratado da União Europeia constituiu, no domínio económico, um verdadeiro golpe de Estado, ao impor concepções e instituições ultra-liberais aos cidadãos europeus apanhados desprevenidos. E, nem o facto deste golpe ter sido depois legitimado pelas ratificações parlamentares e por alguns referendos, pode esconder a realidade do erro histórico que se cometeu, só possível devido ao défice democrático na Europa. A parte económica do Tratado constituirá uma amarga experiência para os europeus que constatarão mais uma vez, à sua custa, que subordinar a concertação de interesses nacionais às abstracções ideológicas é a via mais rápida para o desastre.”

7 comentários:

  1. No essencial tudo se resume a afirmar que à miséria imposta se deve contrapor a miséria autónoma pela desvalorização da moeda, por ser a mais eficaz a corrigir todas as distorsões abrilescas.
    Permitir fazer recuar as pensões e recompensar o trabalho seria seguramente o mais imediato e útil efeito dessa política, com o TC a ver passar os direitos adquiridos...
    Mais do que uma questão ideológica é uma questão prática, de operacionalidade das medidas.

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  2. não.
    Tavez seja melhor jose ler de novo o texto e persignar-se pelo facto de serem precisamente os mais à direita do espectro político os que mais se curvam e obedeceom aos mandamentos troikistas e vende-p
    atrias.
    Já os víramos assim em 1383 e em 1640...

    De

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  3. ( e depois aconselha-se jose a ler de novo o texto de João Rodrigues para ver se percebe o que lá está escrito e não arranja pretextos para uma nova discussão já tida n vezes e com que tenta camuflar o essencial do post.

    Para jose parece que tais manobras visam a "operacionalidade das suas medidas em prol da troika e da austeridade)

    De

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  4. Não digam nada ao José( o Zezinho...)porque ele não vê nem quer ver nem entende nada de nada nem quer.
    É, por isso, trabalho insano fazer qualquer tentativa nesse sentido.
    Mandem-no mas é emigrar que é o melhor que ele fazia.

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  5. A situação actual de Portugal é de Colónia do Eixo Paris --Berlim e do FMI que é o braço armado das políticas económicas monetaristas impostas pelas grandes potências dominantes.

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  6. Ainda há ecos de um espírito muito manifesto quando Abril foi a Março e a Novembro, que diz garantir cama e mesa a quem entenda e propõe a emigração a quem entenda diferente.
    Reconhecem-se facilmente porque sempre se dizem os verdadeiros herdeiros de Abril.

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  7. (por favor alguém diga aí ao Jose que o tema que o post aborda e denuncia é a ameaça à nossa soberania e o autêntico cavalo de Tróia que constitui o tratado da união europeia,parido e encenado pelos ultras neoliberais.
    E não os derivativos um pouco camuflados por uma linguagem pretensamente codificada com que Jose tenta chutar a bola para canto).

    Ah! Esta mania tão pesporrenta como neoliberal de se considerar a cama e a mesa como luxos supérfluos... o défice democrático a viver paredes meias com o défice humanitário.Alguns dos fundamentalistas do mercado irão depois participar em rezas ao som dos autos-de-fé com que alimentam o seu trajecto ideológico.Enquanto recitarão três vezes o missal da Dona Jonet e cinco vezes o breviário dum césar das neves

    De

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