sexta-feira, 29 de julho de 2011

Luta de classes (II)


«O milionário Warren Buffett, o terceiro homem mais rico do mundo de 2011 segundo a revista «Forbes», comentou um dia as reduções multimilionárias aos impostos dos mais ricos dos EUA, fazendo notar que a sua empregada doméstica tinha uma taxa de imposto maior que ele. Para Buffett era claro que se vive uma guerra de classes e que, diz ainda, a classe dele «está a ganhar esta guerra». Quando ouvimos que a crise toca a todos e que é uma espécie de peste negra que une a pátria esbaforida em uníssono, devemos perceber que no barco não estamos todos».

(Do artigo de Nuno Ramos de Almeida no «i», A crise é um negócio)

2 comentários:

  1. E o negócio começou Há muitos séculos com a crise de um primeiro homem dizer: isto é meu, e logo ter quem se colocasse a seu lado a defender essa determinação e outros se terem vergado perente essa expressão de autoridade. Daí até hoje, com muitos nomes diferentes, o capitalismo criou as suas crises e vive delas.Com uma agravante, as que criou há séculos, estão aí, sob a forma de miséria humana, guerras à medida, exploração, prostituição, negócios de armas, ladroagem com cobertura legal, negócios de droga, etc., etc,. Então todas estes exemplos não significam crise? O sistema capitalista só é possível porque são mais aqueles que o defendem, ás vezes contra os seus próprios interesses, do que aqueles que o combatem, sendo que também aqui, quem combate sem efeicácia também acaba por o defender. E estou mesmo a falar dos que o combatem, não dos que dizem segundo a oportunidade que o combatem. Não é que se me meteu na cabeça, há muito, diga-se, que quem não é capaz de somar descontentamento ao descontentamento, não faz nada para alterar a relação de forças, que é esmagadora para o lado do capitalismo,e que, por isso se limita a rezar à santa para que venha chuva no próximo verão!

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  2. Sinceramente, espero que batemos bem no fundo porque só uma terapia verdadeira de choque nos permite acordar. Haverá algum tipo de "desfrebilhador financeiro?"

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