Luís Aguiar Conraria descobriu um excelente gráfico. Pena é a sua análise em português e em inglês. Os privados são bons, que já se ajustaram, o Estado é mau porque ainda não o fez. É isso? Partindo da abordagem dos balanços financeiros sectoriais – onde a soma dos saldos dos sectores externo, público e privado é sempre igual a zero por definição –, tendo o saldo do sector externo um pequeno declínio porque são estruturais os problemas da inserção dependente da economia portuguesa, então o maciço, súbito e necessariamente descoordenado esforço dos privados para recomporem os seus balanços, expressão da crise global, tinha necessariamente de conduzir a um brutal aumento do défice do sector público. Aqui ou em qualquer outro país. Com este ou com outro governo. Reparem na perfeita simetria do gráfico. Eu não tenho qualquer simpatia por Sócrates e pelas suas políticas injustas, mas também não tenho simpatia pelo moralismo das finanças públicas dos economistas de bloco central, que esconde um programa imoral. Em português e agora em “estrangeiro”.
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Balanços sectoriais sem moralismo
Luís Aguiar Conraria descobriu um excelente gráfico. Pena é a sua análise em português e em inglês. Os privados são bons, que já se ajustaram, o Estado é mau porque ainda não o fez. É isso? Partindo da abordagem dos balanços financeiros sectoriais – onde a soma dos saldos dos sectores externo, público e privado é sempre igual a zero por definição –, tendo o saldo do sector externo um pequeno declínio porque são estruturais os problemas da inserção dependente da economia portuguesa, então o maciço, súbito e necessariamente descoordenado esforço dos privados para recomporem os seus balanços, expressão da crise global, tinha necessariamente de conduzir a um brutal aumento do défice do sector público. Aqui ou em qualquer outro país. Com este ou com outro governo. Reparem na perfeita simetria do gráfico. Eu não tenho qualquer simpatia por Sócrates e pelas suas políticas injustas, mas também não tenho simpatia pelo moralismo das finanças públicas dos economistas de bloco central, que esconde um programa imoral. Em português e agora em “estrangeiro”.
acho que não se entra em conta com determinados fatores ocorridos em alguns anos
ResponderEliminarmas enfim
é o que dá juntar décadas em alguns centímetros
Essa figura tinha a legenda trocada. Troquem pela legenda correcta, por favor.
ResponderEliminarAbraço
Obrigado. Abraço
ResponderEliminarNão é moral é política. Na Universidade de Coimbra não distinguem as duas coisas? A perda de soberania á política.
ResponderEliminarJorge Rocha
Penso que nunca como hoje (o hoje pode ser percebido literalmente)me senti keynesiano. Todo o ravanchismo irracional pela moralização das finanças públicas e das casas de família (geralmente tidas como a mesma coisa) me causam urticária. Hoje ainda ouvi dizer que já se tinha demonstrado que era com menos estado que se resolviam as crises.
ResponderEliminarCaro João Rodrigues
ResponderEliminarSerá que podia explicar melhor o raciocínio? Não o entendi de todo.
Obrigado
P.S: não estou a ser irónico, não entendi mesmo!
O mocinho de recados já tem ideias:
ResponderEliminarPSD quer "parceria" entre oferta pública e privada na educação, saúde e acção social
Ontem
O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, defendeu, quinta-feira, que deve haver o que apelidou de "parceria" entra a oferta pública e a oferta privada nos sectores da educação, saúde e acção social.
Durante uma conferência na Universidade Lusófona, Passos Coelho deu como exemplo o que se passa actualmente com os alunos que optam pelo ensino superior privado, que considerou ser uma injustiça.
"Aqueles que hoje estão no ensino público beneficiam de um custo, porque têm um pagamento beneficiado pelo Estado, que aqueles que precisam de recorrer ao ensino não público têm de enfrentar", apontou.
"E então o absurdo é que Estado, em nome da igualdade de oportunidades e da garantia de que o próprio Estado deve dar de uma rede pública de ensino para que todos possam aceder à formação, acaba por estar a transferir dos impostos" de todos um benefício para alguns, disse, acrescentando: "é uma perversão" e "tem de ser alterado".
Mais à frente na sua intervenção o presidente do PSD defendeu que deve haver "um contrato de parceria com a sociedade" e que essa "parceria" deve partir do princípio de que os serviços públicos não têm de ser desempenhados pelo Estado.
Segundo Passos Coelho, na educação deve haver "uma rede nacional de ensino" que inclua as escolas públicas e as privadas, sendo essa oferta "vista em conjunto".
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=1825453
XXXXXXXXX
cOLÉÉÉÉÉÉÉÉÉ gas...
O que é isso de Parcerias é uma metáfora, eufemismo, "analfase"???
Se uma pessoa quiser ir para a privada por opção então que a pague. Queria ir para uma pública tivesse estudado mais. Então agora temos de andar a pagar aos privados para cobrir a falta de estudo de alguns? Passos Coelho também tirou o curso numa Universidade privada, a Lusófona. Sentiu-se injustiçado foi? É como eu já disse: Tivesse estudado mais. Não venha agora prejudicar os mais trabalhadores, que tiveram melhores notas do que o senhor dando os nossos impostos a privados que muitas vezes não fornecem o ensino de qualidade para o merecerem.
http://www.economist.com/blogs/dailychart/2011/04/public_opinion_capitalism
ResponderEliminarOs chineses e brasileiros já perceberam as vantagens do capitalismo.