sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Optimistas e pessimistas

O gráfico acima representa o andamento do índice da bolsa portuguesa (PSI 20) entre o seu pico em Novembro de 2007 e o fecho de ontem. Mostra-nos que alguém com uma riqueza de 100 aplicada na bolsa em Novembro de 2007 (numa carteira com a mesma composição do índice), teria visto o seu pecúlio reduzido a 43 em Março de 2008. Dependendo da unidade de conta teria ficado menos rico, semi-rico ou até desfalcado. Mas mostra também que se não se tivesse desfeito da mesma carteira no momento de aflição, agora já teria recuperado bastante (o que valia 43 em Março vale agora 63). Por outro lado quem tivesse entrado na bolsa em Março com 100 teria agora 146. Nada mau em tão pouco tempo, sobretudo numa depressão.

O gráfico abaixo mostra a evolução do número de desempregados em Portugal no mesmo período, segundo o INE, e uma projecção da OCDE para o quatro trimestre de 2010: 440 mil pessoas desempregadas no 4º trimestre de 2007, 508 mil no 2º trimestre de 2009, 650 mil no 4º trimestre de 2010, segundo uma projecção da OCDE (Employement Outlook 2009).

Neste país dividido entre optimistas e pessimistas, parece-me que o número de optimistas deve ser maior entre os que vivem de rendimentos de aplicações financeiras e mais-valias bolsistas do que entre os que vivem apenas do trabalho.

3 comentários:

  1. Economista(s) de esquerda, sabe quando é (ou se já foi) publicado o livro sobre economia do Francisco Louçã?

    Abraço

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  2. Economista(s) de esquerda, sabe quando é (ou se já foi) publicado o livro sobre economia do Francisco Louçã?

    Abraço

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  3. Pessoalmente, acho que a bolsa não tem nada... bom, quase nada a ver com a economia real.
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    Não é verdade que, tirando a SONAE, tudo o resto no PSI20 ou é bens transaccionáveis ou predadores que negoceiam rendas com o estado? Bom, se calhar para eles a coisa está boa, pelo menos enquanto não subirem as taxas de juro.
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    Leu o WSJ? Os 14 mil milhões de dívida da EDP casam tão bem com o rebentar da bolha das renováveis http://online.wsj.com/article/SB125193815050081615.html
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    Aprecio sobretudo aquele frase do fulano da Iberdrola "Solar power "was a financial product, not an energy solution," Louçã foi mortal, e devia reforçar essa vertente, quando disse qualquer coisa como: os empresários sempre de mão estendida e encostados aos incumbentes do poder.

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