sábado, 2 de julho de 2011
Traduções e expropriações
O Comité para a Anulação da Dívida do Terceiro Mundo (CADTM), dinamizado por Eric Toussaint, que esteve em Lisboa na quinta-feira num seminário muito participado, tendo depois sido entrevistado, disponibiliza um manual para conduzir auditorias à dívida dos países do "Sul" que pode ter algumas lições para as periferias europeias. É por isso que, em breve, estará disponível uma tradução portuguesa. Aliás, o CADTM, como este informativo livro colectivo acabado de lançar indica, tem também vindo a centrar a sua atenção recente na crise da dívida a "Norte". A história repete-se? De alguma forma: a expropriação financeira das periferias europeias expressa, por exemplo, no TGV anual de juros de que falava Santos Pereira antes de ser o Álvaro, super-ministro, num quadro recessivo induzido por uma austeridade que tem a mesma lógica dos programas de ajustamento estrutural de tão má memória, indica a insustentabilidade da situação e a ilegitimidade de uma economia marcada pelo domínio do capital financeiro sobre o resto da sociedade.
Há uma lógica, muito católica por sinal, subjacente ao comportamento de muitos portugueses, a ideia de fazermos agora um esforço para depois ficarmos melhor não permite que muita gente perceba que estão a ser expropriados e que estão a ser vitimas de chantagem como Eric Toussaint refere. Não existe qualquer desígnio que garanta um amanhã maior para compensar o esforço de hoje.
ResponderEliminarParece percetivel que não vai haver crescimento sustentável, nem internacionalmente. o presente sistema entrou na fase disruptiva e não é possivel crescimento com o mesmo paradigma.O unico crescimento será na concentração de riqueza e poder.
ResponderEliminarilegitimidade só é ilegitima se o povo votar contra
ResponderEliminare até agora ainda ninguém deu a vitória ao marxismo
na realidade é o autoritarismo que está a ganhar
tal como durante a crise menor de 1929