Mas os innuendos alemães parecem ter atingido o seu limite. Com a taxa de juro dos títulos de dívida gregos a atingirem patamares insustentáveis, o risco de um não pagamento (por mais austeras que fossem as políticas públicas) passou a ser um cenário provável. Ora, os bancos alemães (e franceses), depois das más experiências que tiveram durante a crise financeira de 2007-09 (muito expostos ao sub-prime), decidiram navegar para as águas aparentemente mais seguras dos títulos de dívida europeia em euros. Uma tendência que já vinha de trás, mas que foi acelerada a partir do Verão de 2007, com a crise nos EUA, e que só se reverteu com a falência do Lehman Brothers no final de 2008 (ver gráfico abaixo para evolução da exposição da banca alemã e francesa face à periferia, retirado do relatório do RMF). Moral da história: se os países do Sul entrassem em incumprimento, os bancos do Norte afundar-se-iam. Algo obviamente intolerável para o Governo alemão, subjugado aos interesses do seu capital financeiro. O empréstimo avança.
O controlo da inflação é condição fundamental do crescimento economico, e ainda bem que os alemães se preocupam com a inflação, pois caso contrario já o euro teria acabado à muito.
ResponderEliminarSegundo, concerteza que a exposição que a banca alemã tem à divida da periferia europeia facilitou o "emprestimo". E coloco emprestimo entre aspas, porque na realidade isto não é um emprestimo, é um subdidio, porque nunca a grécia vai conseguir pagar o "emprestimo", e os alemães sabem disso. No entanto estão apenas a adiar o problema e ao mesmo tempo a agravalo. Pois como é obvio a grécia vai continuar a esbanjar muitos acima das suas possibilidades enquanto tiver dinheiro no bolso.