sexta-feira, 20 de julho de 2012

A austeridade é um negócio (I)

Recebi a imagem aqui ao lado (clicar para ampliar) na caixa de spam do meu correio electrónico. Foi-me enviada por um sugestivo «M. da Saúde» e fiquei com dúvidas se com «M.» pretendem abreviar «Ministério» ou «Medicare» (ou se já acham, nos dias que correm, que tanto faz).

No título, a mensagem não podia ser mais clara: «Proteja-se dos cortes na saúde em 2012, saiba como!» (sendo reforçada, na imagem, com outra frase: «Proteja-se dos cortes na saúde, conheça os planos de saúde Medicare»).

Este é um eloquente sinal dos tempos. Mas não se iludam com os valores da promoção. Fui à procura das «letras pequeninas» num suposto contrato (seguradora que não tenha «letras pequeninas» ainda é menos confiável do que a que as tem) mas não as consegui ver. Teria que pagar, previamente, um dos dois valores em causa (35 ou 20€ por ano), para travar eventual conhecimento com elas. A minha curiosidade não chega a tanto.

2 comentários:

  1. É um sintoma claro das tais ligações obscuras de que falava Torgal, a Saúde institucional é desvalorizada para abrir caminho ao negócio das Clínicas e dos Seguros de Saúde Particulares e para que o quadro fique perfeito, às Empresas do Estado já envolvidas na área é exigido que venda aquilo que possuem ao sector...Privado!
    Nos Seguros a mesma coisa.
    Na Energia idem.
    Nos Tranportes lucrativos, aspas, aspas...
    Torgal tinha razão, mexeu nas feridas bem abertas, nas verdadeiras crateras.
    Quem percebeu o recado saltou!

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  2. O Expresso hoje noticía que Relvas só sai depois da venda da RTP!...
    Aquilo tem uma comissão metida na coisa...Não sei se me percebem:
    "-Só depois do negócio feito é que eu me vou embora, pois não acredito que vocês -os que ficarem- façam as coisas, exactamente como ficou assente que eu as devo fazer..."

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