terça-feira, 28 de julho de 2009

A saúde é uma arma...



Soube-se ontem que «o hospital de Loures, o primeiro a ser lançado no modelo de parceria público-privada, vai ser construído e gerido pelo consórcio liderado pela Espírito Santo Saúde». Vale a pena ouvir de novo a reveladora declaração de uma responsável da Espírito Santo Saúde: saúde e armamento são os melhores negócios. O capitalismo predador no seu melhor.

Vale a pena também lembrar as declarações de José Sócrates: «Há uma grande dificuldade em fazer os contratos, o Estado gasta uma fortuna para vigiar o seu cumprimento e nunca foi possível eliminar a controvérsia. Por isso, é melhor o SNS ter gestão pública». Isto foi em Março 2008. Anunciou-se o fim da gestão privada depois do fiasco do Amadora-Sintra. No entanto, pelo sim, pelo não, continuaram com as engenharias predadoras feitas de construção e de gestão. Os riscos ficam todos no Estado. Como já aqui argumentei, ao contrário do romance de mercado sobre o monstro, a questão do peso do Estado não nos diz nada sobre a orientação das políticas públicas.

Neste blogue há muito que defendemos a tese de que a entrada dos grupos económicos privados na gestão de hospitais públicos constitui um dos principais mecanismos de destruição a prazo do Serviço Nacional de Saúde (por exemplo, I, II e III). Não só não existe evidência de ganhos de eficiência com a gestão privada, como se multiplicam os custos com o desenho de complexos contratos e com a sua monitorização. Isto para não falar dos riscos de captura política e do crescente músculo político dos grandes grupos económicos rentistas. De facto, custa muito dinheiro garantir que a busca incessante de lucros não coloca em risco a saúde pública. A gestão pública do SNS é mais segura e eficaz. Os grupos económicos privados que vão trabalhar para os sectores de bens transaccionáveis para exportação…

36 comentários:

  1. Na senhora, acima de tudo, apreciei a candura.
    Duvido que alguém do Espírito Santo Saúde, depois daquilo, tenha voltado a ser tão honesto à frente de um microfone.

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  2. A saúde é um negócio como qualquer outro. A sua nacionalização por parte do estado restringe o seu acesso a quem tenha cunhas dentro dos hospitais. Quem não as tem, morre à espera do tratamento, ou então tem de pagar a dobrar para poder ir gastar no privado o que já descontou a triplicar para o público.

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  3. Caro Filipe,
    a saúde não é um negócio. É um bem essencial que toda a gente deve ter direito.
    Se o nosso servico nacional de saude não chega correctamente a toda a gente, então temos que melhorá-lo, e não po-lo disponivel para apenas os que têm dinheiro.
    Se os que têm cunhas conseguem ser atendidos mais facilmente, criem-se mais hospitais, formem-se mais médicos, criem-se melhores condições.
    Privatizar algo que não chega a todos, com o argumento que assim chegará a todos é incongruente. Porque uma vez privatizado, o SNS será mais caro para os utentes, mais caro para o estado, e com piores resultados. Pois o objectivo será ganhar dinheiro e não a prestação de servicos de saúde.

    Mas olhe, fie-se nas clínicas e nos hospitais privados e depois salve-se nos públicos. Não será nem o primeiro nem o último que depois de algo correr mal no privado, vai a correr para o Sta Maria a dizer "ai meu deus".
    Cumprimentos

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  4. Com esta politica miserável de destruição de tudo o que é público (desde a educação á saúde) numa clara afirmação de que o Partido Socialista se passou, definitivamente, para a patifaria, não creio que o partido mereça sequer a sua designação.
    Se os Portugueses não esquecerem as malfeitoruias deste governo/partido e lhe tratarem da "saúde" dificilmente os Pinóquios ganharão as eleições.
    Claro que neste país, onde a Constituição diz que a saúde deve ser tendencialmente gratuita e ela (com esta canalhada do CDS/PSD e PS) tem vindo sempre a ser tendencialmente mais cara(será que eles sabem sequer lêr(!?)), tudo é possivel, incluisivé que o auto denominado Partido Socialista, assuma verdadeiramente o significado do seu nome.É muito dificil(porque isto já vem desde o Mário Soares) mas é possivel.!
    Afinal de contas também antes do 25/4 poucos acreditavam que era possivel e aconteceu.

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  5. óptimo, se não é um negócio com certeza que conhece uns quantos médicos dispostos a trabalhar à borlix. agradeço que me dê os seus contactos.

    ah.. e não se esqueça também de dizer ao sr ministro que escusa de me cobrar segurança social. não preciso de lhe dar dinheiro algum, pois a saúde não é nenhum negócio.

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  6. Nem de propósito:

    http://krugman.blogs.nytimes.com/2009/07/25/why-markets-cant-cure-healthcare/

    Eis a tese:
    "Comprar" saúde não é como comprar pão com chouriço, já que poucas pessoas podem levar no bolso a quantia necessária para fazer um bypass, por exemplo.

    Por isso o "mercado" da saúde apenas pode ser razoavelmente conseguido por via de algo como seguros.

    Nos EUA, as seguradoras privadas com mandato para fazer lucro têm incentivos que se revelam socialmente destrutivos. Com ineficiências administrativas importantes (gastam muito dinheiro a tentar garantir lucros, negando cuidados de saúde aos seus clientes). O resultado são as falências familiares em resultado de doença, e os 50 milhoes de excluidos.

    Por isso até pode ser "um negócio", na forma patusca como o Filipe fala da sua relação com os impostos e os serviços do estado, mas não é um negócio em que o "mercado livre" seja o mais eficiente.

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  7. Não se preocupe com a publicidade caro LR, a má gerência dos burocratas estatais destrói mais recursos que qualquer outra coisa. Os funcionários públicos fazem obra ao cobrar 300 e devolver 100 ao contribuinte. Pior ainda: em geral os que pagam taxa de caviar raramente usufruem do pão com manteiga. Dupla injustiça portanto. E grande negócio para funcionários públicos os que fazem desaparecer os 200 em seu proveito.

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  8. negócio:
    (latim negotium, -ii, ocupação, trabalho, actividade!atividade)
    s. m.
    1. Transacção!Transação lucrativa.

    in priberam, dicionário online.

    Não Felipe, a saúde não é um negócio. Ir comprar uma camisola não é o mesmo que ir ao dentista.

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  9. Os comentários do Sr. Filipe Melo e Sousa enfermam de escassa fundamentação factual.
    Os EUA têm um sistema de saúde paradigmático daquilo que julgo que defende. Hospitais privados, gestão visando o lucro.
    Quando analisamos os seus resultados, verificamos que os EUA gastam mais dinheiro para obter piores resultados (ex: mortalidade infantil), mesmo comparando com países com "orçamentos" muito inferiores. Ao mesmo tempo, uma percentagem significativa da população fica de fora do sistema.

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  10. uma percentagem significativa da população fica de fora do sistema.

    com a vantagem de que os contribuintes não têm de pagar o consumo dos outros. nada mais justo.

    mas se acham que a saúde não é um negócio, encontrem médicos que estejam dispostos a trabalhar sem "negociar", ou seja à borla. se não é um negócio, não precisam de colectar impostos.

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  11. Aqui está uma visão alternativa sobre a proposta do Obama para a saúde:

    http://www.europac.net/externalframeset.asp?from=home&id=16767&type=schiff

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  12. Caro Filipe Melo Sousa,
    até há uns anos atrás pelo menos, não era difícil encontrar médicos que primeiro tratavam e depois discutiam o preço. "Paga o que puder.." ou "Não se preocupe..."

    O Sistema Nacional de Saúde tem a virtude de, nesses casos, garantir uma compensação justa dos serviços, impedindo que o bom médico seja penalizado pela sua nobre acção e por cumprir o juramento que fez, já agora.

    A lógica na saúde raramente é "Oh meu amigo, quanto é que está disposto a pagar para eu lhe coser esse golpe? Não precisa de responder já... pode ir perguntar a outro... mas olhe que isso está a sangrar muito..."
    Que é o que comummente se caracteriza com "fazer negócio".

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  13. decididamente você não prescinde do direito de se intrometer na moral de cada um, e coagi-los a agir de outra forma que não o que a sua liberdade lhes permitiria

    acha que vivemos todos mais felizes controlados pela sua patrulha da promoção da virtude e prevenção do vício. a mesma que permite iniciar tratamentos de oncologia depois do deadline, cegar pacientes, colocar utentes horas à espera, e deixar passar à frente os afilhados. maravilhoso mundo.

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  14. Assumindo que o Filipe até pretende algum debate sério eu vou-lhe responder. Essas ocorrências que refere são reais e lamentáveis. Mas devem-se mais a questões de organização que à natureza pública e inclusiva do sistema.

    Os USA que se situam no outro lado do espectro também têm falhanços terríveis e historias de seguros ilegalmente cancelados a meio de tratamentos que levaram à morte de pacientes oncológicos. No entanto compare lá indicadores como a taxa de mortalidade infantil, por exemplo.

    Em relação a conversa sobre a moral. Relembro ao Filipe que a "moral" é o que a Sociedade (e por sociedade entenda-se nações) quiser. Vivemos num sistema Democrático e neste sistema os valores da maioria impõem-se sobre os restantes. Se a maioria de uma Sociedade acredita em Saúde e Educação Universais e gratuitas então os opositores têm bom remédio: ou convencem os outros que o que defendem será mais benéfico para todos ou então vão se embora para outra Sociedade mais adequada sua moral.

    O Filipe nem se vai embora nem tenta convencer ninguém pela via democrática. Aliás, o seu discurso poderia ser emulado na integra por algum strawman ficcional numa obra destinada a desacreditar a Ayn Rand... Ironias :)

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  15. do outro lado do espectro? fique a saber que o serviço de saúde americano gasta mais per capita que o nosso ;)

    isso ajuda a explicar o terrível falhanço que refere.

    o meu amigo LR acha que tudo é referendável, claro enquanto a escolha do eleitorado lhe corre de feição. se a maioria dos seus vizinhos o escravizarem achará que a liberdade venceu. dogmas. cada um tem os seus.

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  16. Caro Filipe Melo Sousa:

    Se quiser chamar "negócio" ao facto de um médico exigir ser pago para trabalhar, por mim tudo bem. Não é essa a questão essencial.
    Até admito que acho irritante o mito do "médico tipo frade franciscano", que supostamente já andou por aí e desaparceu, e que era um sujeito que fazia voto de pobreza e desprezava os valores materiais (?!).
    Voltando ao cerne do problema: O Sr. Filipe Sousa prefere 1 sistema de saúde construído para obter lucro, mesmo que isso signifique deixar parte da população sem cuidados satisfatórios, com a "vantagem" de não haver partilha de riqueza?

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  17. "se a maioria dos seus vizinhos o escravizarem achará que a liberdade venceu."


    Miúdos de 5 anos dizem "xixi" e "cócó". O Filipe escreve frases assim. O objectivo deve ser o mesmo.

    Mas confesso que é refrescante ver alguém que faz a malta d'O Insurgente parecer um grupo equilibrado e coerente.

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  18. A mão invisível que puxa o gatilho é semelhante, em rendimento, à que recusa um tratamento.

    A franqueza da menina é impressionante. E os portugueses continuam cegos.

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  19. Percebo o ponto de vista do Filipe Melo até porque...já concordei com ele...

    Muito do que vivi desde que entrei para o mercado de trabalho e a crise mundial a que estamos a assistir fez-me mudar de opinião...

    O problema de entregar a gestão da Saúde a privados é que assim que o Filipe fosse mais oneroso que o rendimento que eles auferissem através dos cuidados prestados...o Filipe seria deixado para morrer. Porque o objectivo de qualquer empresa é o lucro. Tão simples quanto isso. A provisão pública tem os seus problemas mas não tem como objectivo o lucro. Logo tem outro tipo de prioridades.

    Outro possível argumento para a provisão pública será o facto de os países de leste, com regimes comunistas (antes da sua queda), proverem saúde e educação de uma forma mais eficiente que...Portugal, no caso da educação, e do que os E.U.A. no caso da saúde (dou como exemplo o nível de instrução médio dos países de leste em comparação com Portugal e o fenómeno dos tratamentos médicos em Cuba). É claro que os mais acérrimos adeptos da neoliberalização dirão que o Comunismo só tinha defeitos e nada poderá ser aproveitado. Tinha grandes defeitos ( o facto de serem ditaduras, na minha opinião, o maior deles) mas também tinham grandes virtudes (duas das quais mencionadas em cima).

    Em relação à corrupção, existem nos dois casos, infelizmente...portanto este critério não é válido para diferenciar estas duas formas de provisão...

    Obrigado pelo bom debate a todos...

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  20. Caro Miguel Rocha,

    Concordo consigo nessa questão do comunismo, certos resultados do comunismo devem-nos obrigar a pensar pelo menos...o que não significa que sejamos comunistas...

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  21. O lucro esse grande pecado original. Ora claro, do que estavam à espera. Os grupos economicos investem em hospitais, querem ter um lucro como é óbvio. Nem vocês que são de esquerda trabalham de graça. No entanto como tendem a identificar-se com os perdedores numa justa competição, sem capacidades nenhumas e perspectivas de se demarcar pelo trabalho e pelo intelecto dos demais, criticam os outros que são empreendedores e têm mérito em subir na vida.

    A esquerda sempre se alimentou em votos à custa do capital de inveja dos frustrados.

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  22. Ele (Estado) constrói, nós (privados) exploramos e enriquecemos.
    O contribuinte paga para construírem, para explorarem e ainda paga o acto medico.

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  23. Filipe Melo Sousa,

    nunca consegui perceber bem por isso ajude-me:
    Nessa foto está de rabo-de-cavalo?

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  24. É para não perceber. Dá um ar assim meio beto meio rebelde.

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  25. OK,
    era só para saber se devia invejar o seu cabelo.

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  26. Que raio! Já não basta levar os dentes de outro, também querem levar o cabelo antes de nos levar a vida e tudo o resto?

    Nada vos distingue dos nazis.

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  27. Bom, parabéns Filipe. Conseguiu o que queria. Assassinou completamente o debate e até conseguiu tornar a justificar a Goodwin's Law.

    E, já agora, o Filipe é o exemplo paradigmático de outra lei: http://www.techybytes.com/userimages/user2181_1165580782.jpg

    :)

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  28. deixe-me corrigi-lo: o homem cobiçou-me assumidamente o cabelo. não fica pela conta bancária, quer aproveitar tudinho.

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  29. Eu não expressei nenhum sentimento em relação às suas capilaridades, a unica coisa que se podia tirar da minha pergunta é o rídiculo que é falar de inveja por tudo e por nada.

    Se há coisa com que vivo bem é o meu cabelo que é denso, forte, e razoavelmente livre de brancos para a idade.
    Daqui a uns anos, talvez o Filipe o invejasse. Mas isso seria ridículo.

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  30. acho que começo a entender esse interesse...

    eu como sabe sou liberal, mas lamento não vai poder haver um match! mas você faz bem em perguntar homem. o não está sempre garantido.

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  31. Nem sei quem é pior, se o tonto do Filipe, se os comentadores que insistem em dar-lhe atenção.

    Mas será que ainda não perceberam o modus operandi da criatura? Acham que vale a pena algum "diálogo" com ele???

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  32. O repto final é lapidar: «Os grupos económicos privados que vão trabalhar para os sectores de bens transaccionáveis para exportação…»
    Nem mais!

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  33. têm toda a razão aqui no blogue.
    com os intervenientes a dar uma ajuda: «melhor negócio do que a saúde só mesmo a indústria do armamento».

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  34. Já nada me espanta neste país, mas esta crescente burguesia "caviar" que ultimamente virou moda, confesso que me incomoda.
    Criticar qualquer grupo privado, ou qualquer acção de um privado junto do estado, é moda. Louçanistas no seu melhor.
    Eu trabalhando num sector privado ( educação ) custa-me é ver esta orde de vampiros, que sobre a capa de um intelectualismo bacoco, criticam tudo e todos, mas não abdicam de trabalhar naquele que é o melhor patrão do mundo... o estado português. Por isso, deixem-se de tretas e sejam realistas. A saúde como qualquer outra actividade é um negócio, e o problema está naqueles que acham que não, e são esses mesmos que pela incompetência nata, laxismo e pelas negociatas privadas que minam todos os Hospitais, é que o SNS não é o que devia ser.
    Fala-se do Amadora Sintra ? É um bom exemplo, e curioso. Quando esteve a ser gerido pelos privados, bem ou mal, a publicação dos custos pagos pelo estado ao menos eram públicos. Sob a alçada do SNS, gostaria de comparar esses mesmos custos... façam esse exercício.

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