Um estudo do FMI (Fundo Monetário Internacional), apanhado através deste fantástico programa de rádio, sobre recessões mostra que estas são normalmente mais profundas e longas quando coincidentes com uma crise financeira. A sincronização internacional das crises têm também o mesmo efeito. Dada a confluência destes três factores, o FMI prevê uma recuperação só no ano de 2011 e defende programas de estímulo fiscal nos países mais ricos. Uma notável viragem face ao seu anterior receituário.
Por outro lado, vítima da sua própria arquitectura institucional, a União Europeia acaba de abrir procedimentos de défice excessivo a alguns dos países membros. Se se mantiver o irracional apego ao equilíbrio orçamental em tempos de profunda crise, a minha previsão é que no próximo ano a UE se arrisca a abrir estes procedimentos a todos os seus membros. Estas notícias só podem ser tomadas como um anacronismo de uma instituição que não se consegue adaptar ao tempo presente. O pacto de estabilidade pode ainda mexer, mas a sua morte está há muito anunciada.
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