- a remoção das quotas e tarifas no acesso ao mercado norte-americano (europeu) por parte das exportações originárias de todos os chamados países menos desenvolvidos (a que eu acrescentaria a revisão dos subsídios à produção agrícola norte-americana/europeia de modo a deixarem de constituir um mecanismo de dumping particularmente devastador);
- o estabelecimento de uma ligação entre a política migratória e a actuação humanitária através da concessão de um contingente extraordinário de vistos a migrantes oriundos de países vítimas de catástrofes (o que seria um avanço bastante tímido, mas ainda assim positivo, ao nível da adopção de políticas migratórias mais progressistas e favoráveis ao desenvolvimento);
- a aprovação e aplicação de legislação que garanta a transparência de todos os pagamentos efectuados por empresas privadas a governos de países em desenvolvimento no âmbito de acordos de exploração de petróleo, minérios e outros recursos naturais;
- o aumento da proporção da ajuda pública ao desenvolvimento destinada a financiar a provisão de bens públicos globais, como a investigação agronómica.
Para ler e debater, discordando de algumas coisas e concordando com outras.
(O mapa em cima reflecte a distribuição mundial da riqueza em 2002 e foi retirado de http://www.worldmapper.org/)
O mapa reflete apenas a ideia de uma concentração de riqueza
ResponderEliminar300 milhões de homens possuem 95% daquilo que se convenciona chamar riqueza mundial
(sejam terras, símbolos de troca ou pecunia senso strictu que dê para abater e comer)
6650 milhões detêm os restantes 5%
e cerca de 1000milhões detêm 90%
desses 5%
ou seja 5500milhões têm fome de bens
(a que eu acrescentaria a revisão dos subsídios à produção agrícola norte-americana/europeia de modo a deixarem de constituir um mecanismo de dumping particularmente devastador);
a produção agrícola necessita de energia
e num mundo tão economicamente dividido essa energia é escassa
lá por um barão do cacau com os seus 5 ou 6 hectares viver um pouco melhor na África Ocidental
e ter acesso a um carro em 2ªmão e a um frigorífico
os seus 50 trabalhadores terão trabalho nas mesmas 3 ou 4 semanas por ano
e nem por isso ganharão mais
os passos que parecem ser pequenos
são na realidade microscópicos
O mais engraçado é que alguns iluminados falavam desta agricultura dos pobres, nos anos 80 entre eles em portugal um tal de Mariano Feio mas esse ressalvava que tal como as castas na índia quando se fala de pobres também há castas
ResponderEliminarHá os pobres que têm dívidas
e os que nem dívidas podem ter
mesmo o microcrédito agrícola
só funciona se se tiver terra
e água