sábado, 16 de julho de 2011

Pilhar

O jornalista Rui Peres Jorge faz um bom apanhado da recente opinião económica convencional sobre privatizações nas periferias europeias para chegar à conclusão que “as privatizações não resolvem a crise”. Aliás, a venda entusiástica dos bens estratégicos do país a preço de saldo revela bem a cumplicidade das nossas elites com um capitalismo de pilhagem com escala internacional. Como sublinha Eugénio Rosa, contrariando um discurso oficial cada vez mais aldrabão, trata-se de aprofundar a inserção dependente de Portugal e de canalizar cada vez mais recursos para o exterior.

1 comentário:

  1. Os países que estão a ser coagidos a vender activos na pior altura, para privilegiar a compra em detrimento da venda, as empresas publicas especialmente as que representam um monopólio, tanto representam uma renda fácil, no imediato, como um aumento de lucros num futuro próximo. As empresas publicas deficitárias logo que passem para as mãos dos privados são reestruturadas o que equivale dizer que alguns serviço que não se justifiquem financeiramente ou acabam ou ficam a preços substancialmente mais altos. E já nem falo na perca dos lucros que advêm das vendas. Alterar as leis laborais poderia ser uma boa ideia para uniformizar o trabalho em portugal mas não o que irá acontecer é que essas alterações vão estar ao serviço da agenda, a redução do valor dos despedimentos não irá permitir que os trabalhadores tenham qualquer "poder" nas empresas em que trabalham, os factores de decisão sempre bem distantes de quem sofre com as implicações das escolhas.
    O que se está a passar é imoral e ilegítimo é com espanto que vejo os executores destas medidas com um ar cândido e impoluto a tentarem explicar que este caminho é difícil mas é o melhor...fica a pergunta o melhor? para quem?

    ResponderEliminar