sábado, 2 de fevereiro de 2013
Procura
Os fatores limitativos ao investimento mais referenciados como principais pelas empresas continuaram a ser a deterioração das perspetivas de vendas (62,6% e 63,4% em 2012 e 2013, respetivamente) e, embora com menor expressão, a incerteza sobre a rentabilidade dos investimentos (11,9% e 11,6%) e a dificuldade em obter crédito bancário (8,9% nos dois anos em análise).
Esta é uma das principais e repetitivas conclusões de mais um inquérito semestral do INE a milhares de responsáveis empresariais. A realidade parece ter mesmo um enviesamento keynesiano. Entretanto, perante estas perspectivas, cerca de 20% das empresas declara que irá reduzir a sua força de trabalho. A política em curso é parte do problema: dizem querer refundar, mas com um corte de 4000 milhões de euros irão mas é afundar a economia, comprimindo ainda mais a procura e garantindo que o Banco que não é de Portugal fará com 2014 o que já fez com 2013. A taxa de desemprego oficial ultrapassará, lá para 2014, os 20% a este ritmo, quase o quíntuplo da registada pouco antes de termos aderido ao euro, muito mais do dobro do máximo histórico antes de termos aderido ao euro. Coincidências, certamente.
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