sexta-feira, 5 de março de 2010
Desigualdade Eterna?
Portugal continua a ser o país mais desigual da Europa Ocidental. Como bem aponta o professor Farinha Rodrigues neste artigo do Público, muito pouco tem sido feito para combater as desigualdades no nosso país nos últimos vinte anos. Depois do seu significativo crescimento durante o governo de Cavaco, os governos socialistas conviveram bem com uma sociedade profundamente injusta, onde os salários de miséria convivem com uma incompetente elite rentista. E, no entanto, parece evidente o que facilmente podia e devia ter sido feito: uma reforma fiscal progressiva (tributação de mais-valias, fim do off-shore, penalização dos rendimentos fundiários, reintrodução do imposto sucessório para os maiores rendimento, etc.), além reforço dos apoios a quem vive no constante fio da navalha, no trabalho e na vida. Um modesto programa social-democrata, impossível num partido capturado pelos interesses e sem a militância operária que ainda caracteriza muitos dos seus congéneres. Agora, que se anuncia um PEC que não é mais do que o agravamento do que os portugueses viveram nos últimos anos (congelamento de salários, retrocesso da provisão pública, esfarelamento das relações laborais, etc.), a agenda para uma sociedade mais igualitária é mais pertinente do que nunca. Não só como forma de redistribuição justa dos custos da crise, mas como saída dessa mesma crise, como aqui já expus.
As chamadas políticas de combate à pobreza, como o RSI, são de facto de combate à indigência.
ResponderEliminarA pobreza, essa atinge cada vez mais gente.
Desaparecer por desaparecer... mais vale vender... do que desaparecer à borla!
ResponderEliminar---> Bye, bye Portugal, Espanha, França, etc...
---> É uma 'situação natural' - a História sempre foi assim: em virtude de migrações... a nova população não se revê na Identidade Nativa... e então... depois surgem novas identidades...
---> O Kosovo é uma 'situação natural' (leia-se, não é uma 'Identidade a Régua-e-Esquadro')... e... DESAPARECEU À BORLA! Analogamente, afectadas por uma nova população - que não se revê na Identidade Nativa - será uma 'situação natural' o desmantelamento de muitas Identidades que, por enquanto, ainda andam por aí...
---> A população nativa portuguesa está a definhar... e (só os parvos-à-Sérvia é que não vêem isso)... o país está condenado a desaparecer.
---> MAIS VALE VENDER O PAÍS, por exemplo, à China... do que... entregar o país à borla aos novos dominadores da demografia nesta região do planeta
[nota: os Russos venderam o Alasca aos Norte-Americanos, e agora fala-se da Grécia...]
ANEXO:
-> Uma pequena alternativa: antes que seja tarde demais, há que mobilizar, para um separatismo, aquela minoria de europeus que possui disponibilidade emocional para abraçar um projecto de Luta pela Sobrevivência...
Na Grécia queimam-se bandeiras da União Europeia. Já não é possível convencer as pessoas que os sacrifícios de hoje visam benefícios futuros: já aprenderam com os de ontem que eles visam benefícios, sim, mas não para quem os faz. Já não é possível convencê-las que os sacrifícios resultam duma lógica inexorável inscrita na natureza das coisas: resultam de uma lógica inexorável, sim, mas inscrita num sistema artificial criado para beneficiar uns em detrimento doutros.
ResponderEliminarDesta vez, o cidadão comum não vai ter bom perder.
A minha simpatia pelo discurso e pelas medidas expressas neste post é total. Não atinjo é a estratégia que lhes permitiria ser bem sucedidas no sistema de economia aberta em que existimos. Gostava de ler algo sobre isso para me evitar a sensação de "ingenuidade académica" que este género de textos me suscita.
ResponderEliminarCumprimentos.