As eleições não serão a oportunidade de escolha entre Esquerda e Direita (ou entre PS e PSD-CDS) de que falam Socrates e Coelho. De acordo com o guião definido por quem manda na UE e é dono de Portugal, o governo terá de ser “de ampla maioria”, isto é PS-PSD com ou sem CDS, pouco importa.
Ao que tudo indica, o programa deste governo estará também já definido antes de 5 de Junho. Quando formos votar, PS e PSD terão já negociado e assinado em nosso nome o tal programa UE-FMI ainda mais “rigoroso” do que o PEC IV.
É certo que o guião dos donos de Portugal é omisso quanto ao primeiro-ministro do governo que vai executar este programa: ou Socrates (com um governo PS-PSD, sem Coelho), ou Coelho (com um governo PS-PSD, sem Socrates). Admito que possa não ser indiferente, mas, mesmo assim, não vejo razão suficiente para desperdiçar votos de esquerda na pequena diferença que isso possa fazer.
O que é importante no curto prazo é saber se consentimos ou rejeitamos um novo programa de austeridade irresponsável que nos pode trancar numa rota de desastre. 5 de Junho poderá ser transformado no nosso referendo Islandês, na nossa oportunidade de rejeitar o austeritarismo sem fim à vista que não seja a bancarrota em 2013 quando estivermos exaustos e os bancos alemães e franceses limpos de títulos da dívida portuguesa como dá jeito a Merkel e Sarkozy.
E se o “não” ganhasse esse referendo? Nesse caso teríamos de fazer o que não dá jeito a Merkel e Sarkozy: reestruturar a dívida agora e não em 2013. Não é uma escolha sem consequências, é simplesmente o menos mau dos males na situação em que vamos estar a 5 de Junho juntamente com os gregos e os irlandeses, pelo menos.
Esse referendo seria uma boa resposta ao golpe de Estado que se prepara para Maio.
ResponderEliminarSe promover campanha, segui-lo-ei pois é necessário pensar fora do quadradoe agir...
ResponderEliminarExplicitamente, o que significa votar "não"? BE, CDU, branco, nulo,abstenção,..?
ResponderEliminarhttp://imarketnews.com/node/29118
ResponderEliminarNão é Merkel e sarkozy é Trichet e alinha mais europeísta. A Alemanha começaria dentro de pouco tempo, como se vê aqui. Consegue eexplicar o motivo? A cantilena da França e Alemanha é uma peça propagandistíca. arrasaria a banca espanhola, por exemplo. Por que não falam na Holanda e nos nórdicos? Enfim, demagogia.
Jorge Rocha
Pressionem Trichet que a Alemanha aceita em menos de um ano. Claro que depois ficavam aflitos com os efeitos. Juros altos durante uma década. Para quem paga empréstimo de casa... Pois é. Até o Boaventura que adora dinheiro, rejeita aventuras. Atenção, que ele tem um nome internacional que vocês não têm.
ResponderEliminarhttp://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=478871
ResponderEliminarIsto estraga a vossa ""narrativa"". Quem é que não quer reestrurar? Claro, como não podem reconhecer isso dizem logo que é a reestruturação dos devedores. Esquecem-se de que a Islândia recorreu ao FMI, o que vocês omitem na crónica gloriosa.
Jorge Rocha
Imagino eu - dando a minha simples opinião - que há duas formas de tornarmos o dia 5 de junho num referendo.
ResponderEliminarA primeira resposta é simplesmente se os três partidos que defendem o acordo tal como ele está a ser traçado tiverem os três uma forte perda de votos a nível global, seja por deslocação dos eleitores de PS-PSD-CDS para a abstenção e voto branco/nulo, acompanhado pelo aumento significativo na votação nos partidos que recusam o pacto com o FMI (no caso, BE e PCP, ou outros partidos sem deputados MRPP,....).
Mas para que estas eleições que se aproximam se tornassem num ''não'' ao acordo que se avizinha era preciso uma mobilização social de tal forma como só terá havido no PREC, era preciso o não funcionamento normal das instituições políticas, bloqueio das decisões por enormes manifestações, que obrigasse os próprios partidos - até à data das eleições - a um reequacionar das suas estratégias políticas.
Todo um cenário que eu gostava que acontecesse mas que infelizmente não imagino ir suceder. Mesmo o não acordo entre BE e PCP para avançar já para a construção de uma aliança política já demonstra a tática defensiva destes partidos que temem mais a perda de votos e de deputados por uma vaga de voto útil do que uma vontade determinada e generalizada da população de uma insubordinação real.
Pergunto-me se não existe aqui uma espécie de reflexo condicionado de uma parte importante da esquerda relativamente à intervenção externa. Afinal, com que alternativas nos deparamos. A eventual bancarrota em 2013? – começando a ficar já claro que a intervenção do FMI se prolongará possivelmente a 5 ou mais anos – ou uma bancarrota já?
ResponderEliminarColoco a questão: como podem partidos de esquerda defender a não intervenção do FMI, que acarretaria uma inevitável saída do Euro. Como podem partidos que se batalham pelo aumento do salário mínimo nacional, pela paridade de salários entre Portugal e a média Europeia, defender um cenário de que resultaria a imediata perda real de rendimento por via de uma desvalorização drástica da moeda, acompanhada de aumento de inflação e de taxas de juro, conduzindo muitas famílias com empréstimo de habitação a uma provável falência. E arrastando com isto e com a falta de liquidez da banca, uma falência previsível dos bancos portugueses. E no fim de tudo isto temos o quê? Uma competitividade assente no facto de nos termos tornado nos chineses da Europa? É neste quadro que alguém espera construir estado social, direitos laborais, e uma réstia de democracia?
O cenário FMI não é desejável por ninguém, em boa verdade é lamentável termos chegado aqui. Mas existirá de facto uma alternativa que não signifique um dizer adeus à Europa, restando Portugal como uma jangada de pobreza?
De acordo com os considerandos, em total desacordo com a tese/proposta. Como este espaço é curto para me explicar, desculpem-me o abuso de alertar para que escrevi no meu Moleskine um post de crítica amigável, "5 de junho: eleições=referendo?".
ResponderEliminarFMI alerta Estados Unidos para crise muito grave!
ResponderEliminarEl FMI alerta de una crisis fiscal en EE UU potencialmente devastadora
http://www.elpais.com/articulo/economia/FMI/alerta/crisis/fiscal/EE/UU/potencialmente/devastadora/elpepueco/20110411elpepueco_11/Tes
El FMI exige a Estados Unidos medidas urgentes: una "reforma de la tributación" (eufemismo que esconde en realidad una subida de impuestos) y una reforma de la Seguridad Social (en este caso, la reforma significa en realidad sacar la tijera: recortes).
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O mouco foi e é um ulha, um ulha muito ulha,
mas a Alemanha e os Seteites estão muito mal.
Foi o Ulha!
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As declarações do responsável máximo do FMI fazem aumentar a pressão para que consolide os bancos regionais, os chamados landesbanken. Há dois - o Helaba e o NordLB - que ameaçam chumbar os testes de resistência ao sector bancário.
Em dois anos, quatro dos oito bancos regionais alemães absorveram mais de 20 mil milhões de euros em ajudas estatais pagas, sobretudo pelos Estados regionais, que estão presentes na estrutura accionista destas instituições, faz notar a Lusa.
Se Europa não agira, vai pagar «um grande preço»
O director-geral do FMI referiu que os problemas da banca alemã existem também noutros países europeus, e sublinhou que a Europa vai pagar «um grande preço» se não levar a cabo, a tempo e horas, os esforços de saneamento da banca.
«Se as nossas previsões de crescimento para o sector bancário são tão más, é porque o setor bancário não está curado». Isto é «particularmente lamentável, porque poderíamos concretizar a reestruturação do sector com montantes financeiros que não são exageradamente grandes».
O CAMARADA Strauss-Kahn, SECRETÁRIO GERAL DO F.M.I.
respondeu também às críticas dos que dizem que as novas regras do funcionamento dos bancos destroem o negócio das instituições e reduzem para níveis perigosos os lucros dos grupos financeiros.
«Será que os banqueiros acreditam que não podem ter lucros sem provocar, de tempos a tempos, uma crise mundial com milhões de desempregados?».
FONTE
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/financas/fmi-alemanha-banca-sector-financeiro-crise-agencia-financeira/1245755-1729.html
Aurélio ( tio)
Caros todos
ResponderEliminarQuanto a quem ainda tem dúvidas sobre o cenário de saída do euro, fiquem descansados. Não vinha aí o fim-do-mundo. Viria a desvalorização e com isso finalmente (uf!...) a possibilidade de reequilibrar as contas externas. Isto é, ao fim e ao cabo, aquilo que ainda teremos mesmo de acabar por fazer, mas talvez só daqui a algum tempo (depois de passarmos vários anos a sofrer masoquística-burramente o PEC5, como 10 milhões de suckers que somos ou parecemos ser)...
Nem seríamos obrigado a sair da UE, reparem, ao contrário que parece supor gente em princípio respeitável (mas que vem depois a descobrir-se que é mesmo completamente, mas completamente tapadinha). A Hungria e a República Checa, por exemplo, estão na UE mas não no euro e, quanto a isso, estão melhor do que nós.
Aliás, esse imaginário de que a saída seria o fim-do-mundo é que constitui exactamente o pressuposto auto-colonial difuso que nós torna (a nós, portugueses) maioritariamente otários e predispostos a aguentar indefinidamente o protectorado, porque senão seria pior ainda, não é assim, ai de nós, coitadinhos, e etc. e coisa e tal.
Mas agora a vinda do FMI vai ser pior, muito pior do que 1983!... Em 1983, notem bem, se ainda nos safámos foi graças precisamente à desvalorização. Agora niet. Querem que as exportações sejam estimuladas tanto que o PIB, à pala disso, cresceria a 3,5 por cento - mas sem desvalorização!
Ser economista e não denunciar publicamente estas balelas hipócritas ou alucinadas CHEGA A SER CRIMINOSO!...
Quanto aos demais, creio poder dizer de acordo na generalidade. O referendo do JCC é um "referendo implícito"... Sim, é claro que me vou esgadanhar a incitar ao voto no BE, CDU ou mesmo MRPP...
Mas lá que era imensamente mais fácil se aos menos os dois primeiros tivessem mostrado ser uns tipos mais conscientes e com mais visão, em vez de continuarem com criancices, madurezas e bacoquices...
Mas enfim, "temos de viver com o país que temos", não é verdade? E também, já agora, com a esquerda que temos, claro. Que remédio (ou não?...) Dará para chegar a 20 e tais no conjunto? Espero que sim. Mesmo a 30, sugere o JVC... Sonhar é fácil...
Em 7 dos 18 distritos, mais 2 arquipélagos mais emigração (em conjunto, são mais de 40 dos 230 deputados da AR), NENHUM DELES VAI SEQUER ENTRAR! Zero deputados da Esquerda em 40 e tal (no conjunto, mais do o Porto). Mas talvez fiquem, cada um deles, muito contentinho porque pelo menos o outro também não entrou...
E nos outros vai haver votos perdidos de forma tangencial à fartazana: a CDU "meterá" alguém por Aveiro? Ou será que sobretudo impede o BE de chegar ao segundo e mesmo assim não consegue? Em Braga é ao contrário... e por aí fora.
(Que se há-de fazer com esta gente, digam-me lá?)
1-De facto há aqui comentarios, a maioria, com pés e cabeça, que são de quem tem inteligencia e vontade de contribuir para uma mudança no bom sentido. Refiro-me especialmente ao autor do comentario que fala numa forte penalização dos partidos responsaveis pela situação em que nos encontramos e que são o PS, o PSD e o CDS. No dia em que eles forem ameaçados de ser corridos do poder garanto-vos que isto muda radicalmente. Para isso é preciso não votar branco nem nulo mas sim votar útil nos outros partidos sejam quem forem. Realativamente aos PS e PSD há alguma coisa que deveis saber para melhor se enten der porque são responsaveis pela crise e porque é que os governos de um ou de outro são iguais. São ambos dominados e mandados pelas forças obscuras da globalização e da escravatura que ela arrastará consigo. São os partidos dominados pelo siono-fascismo nazi mundial formado por judeus e não judeus e estes são os piores. Todos os PM'S e muitos ministros desde Ferro Rodrigues e incluindo este são siono-fascistas nazis porque são membros da confiança do Club de Bilderberg o qual foi formado em 1954 para que ao sionismo judaico pudesse ser agregados sionistas de outras confissões ou mesmo ateus. A
ResponderEliminar2-Ver Cometário 1 primeiro-A união Europeia não foi formada para bem dos países que a integram nem para felicidade dos seus povos e muito menos a criação do Euro. Uma e outro são peças para construção da globalização, governo unico para o mundo dominado pelo sionismo mundial.Esta crise, que é simplesmente artificial, bem como o continuo aumento do preço do petróleo que não tem outra justificação que não seja manter a crise e agravá-la determinarão o desaparecimento do dólar e a sua substituição por outra moeda de um dia para o outro. Os EUA não pagarão, por consequencia as suas dividas e no meio de toda a desarticulação o sionismo, com a máquina já montada tomará conta de tudo porque tudo é preparado e conduzido por ele como organização politica nazi fascista que desencadeou e financiou a revolução bolchevique como apoiou o Hitler na sua ascensão ao poder e dele se serviu e continua a servir. Se repararem os livros e filmes dos últimos 5 anos, todos de autores e realizadores sionistas, são máquinas de lavar onde Hitler é apresentado como menino de coro para o branquearem de modo a que possam instalar o seu regime novamente. Vejam se com os livros sobre Salazar se passa ou não o mesmo.
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