«Portugal está hoje equipado de museus, bibliotecas, arquivos, teatros, cineteatros, orquestras, património histórico, material e imaterial, bem como de uma rede de artistas, criadores, programadores, técnicos e produtores, complexa e de reconhecida excelência nacional e internacional. No entanto, todo este edifício apresenta enormes fragilidades. Os investimentos em infraestruturas e em formação não foram acompanhados por uma estruturação mínima da partilha de encargos e responsabilidades, da definição de cartas estratégicas e de regras de gestão independentes dos poderes imediatos.
Neste momento, como resultado de uma governação abertamente hostil à ideia de serviços públicos de cultura e que usa a crise como álibi, assistimos a uma rápida e progressiva desprofissionalização no setor cultural, ao fechamento das agendas culturais e à desagregação da identidade social dos equipamentos públicos. O desinvestimento do Estado, nas diversas dimensões das políticas públicas para a cultura, nega, efetivamente, o acesso dos cidadãos à cultura e desbarata o investimento feito nesta área no Portugal democrático.
O acesso à cultura, na dupla dimensão da criação e fruição, é essencial ao desenvolvimento.»
Da Carta: Cultura e Futuro, que pode ser lida e subscrita aqui, e que constitui o ponto de partida para a sessão pública de debate que tem lugar hoje no Teatro São Luís, a partir das 18.00h, com intervenções de José Luís Ferreira (director artístico), António Capelo (actor), Catarina Martins (actriz, encenadora e deputada do BE), Nuno Artur Silva (autor e produtor), Kalaf (músico e poeta), João Canijo (realizador), Inês de Medeiros (actriz, realizadora e deputada do PS), António Pinto Ribeiro (programador geral do Programa Gulbenkian Próximo Futuro) e Raquel Henriques da Silva (investigadora e professora universitária) e Rui Vieira Nery (musicólogo). Com imagens de Pauliana Valente Pimentel (fotógrafa).
Foi A participação do estado que tirou os EUA da grande depressão. A auto-regulação é uma teoria sem bases, um pretexto para apoiar um neoliberalismo sem fundamento.
ResponderEliminarhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_keynesiana
Mesmo em dialecto brasilês iletrado compreende-se. Ou então molhor, em
http://en.wikipedia.org/wiki/Keynesian_economics
Dizer que o desemprego subiu a níveis inesperados ou imprevistos só pode ser uma mentira de falsários. Desde o princípio de tona de decisões deste governo que o caminho se desenhou. Os economistas internacionais, não a soldo deste governo anunciaram-no bem alto. Os jornaleiros nacionais, encobriram, como de costume, para domesticar o povo:
http://leaopelado.blogspot.com/2012/03/portugal-nao-e-grecia.html
Não deixo cá mais comentário nenhum. A dita «moderação» é um outro nome de desonestidade que serve para deixar ver os comentários que aprovam as ideias do autor e escondem os que forem contra elas.
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