Eu esforcei-me por encontrar esses indicadores hiperbólicos, ou qualquer fundamento para tal afirmação, mas em vão. De acordo com o Portal do Governo, no mesmo discurso, o Primeiro-Ministro referiu que as 100 empresas que mais investiram em investigação representam 25% das exportações nacionais. É um dado pouco surpreendente – entre elas estão as maiores empresas portuguesas e é normal que o seu peso nas exportações seja significativo. No entanto, daí a dizer que a evolução recente das exportações se deve a essas empresas (ou, ainda mais heróico, aos investimentos por elas feito em I&D) vai um enorme salto. Se há algo que os dados sobre a evolução recente das exportações portuguesas nos mostram é que a crise afectou de forma mais acentuada os produtos intensivos em tecnologia do que os produtos tradicionais – como já aqui mostrei.
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Demagogia tecnológica
Mais uma vez o Primeiro-Ministro não resistiu à tentação de fazer demagogia em torno da evolução tecnológica da economia portuguesa. Desta vez foi a propósito da publicação dos resultados provisórios do último Inquérito ao potencial científico e tecnológico nacional. Segundo o Portal do Governo, Sócrates terá afirmado que «Todos os indicadores demonstram que o investimento em ciência e tecnologia foi absolutamente determinante para as empresas que mais aumentaram as suas exportações».
Eu esforcei-me por encontrar esses indicadores hiperbólicos, ou qualquer fundamento para tal afirmação, mas em vão. De acordo com o Portal do Governo, no mesmo discurso, o Primeiro-Ministro referiu que as 100 empresas que mais investiram em investigação representam 25% das exportações nacionais. É um dado pouco surpreendente – entre elas estão as maiores empresas portuguesas e é normal que o seu peso nas exportações seja significativo. No entanto, daí a dizer que a evolução recente das exportações se deve a essas empresas (ou, ainda mais heróico, aos investimentos por elas feito em I&D) vai um enorme salto. Se há algo que os dados sobre a evolução recente das exportações portuguesas nos mostram é que a crise afectou de forma mais acentuada os produtos intensivos em tecnologia do que os produtos tradicionais – como já aqui mostrei.
Eu esforcei-me por encontrar esses indicadores hiperbólicos, ou qualquer fundamento para tal afirmação, mas em vão. De acordo com o Portal do Governo, no mesmo discurso, o Primeiro-Ministro referiu que as 100 empresas que mais investiram em investigação representam 25% das exportações nacionais. É um dado pouco surpreendente – entre elas estão as maiores empresas portuguesas e é normal que o seu peso nas exportações seja significativo. No entanto, daí a dizer que a evolução recente das exportações se deve a essas empresas (ou, ainda mais heróico, aos investimentos por elas feito em I&D) vai um enorme salto. Se há algo que os dados sobre a evolução recente das exportações portuguesas nos mostram é que a crise afectou de forma mais acentuada os produtos intensivos em tecnologia do que os produtos tradicionais – como já aqui mostrei.
os investimentos por elas feito em I&D contou para alguma coisa e contará mais no futuro
ResponderEliminarhá alguma investigação válida valha-nos o BCE
Então e a demagogia à direita , não se comenta?
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