...ou quase, porque é só substituir «A América» por «O nosso país» e a coisa encaixa na perfeição:
«(...) os ricos são diferentes de mim e de si: têm mais influência. Em parte é uma questão de contribuições para as campanhas, mas também está aqui em causa uma certa pressão social, já que os ricos passam muito tempo na companhia dos políticos. Assim, quando aqueles enfrentam o perigo de ter de pagar mais 3% ou 4% do seu rendimento em impostos, os políticos sentem o seu sofrimento - sentem-no com uma agudeza muito maior que o das famílias dos desempregados, dos que ficam sem as casas e vivem sem esperança.
Seja como for, quando a luta fiscal terminar, pode ter a certeza que as pessoas que actualmente defendem os rendimentos das elites vão voltar a exigir cortes nas ajudas aos desempregados. A América enfrenta escolhas difíceis, hão-de dizer; todos temos de fazer sacrifícios. Mas quando disserem "todos" o que querem dizer é "você". Os sacrifícios são para os pequenos.»
Agora que vêm aí aumentos de impostos (ou eleições...), esperemos que o governo diga alguma coisa de esquerda - em vez de ir pela solução fácil e iníqua de aumentar o IVA não tocando nos escalões mais altos de IRS, nem nas formas mais ou menos encapotadas de evasão fiscal (e.g., aquelas que mascaram de custos operacionais das empresas o que são na verdade pagamentos extra aos quadros dirigentes).
Parabéns pelo post.
ResponderEliminarSintético. Correcto.
ResponderEliminarQue post gostoso de ler (sim, gostoso)
ResponderEliminarAi é assim, aqui tbm...se isso te conforta.
Abraço.
Pois. Por isso é que é de desconfiar quando o líder do PSD fala contra os aumentos de impostos sem dizer os impostos de quem.
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