«Nós temos que fazer escolhas. Quando me dão dinheiro, eu escolho. Ou poupo ou consumo. E, no consumo, ou compro A ou compro B. Quer dizer... eu às vezes o que tenho de dinheiro é pouco, ou vou ao cinema ou compro as pipocas. Se não dá para as duas coisas, o que é que eu prefiro? Ficar cá fora a comer pipocas ou ir ver o filme?». Assim sintetiza João Duque, no evento final da iniciativa Mais Sociedade, os «dilemas» da austeridade.
A deterioração da situação financeira das famílias, decorrente dos cortes salariais, do agravamento das condições de acesso aos serviços públicos e do aumento de impostos, não significa mais, portanto, que um universo de questões lúdicas. Trata-se apenas de optar entre coisas supérfluas, como cinema e pipocas. E não de escolher entre poder pagar a prestação da casa ou do carro, entre levar carne e fruta para casa, ou entre o manual escolar de matemática e o de português, de que os filhos necessitam. É tudo apenas uma questão de cinema e pipocas. Se por exemplo um indivíduo vai às putas, só tem que passar a decidir se quer entrar ou ficar cá fora a beber uma taça de vinho verde. Se não der para as duas coisas, o que é que prefere?
Para o moralismo cínico e abjecto do pensamento austeritário é tudo muito simples.
Quem não come por já ter comido/nunca a fome é de perigo.
ResponderEliminarPelo menos em 37 anos tem sido um fartote, desde casa na cidade, a moradia na praia, turismo rural na parvalheira, donde nunca deviamos ter saído, 2 filhos na universidade...e quem cá fica que o ganhe!
Ganda Sócras, não pares com o TGV, que já estamos fartos do Intercidades!
Pois é, mas os austeritários não precisam de fazer estas continhas.
ResponderEliminarEstão bem instalados na vida.
Almerinda Teixeira
Primeiro acentuamos as desigualdades e depois dizemos aos que têm menos rendimentos e por consequência menos escolha que têm que fazer escolhas com um raciocínio básico e descontextualizado para em ultima análise dizermos que eles não sabem escolher...
ResponderEliminarEstes senhores do movimento mais sociedade são uma pérola.
... pois! mas o discurso pega!!! há pouco tempo ouvi na tv uma mulher a dizer que:"pois é que se não pode comer caviar, come atum!"... será que esta mulher alguma vez provou (nem falar em comer...) caviar?!?!?!
ResponderEliminarpovo este que vai em peregrinação a fátima a pedir pelo país... pois!!!!
Se o moralismo do seu post não é cínico, o que é?
ResponderEliminaró camarada se computas
ResponderEliminarnão computas a crédito
computa a pronto
Se por exemplo um indivíduo vai às putas, só tem que passar a decidir se quer entrar ou ficar cá fora a beber uma taça de vinho verde.
ou não vai e poupa o dinheiro
para os filhos phoderem ir ao Brasil consumir mais baratinho
ou importá-las da Moldávia e da Roménia desprezando a miséria nacional mais cara
tentemos quem começou a trabalhar aos 17 na Cova da Beira
ResponderEliminare não veio para primeiro-ministro para Lisboa
e emigrou
e poupou as unhas e os cortes de cabelo
e poupou de 500 francos 400
passando famelga para não a passar no futuro
é que vai pagar agora as progressões dos militares e dos funcionários?
e as 30 e tal fotocópias que dão por dia nos cursos do instituto do desemprego para miúdas de 16 e velhotas de 60 sem perspectivas de emprego?
cinismo?
austeridade começa na casa de cada um
austeridade começa no passado para prevenir futuros incertos
austeridade começa nos avós que poupam para os netos
comendo peixe seco para amealhar uns tostões
e usando o mesmo chapéu durante 50 anos
e palitando em vez de fumar
austeridade para quem nunca a teve
é tortura
para quem passou por ela é fartura
querem foder a miséria dos outros
vão às putas de plástico
made in china.....
resumindo:
ResponderEliminarausteridade para quem nunca a teve
é tortura
para quem passou por pior é fartura
querem foder a miséria dos outros
vão às putas de plástico
made in china.....
Só nos saem duques! quem é que anda a fazer batota? quem é que viciou o baralho?
ResponderEliminarMeus caros amigos, sou trabalhador dos impostos e no âmbito das minhas funções faço serviço externo. A primeira vez que tive contacto com a crise foi há uns 7 anos, quando, numa das ex-maiores fábricas cerâmicas existentes no país, dei de caras com um panorama desolador: À porta um mísero trabalhador encostado a uma bancada. Parei e perguntei pelo gestor. Enquanto espero, entabulo conversa. Que as coisas estão mal, sim senhor, muito mal, etc. Passado pouco deixamos os lugares comuns e diz-me o homem, com um desarmante sinceridade: Sabe uma coisa. Já não recebo há quatro meses. Tenho um filho na universidade que vai ter de deixar de estudar e outro em casa a quem, para dar leite, tenho de pedir dinheiro emprestado.
ResponderEliminarIsto foi há sete anos e era localizado. Hoje é o retrato, ouso dizê-lo, de grande parte do nosso país.
Perante esta realidade os discursos dos economistas neoliberais, ou melhor, dos defensores de uma economia anoréctica, só na escala do calão mais abjecto podem ser classificados. Sobretudo, porque são imorais, pelo conteúdo de sadismo que emanam.
Paulo Ralha disse...
ResponderEliminarMeus caros amigos, sou trabalhador dos impostos ....necessita realmente de amigos
tal como a polícia deve ser dos funcionários mais odiados
os serviços que se têm tornado cada vez mais avaros em relação a pequenas empresas que competindo com Mercosuis generis e paquistões vários
espremendo-as até ao tutano
e impedindo pagamentos faseados das dívidas ao fisco
são grandemente responsáveis pelo abandono do investimento em muitas empresas
não se pode implementar melhorias tecnológicas
e continuar a pagar ao fisco e aos travalhadores....
Sobre este país
ResponderEliminarAgora chegamos ao cúmulo de sermos roubados pelo governo para ajudar os bancos.
Da "ajuda" externa 12 mil milhões, no mínimo, vão directamente para a banca.
um trabalhador das finanças que não entende o papel dos bancos
devia ser recauchutado por um desses economistas ou gestores com 20 e tal a 30 e muitos que andam no desemprego
quando faziam mais falta no ministério das finanças
e daí....
insustentavel-leveza-dos-comentários.
ResponderEliminare das reflexões económicas
há tanta parcialidade de ambos os lados qu'inté assusta
Já a tua formaçäo nota-se que foi toda tirada na Universidade Privada de Cacilhas.
ResponderEliminarOs austeritários fazem o seu jogo, cabe aos outros (os remediados) repudiá-los. Se porventura concordam, os austeritários tentam puxar a corda, visto ter bastante folga.
A questäo fulcral é que os proletários do séc. XXI ainda näo perceberam a sua posiçäo real na sociedade actual... pensam que säo classe média!
Tão Previsível
ResponderEliminaros touros marram marram
Maquiavel disse...
Já a tua tratamo-nos por tu????
gradecido a vossa senhoria
intriguista e servidor de papas e condon's tieri
formaçäo nota-se que foi toda tirada na Universidade Privada de Cacilhas
e margem sul ou Lisboa pela referência a esse lugar mítico
por acaso não....
com um sector público tão repleto de alternativas em doar retalhos de papel num canudo
só vai para a privada de cacilhas
quem quer não quem phode
eu vou ali à privada
e já volto
como disse Mc Arthur
Este ainda anda na era dos proletas?
ResponderEliminarDeve ser sindicalista!!
Da transtejo provavelmente.
Ou pessoal da Cova?
ResponderEliminarobviamente foi o blogger
ResponderEliminarO sr. João Duque é uma pessoa infeliz, já se sabia, e a fotografia, aqui, vale mesmo mais de milhões de palavras. É bastante provável que as pessoas infelizes sejam um problema social a ter em conta. De tanto ser séria, a tristeza pariu a raiva e a luta, e depois fez-se a alegria. As pessoas infelizes só querem a infelicidade dos outros, disso já não duvido.
ResponderEliminar