terça-feira, 4 de janeiro de 2011

A propósito de ladrões (e de bicicletas)

As recentes declarações de Cavaco Silva sobre o BPN fazem lembrar um adolescente que, para distrair as atenções em relação aos amigos que espatifaram uma bicicleta (na qual também pedalou), acusa insistentemente o senhor da oficina pelo facto de este a não conseguir reparar.

4 comentários:

  1. A questão é saber se o senhor da oficina não esta a gastar o preço de duas bicicletas novas para consertar a espatifada.

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  2. Meus Caros,

    CS está efectivamente a tentar desviar as atenções quanto ao seu envolvimento no BPN.
    E não adianta vir dizer para consultar a declaração de rendimentos no Tribunal Constitucional, porque tal declaração não explicará como umas acções não cotadas em Bolsa se valorizaram, num curto espaço de tempo e com a aflitiva situação pré-falimentar do BPN, em 140%.
    Agora, lamento muito dizê-lo e, sinto-me até moralmente atingida com o facto, CS tem razão quando atira a matar para o "senhor da oficina"...ou BPN 2, se quiserem.
    É sério "gerir" a falência de um banco com 3 Administradores que o são no BPN e na CGD, com acrescidas responsabilidades em face dos "pelouros" em ambas as instituições? São super-homens para dar conta do recado na CGD e no BPN, ao mesmo tempo? Não dormem, não comem, não...?
    É sério "gerir" a falência do BPN com 4 Administradores, ditos "em exclusividade" no BPN, sendo que mantêm as anteriores funções directivas na CGD que lhes estavam confiadas? Não houve nomeações para os substituir nas várias direcções da CGD e é lá que diariamente se encontram a "despacho" nos anteriores gabinetes...
    São gestores profissionais em quê? Com que anteriores provas dadas?
    O cartão de inscrição no PS?
    E por que será que não aparecem compradores para o BPN?
    Se estão em exclusividade no BPN, porque nomeá-los também para a presidência das várias entidades a constituir/constituídas para "separar" os activos tóxicos?
    Já deram provas de que estão a levar o "barco" a bom porto?
    Será que a proposta de Miguel Cadilhe (outro génio!) de o Estado "despejar" 600 milhões de € no BPN, não era mais barata?
    Não estará o PS arrependido de ter segurado o escândalo do BPN, em face das declarações do (agora, mal agradecido) Cavavo Silva?
    Há que analisar estas questões, afastando a lente meramente partidária e CS, lamento profundamente dizê-lo, tem absoluta razão quando refere que se tarta de uma adminitração em part-time e não profissional.
    Oxalá esta gestão não arraste a CGD para o buraco...!

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  3. Será que Cavaco Silva acreditou piamente na facilidade de lucros chorudos que estava a auferir de forma especulativa na SLN/BPN? Francamente, não creio nessa hipótese com contornos de ingenuidade. Tanto mais que vendeu as bicicletas (acções) em tempo, não havendo razões para os queixumes sobre a oficina…
    Sei, sinto, a maioria das pessoas está a pagar estas e outras habilidades. Até quando?
    (Esta bicicleta não tem conserto...)

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