Há alturas em que, não fosse as consequências serem tão dramáticas para a nossa economia e sociedade, quase agradeceríamos certos anúncios e medidas que tornam claro como a água do lado de que classe e de que interesses está o governo - e ajudam a afastar as ilusões que ainda possam ter os mais ingénuos (deve haver bastantes, visto que os elegeram):
Rendimentos do capital ficam isentos do imposto extraordinário - que é como quem diz, os trabalhadores e pensionistas que paguem a crise.
O Alexandre Abreu esqueceu-se de referir que quem mais paga a crise são os desempregados e em seguida os empregados e pensionistas com rendimentos mais baixos porque dizer que quem paga a crise são os trabalhadores e pensionistas é muito redutor e penso que desvia um pouco a realidade.
ResponderEliminarCaro anónimo,
ResponderEliminarTem toda a razão. Pagam a crise em primeiro lugar e de forma mais dramática os desempregados, que o próprio ministro da finanças já anunciou deverem atingir os 13% da população activa em 2013 e uma boa parte dos quais nem sequer tem acesso ao subsídio de desemprego. Ao querer sublinhar a iniquidade da distribuição da carga do imposto extraordinário entre trabalho e capital, cometi eu próprio uma injustiça.
Obrigado.