quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Economia humana?

Así como el mandamiento de «no matar» pone un límite claro para asegurar el valor de la vida humana, hoy tenemos que decir «no a una economía de la exclusión y la inequidad». Esa economía mata. (...) En este contexto, algunos todavía defienden las teorías del «derrame», que suponen que todo crecimiento económico, favorecido por la libertad de mercado, logra provocar por sí mismo mayor equidad e inclusión social en el mundo. Esta opinión, que jamás ha sido confirmada por los hechos, expresa una confianza burda e ingenua en la bondad de quienes detentan el poder económico y en los mecanismos sacralizados del sistema económico imperante. 

Papa Francisco, Evangelii Gaudium

A Doutrina Social da Igreja, se for levada a sério, e às vezes parece não o ser por essa hierarquia acima, oferece sempre pistas interessantes, mesmo para os que não são crentes, para uma crítica ao capitalismo neoliberal alinhada, por exemplo, com o que se sabe sobre os determinantes sociais da saúde em contexto de austeridade ou sobre a economia política da desigualdade crescente. Desigualdade e austeridade ferem e matam. Trata-se, pelo contrário, de buscar, com todas as ambiguidades que este termo contém, uma economia solidária. De resto, as suas hipóteses antropológicas da pessoa como ser relacional, em oposição à ficção influente do homo economicus, apontam, entre outros, para os perigos do egoísmo alimentado pelas instituições e exortações prevalecentes em tempos de neoliberalização.   

1 comentário:

  1. Deve ter lido ontem a Exortação Apostólica pois ainda não estava disponível a versão em português. Hoje já o está.

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