domingo, 19 de maio de 2013
Consenso
A troika em todo o seu esplendor num título do Público de ontem: “Com medo da recessão, do impacto da austeridade e do TC, troika não abdica de corte de 4700 milhões”. A troika não abdica de ainda mais austeridade permanentemente recessiva e com medidas certamente inconstitucionais. Entretanto, uma sondagem diz-nos que mais de 80% dos inquiridos defende que o memorando deve ser renegociado ou denunciado, esta diferença é importante, e que apenas 12% dos inquiridos considera que o documento foi bem elaborado. Centenas de milhares de novos desempregados depois, estranho seria se fosse diferente. Parece então emergir um consenso potencialmente feito de bom senso, ou seja, de dissenso. Já agora, por onde andam os economistas que nos garantiram, em uníssono na TV durante meses a fio, que o memorando era a melhor coisa que inevitavelmente tinha acontecido à economia portuguesa, contribuindo assim para construir um consenso que já se esboroou? Andam por onde sempre andaram: algures entre um estúdio, um editorial, uma universidade do consenso das elites, um ministério, um palácio lá para Belém e um grupo económico mortinho por continuar a ir ao pote.
O que a troika definiu para o nosso país foi o empobrecimento. A dialéctica moralista, a retórica eufemista e todas as falácias a que temos sido sujeitos são a evidência da nossa insignificância.
ResponderEliminarSó sairemos desta ida para o Abismo quando o Povo Português tomar consciência de que há uma Troika Mafiosa que nos governa desde há 36 anos constituída pelos chamados Partidos do Arco da Governação, PSD+PS+CDS, e que só quando dermos oportunidade aos outros, aos que não estão ligados e subjugados por esse sistema de corrupção que domina os Aparelhos Partidários desses 3 Partidos, só então conseguiremos construir uma ALTERNATIVA que se veja.
ResponderEliminarNão havia para aí uns “maduros” a matraquearem-nos com a necessidade de consenso?
ResponderEliminarOra aí está uma maioria esmagadora (mais de 80%), consensualmente, a pedirem a denúncia ou a renegociação do memorando.
Só o inquilino de Belém é que continua a fiar-se na virgem, e deliberadamente a querer ignorar o presente…Nada é com ele!