domingo, 11 de outubro de 2009
Canhoto por uma vez
"O rendimento mínimo garantido deve conviver com o rendimento máximo permitido. Não há razões sociais, económicas ou morais que justifiquem o crescimento exponencial dos rendimentos individuais sem um correspondente aumento da progressividade do imposto sobre esses rendimentos. Em primeiro lugar, porque não há sucesso individual que não beneficie dos recursos sociais que viabilizam a ampliação das capacidades individuais para agir. Depois, porque o incentivo economicamente desejável ao investimento e à reprodução alargada do capitalismo é contrariado quando não há limites à busca do rendimento máximo no curto prazo. E, finalmente, porque quando a desigualdade é extrema o sentido de justiça social é moralmente abalado." Rui Pena Pires no canhoto. Moralidade, economia e política juntas numa boa análise. Na boa tradição social-democrata (vejam o último número da revista social europe sobre capitalismo e moralidade). "Khomeini não diria melhor"?
Há uma diferença enorme entre a defesa de um "rendimento máximo permitido(?)" e a defesa do "aumento da progressividade do imposto sobre os rendimentos".
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