terça-feira, 19 de maio de 2009

Não sou economista… mas


Esta frase típica de não economistas que invariavelmente antecede a expressão de uma opinião económica deixa-me sempre embaraçado. Exactamente por ser economista e viver há muitos anos entre eles sei muito bem que: (a) a ignorância a respeito da economia afecta economistas e não economistas (a diferença é quando muito de grau); (b) não ter em conta a opinião de não-economistas a respeito da economia é um desperdício de inteligência; (c) a economia é demasiado importante para ser deixada aos economistas que dizem saber de Economia sem nenhum mas.

É por isso que a Economia se tem de dar a conhecer e os não-economistas se devem dar ao trabalho de a conhecer. Fazer alguma coisa por isso passa por coisas como este blog e outras como as que estamos a fazer agora na Ler Devagar-LX Factory em Lisboa.

Primeiro foi a história da Economia como porta de entrada para as discussões acerca da economia. De seguida será a investigação mais actual sobre incentivos e motivações nas esferas privadas e públicas. Tudo em português corrente.
Aqui vai o programa das festas e mais informações aqui e aqui.

30 de Maio 2009
10.00 A (pretensa) superioridade moral e económica dos incentivos (Ana Cordeiro Santos, CES)
14.00 Nem tudo tem um preço, mas pode vir a tê-lo (Ana Costa, ISCTE)
16.30 A ilusão da liberdade de escolha: Somos mesmo livres de escolher no mercado? (João Rodrigues, Univ. de Manchester)

6 de Junho 2009
10.00 Definir colectivamente o bem comum (Ana Costa, ISCTE)
14.00 Agir pelo bem comum: Visões rivais (José Castro Caldas, CES)
16.30 Experiências de acção colectiva: agir colectivamente contra riscos públicos (Marisa Matias, CES)

20 de Junho de 2009

10.00 Os incentivos na crise financeira (Ana Cordeiro Santos, CES)
14.00 Gestão pública de qualidade significa gestão empresarial? (Jorge Bateira, Univ. de Manchester)
16.30 Incentivos e acção colectiva nas empresas (Ricardo Mamede, ISCTE)

2 comentários:

  1. Somos todos economistas. A Economia não é mais do que política desfarçada de autoritarismo científico.

    Como somos todos políticos (no sentido que todos fazemos opções, no nosso dia a dia), somos todos economistas.

    Uns têm um papel de certificação de especialistas dado por "dispensadores de autoridade". A bem da verdade o papel é uma um símbolo de adesão a uma qualquer igreja fundamentalista.

    O valor do dito papel, da autoridade "científica" da economia, está bem à vista.

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