Lá para os lados da direita intransigente, do cachimbo ao insurgente, andam todos ufanos a relembrar manifestos e a assinalar nomes. Fazem bem porque a memória é uma arma. Eu assinei um manifesto que dava prioridade ao emprego e não tenho razões nenhumas para mudar de posição. Na realidade, não houve, à escala europeia, nenhuma iniciativa concertada de estímulo deliberado da economia. O somatório dos estímulos nacionais é relativamente reduzido. O mesmo não se pode dizer de outras regiões menos presas a dogmas. Ao contrario do que afirmou até certa altura a propaganda socrática, que a direita intransigente comprou numa aldrabice simétrica, o défice orçamental em Portugal deve-se quase exclusivamente à inevitável quebra de receitas e, embora muito menos, ao aumento automático e também inevitável de algumas despesas e não a qualquer impulso deliberado através do investimento. As restrições externas de financiamento devem-se à mais do que previsível acção dos mercados financeiros sem trela. De resto, o nosso diagnóstico das falhas institucionais europeias neste contexto – do BCE ao PEC, passando pela perversa separação entre política orçamental e monetária –, confirma-se e condiciona tudo. Felizmente, não estamos sozinhos no diagnóstico e na proposta.
Desde logo, como o Paul Krugman afirma, preocuparam-se em equilibrar os orçamentos e aumentar as suas reservas antes da crise, ao contrário da maioria dos países do Ocidente. E depois, esse estímulo asiático foi feito em que contexto? Em grandes obras públicas ou em pequenas obras de rápido início e execução? Não acha que esta questão tem relevância, e que estar contra as grandes obras públicas não signifca necessariamente não concordar com a necessidade de um estímulo à economia feito pelo Estado?
ResponderEliminarO do cachimbo e do insurgente que vão mas é pentear macacos.
ResponderEliminarPor causa de fulanos como esses é que neste país cada vez se vive pior.
Pudera, eles comem tudo e não deixam nada.!!??