Dizem que os tempos continuam interessantes. Aos 92 anos, o meu historiador preferido –
Eric Hobsbawm – continua a escrutinar os tempos que correm como poucos. Não percam o seu
último artigo no The Guardian. Talvez um jornal de referência possa traduzir o artigo. É que está lá, de forma necessariamente resumida, mas límpida, muito do que importa: economia política como história interpretada. Para ver se descobrimos como viver juntos numa sociedade decente. Talvez assim os tempos se tornem verdadeiramente interessantes. Talvez.
O interessante é o desafio.
ResponderEliminarSobre tempos interessantes em "terra brasilis", convido-os a conhecer meu blog. História e pólitica.
molto bene, condivido con quanto pubblicato nel blog.
ResponderEliminarciao
Somália: «paraíso» neoliberal onde «o negócio floresce em várias partes da Somália, sustentada por tradições tribais de respeito por direitos de propriedade exercidos em favor de "business"». Onde «podemos vislumbrar que a total ausência de regulamentação económica e incapacidade de imposição de um qualquer centro de autoridade legislativa e securitária tem levado o território a prosperar em termos comparativos, que a maior parte dos países vizinhos - para não falar em liberdade objectiva».
ResponderEliminarin Causa Liberal
Tempos interessantes com imbecis interessantes. Para que queremos o Estado se temos piratas?
Viva o Capitão Morgan!!
Coragem, o que falta é coragem, os nossos políticos neoliberais estão demasiadamente, e no fundo ainda pensam que tudo vai voltar a ser como dantes, agarrados e espartilhados a conceitos puro e duro capitalistas, no artigo Eric fala no fim do Socialismo de economia planificada tipo Sovietico, fala também no fim do Capitalismo de cariz neoliberal, sem regulação, ou seja, alvitra uma sociedade mista onde caibam os sectores privados e públicos, para isto é preciso coragem.
ResponderEliminarO artigo é um bom ponto de partida; realço dois aspectos que merecem que se “parta pedra”:
ResponderEliminar#The future, like the present and the past, belongs to mixed economies in which public and private are braided together… But how?
#Not just rising income and consumption for individuals, but widening the opportunities…
Os extremos - a planificação centralizada do tipo “comunismo soviético” e o “romance de mercado neoliberal” – fracassaram.
Para onde caminhar, então?
Haverá áreas onde uma planificação, dirigida por outro Estado e para os cidadãos (não para satisfazer alguns humores!), é essencial. Vejo-a necessária nas matérias sociais, nos transportes, na segurança alimentar, na protecção do ambiente. Por outro lado, a Água e a Energia devem ser coisa pública.
Olhemos para o que se passa numa empresa de ponta como a Quimonda, com pessoal altamente qualificado a vários níveis, com produtividade elevada, que se confronta com a suspensão da actividade. No mínimo, desmoralizante! Afinal, parece que não basta a qualidade, a produtividade, a qualificação, a inovação, características apregoadas como absolutamente necessárias, mas nunca suficientes neste mundo insaciável, sempre a correr atrás da cenoura…
Hoje mesmo, o PR tem encontro com várias instituições universitárias onde as ciências, e particularmente a Matemática, são um importante instrumento de trabalho - é a pedra de toque desta jornada. Tudo bem, mas neste frenesim em que se vive, nem as ciências parecem garantir o que quer que seja…
E porque não estudar Música ou Literatura, se for essa a vocação?
O tal “outro paradigma” terá que ser encontrado…Reduzir a vida ao rendimento e ao consumo – e só para alguns - é manifestamente pouco. Mas parece-me que os líderes daqui e de algures continuam só a pensar em retoques, em maior regulação dos mercados. Até que a fonte se esgote…