terça-feira, 22 de setembro de 2009

Um economista de combate na AR

«Resultados esmagadores em todos os sectores, menos na banca onde, mesmo assim, existe uma maioria em favor do público. Estes resultados mostram bem o desfasamento entre o que querem as pessoas e o que têm feito os últimos governos. Mostram também como a prioridade à luta por serviços públicos de qualidade é um desígnio estratégico para a esquerda de hoje. Querem perceber a desilusão dos cidadãos com os "políticos"? Olhem para a política do centro à luz destes gráficos». José Guilherme Gusmão, membro dos Ladrões de Bicicletas e cabeça de lista da esquerda socialista por Santarém (a discursar em Riachos na foto...), comentava assim o resultado desta sondagem da Visão em Março.


A proposta de controlo público do sector da energia está ancorada em razões fortes – nacionalizações necessárias – e, a avaliar por esta sondagem, a maioria dos cidadãos percebe isso. Ao contrário do que se escreve por aí, o programa de nacionalizações é moderado e circunscrito. Como afirmou ontem José Manuel Pureza em Coimbra, o que é radical é a realidade do fracasso do controlo privado de bens públicos essenciais.

Já agora, vejam os cálculos de Zé Miranda no excelente blogue de economia Da minha profunda ignorância: "Se hipotéticamente (porque não é a realidade) algum partido que concorresse às eleições tivesse a intenção de, na condução da política economica, nacionalizar as instituições a que a noticia faz referência [do DE], será que seria mesmo um mau negócio para o estado?"

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