De uma assentada, decreta-se que o papel da mulher no espaço público é indesejável, que o papel do homem na educação dos filhos é secundário, que uma família com filhos só pode ter um homem e uma mulher, e que os obstáculos à opção de constituir uma família com filhos nada têm a ver com o desemprego e a crescente precariedade das relações de trabalho.
Será que no reino de Ratzinger a ignomínia faz parte das provas de acesso a cardeal?
É bem verdade o que escreve. Hoje de manhã li essa noticia no Publico e fiquei revoltado. Não é por acaso que a Igreja Católica vê a sua posição enfraquecer. São posições destas face ao mundo que provocam essa, vou chamar mesmo, decadência. Sou pai e enquanto pai senti-me ofendido por estas palavras, revoltado mesmo.
ResponderEliminarHum, basta alterar um pouco o que diz o cardeal: "A mulher e/ou o homem, se assim o desejarem, devem poder ficar em casa,..."
ResponderEliminarNa Igreja Católica separamos normalmente o essencial do acessório. O essencial é que o trabalho, numa família, deve ser um meio e não um fim. Depois há pessoas que vêem esta distinção marcada entre homem e mulher, querendo associá-los aos papéis tradicionais. Esta posição serve a alguns casais e a alguns saudosistas.
Como católico preocupa-me muitíssimo mais o silêncio da Igreja face a uma governação que ataca constantemente princípios fundamentais da visão doutrinária sobre o homem, a sociedade e o mundo da economia.
Perguntas:
ResponderEliminar"Será que no reino de Ratzinger a ignomínia faz parte das provas de acesso a cardeal?"
Podes ter a certeza que sim.
O velho Rato Zinger prepara a sua sucessão nomeando mais uma mão cheia de sacanas para elegerem o sucessor.
São escolhidos a dedo.
Assusta-me que não se saiba interpretar as palavras.
ResponderEliminarDe "a mulher deve poder ficar em casa" passa-se a pensar que decreta que a mulher tem de ficar em casa.
Na Alemanha o Estado permite que a mulher possa ficar em casa. E não é um país católico, nem é um cardeal.
EM lado algum o cardeal diz que a mulher não tem um papel na sociedade. Diz apenas que a mulher é essencial na educação dos filhos.
Se alguém discorda de que é essencial a presença da mãe na educação dos filhos, espero que não os tenha. Pobres crianças...
obrigada pelo post. e pelo abraço (não sendo amiga e católica progressista também, nem por isso, embora baptizada na Igreja Catolica e muito a dissentir da mesma).
ResponderEliminarCaro Carlos A., como católica lamento que ainda se invista nestas figuras cardinalícias tão desfasadas do Evangelho e da vida.
Este novo cardeal já foi embaixador do Vaticano em Espanha e é capaz de não ser assim tão conservador para os padrões da hierarquia católica (via Wikipedia em inglês):
ResponderEliminarPapal envoy breaks ranks on gay couples
«Hum, basta alterar um pouco o que diz o cardeal: "A mulher e/ou o homem, se assim o desejarem, devem poder ficar em casa,...»
ResponderEliminarE quer-nos convencer, Carlos Albuquerque, que a formulação "a mulher" em vez de "a mullher e/ou o homem" pertence ao acessório e não ao essencial do que foi dito?