Desgraçada repetição: o aprofundamento da austeridade equivale a recessão por tempo indefinido e logo a novos aumentos do desemprego. É o próprio FMI a reconhecê-lo uma vez mais. E, no entanto, parece que nada muda. A ortodoxia da política económica é imune aos factos da economia. Até porque tem um programa ideológico claro: reduzir salários, partir a espinha ao mundo do trabalho organizado, esteio político possível do Estado social que vamos tendo.
Vale a pena ler a análise do economista George Irvin da Universidade de Londres no The Guardian de ontem. As experiências grega e irlandesa aí estão, a exigir uma revisão das condições associadas aos mecanismos de financiamento em vigor. De facto, devido à austeridade intensa estas economias só têm conhecido contracções. O desemprego ultrapassa já os 13% nestes dois países, indicando que a conversa sobre a rigidez laboral faz parte de uma imensa fraude. A este ritmo, e apesar dos cortes orçamentais impiedosos, nenhum deles conseguirá reduzir a sua dívida. Esta bola de neve rola em todas as latitudes. Portugal vai ser um laboratório para repetir as mesmas experiências fracassadas? Irvin traça três cenários para a zona euro depois de Portugal. Todos eles envolvem a Espanha. Será a próxima peça de um dominó que pode bem não parar por aqui.
Entretanto, deixo-vos um vídeo de uma iniciativa dos precários inflexíveis. Que todos os protestos e propostas contra a intervenção externa floresçam: só a sanidade organizada dos cidadãos, o realismo de um vigoroso contramovimento de protecção, pode contrariar a utopia neoliberal das elites nacionais e europeias.
Tudo não passa de uma imensa fraude para transferir riqueza dos países para meia dúzia de mãos da Grande Finança Internacional.
ResponderEliminarA coisa não vai lá com manifestações, cartazes, palavras de ordem e desenhos nas paredes…
Os Ladrões de Bicicletas não devem incentivar iniciativas ingénuas e inócuas.
5/6 poderá ser um dia de viragem!!! aí gostava de ver como era se o ps,psd,cds,fmi,bce,effe,etc, ficassem na bancarrota, ou seja, perdessem as eleições!!
ResponderEliminarestá nas nossas mãos, no VOTO, a mudança!!!!
do que estamos à espera?!?!!
Toda esta lenga lenga do FMI,BCE,CE,FEF etc, com que todos os dias e todo o dia somos bombardeados pelos orgaos de comunicação social, já mete nojo.
ResponderEliminarNão há cão nem gato que não seja chamado a opinar sobre o que deve ser feito, sobre o que é bom para o país, etc, etc. Ainda há pouco estava a ver na televisão uma entrevista do "grande génio" do PPD/PSD ou PSD/PPD( é a mesma porcaria), que por acaso, só por acaso, até é o Director do FMI para a Europa, o tal António Borges, a dizer que, vejam só o desplante deste individuo, que Portugal tem andado, há muito tempo, pelos caminhos errados e que agora é preciso ir para o caminho certo.!
Mas,ó sr.António Borges, seu "grande génio", qual caminho.?.
Será aquele onde estavamos antes do 25 de Abril.?
Em que, por ex, os trabalhadores eram espezinhados; em que não existia o SNS; em que só iam para o liceu e a faculdade (como se calhar foi o seu caso)os então chamados meninos queque; em que qualquer trabalhador mal ganhava para pagar um quarto quanto mais uma casa.?
O que é profundamente vergonhoso e escandaloso é que neste país de dez milhões de habitantes andarem pessoas a trabalhar para ganhar um ordenado minimo miserável(que não lhes dá para se sustentar quanto mais á familia) e haver outros individuos a ganhar fortunas escandalosas (olhe-se para os chamados C.E.Os das mais diversas empresas onde o sr AB se deve integrar, todos eles, claro, da máxima competência e não só...), e estes mesmos ainda acham que o citado ordenado é suficiente ou mesmo alto.
Tenham vergonha na cara.