domingo, 19 de outubro de 2008
O Estado é parte da solução
Paul Krugman no New York Times: «está politicamente na moda clamar contra a despesa pública e exigir responsabilidade fiscal. Mas, neste momento, um aumento da despesa pública é o que é necessário e as preocupações com o défice devem ser suspensas». Política económica keynesiana. Afinal de contas, a situação não pára de se deteriorar. O desemprego aumenta e muito. E a deflação começa a espreitar. «O governo federal pode fazer muito pela economia. Pode assegurar um reforço dos subsídios de desemprego que ajudará as famílias em dificuldades e colocará dinheiro nas mãos das pessoas que o gastarão com maior probabilidade. Pode fornecer ajuda de emergência aos governos estaduais e locais e assim evitar que estes sejam forçados a realizar cortes nas despesas que degradam os serviços públicos e destroem postos de trabalho. Pode comprar hipotecas (…) e reestruturar os seus termos para ajudar as famílias a permanecerem nas suas casas». O governo federal é parte da solução. Nos EUA, segundo o Financial Times, Keynes está de volta. E na Europa? Na Europa, o orçamento federal representa menos de 1% do PIB europeu e a construção europeia foi pensada para evitar as políticas keynesianas. Estamos a pagar um preço cada vez mais elevado por uma integração económica e monetária coxa.
O estado faz parte do problema.
ResponderEliminarImprimam dinheiro e dêem à rotativa dizia Keynes, que não faz mal nenhum vivermos num sistema fiduciário. Injectar dinheiro é que é. E depois? No longo prazo não dá problema se um banco falir? Não vai tudo em dominó? No longo prazo estamos mortos dizia Keynes. Keynes está morto, e o longo prazo chegou!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminar(o comentário apagado é meu, fica aqui a versão corrigida)
ResponderEliminarDeixa-me ver se percebo...
por um lado, podemos tentar revitalizar a economia disponibilizando recursos, sob a forma de dívida, de modo a permitir que as pessoas tenham meios de subsistência, e seja recuperada a confiança,
A outra forma, é reduzir drasticamente a população (basicamente alienando o recurso mais importante de uma economia), por via da asfixia económica, de forma a que os poucos recursos que há aqui e agora, acabem por ser suficientes.
Hmm... vou ali para aquele canto pensar muito bem qual será preferível.
"A outra forma, é reduzir drasticamente a população..."
ResponderEliminarLol, julgo que neste mundo devem existir muitas cabecinhas pensadoras que apostam nesta alternativa...
"longo prazo estamos mortos dizia Keynes. Keynes está morto, e o longo prazo chegou!"
ResponderEliminarErrado
Keynes nunca esteve tão vivo desde que morreu...
:-)
António
Se o Keynes está morto o que dizer do Adam Smith.
ResponderEliminarTalvez o Filipinho não tenha reparado, mas a Mão Invsível anda-nos a fazer uma caralhada valente.
Perdão pela rudeza, mas nem todos tivemos berço, tomámos cházinho ou andámos no colégio planalto...
Na realidade Adam Smith não é nada do que os liberais o pintam. Agarraram-se à mão invísivel e usaram a Teoria do Sentimentos Morais para se aquecerem no inverno.
ResponderEliminarNão ataquem o pobre Smith. Lá porque deduziram precipitadamente que o mercado falhou por falta de intervenção e não por causa dela precisamente...
ResponderEliminarA mão invisível está com uma tendinite.
ResponderEliminarVocês querem é impor pela porta do cavalo uma política económica europeia, o que basicamente deixaria os governos nacionais sem qualquer margem de manobra e obrigados a seguir uma qualquer ortodoxia europeia, neste caso marxista.
ResponderEliminarUma política económica europeia (e não me venham com a conversa que existe uma neoliberal, os tratados dão para tudo...menos para monopolismos, designadamente de Estado, e para marxismos) colocaria em causa basicamente toda a independência dos governos nacionais.
Ah, pois é...eu esqueço-me que os marxistas têm ódio ao conceito de nacionalidade e ao patriotismo...tudo faz sentido, pois.
Ninguém deduziu nada erradamente, Filipinho. Se te informares um bocadinho percebes que s esmagadora maioria dos créditos-lixo foram concedidos por empresas que nem sequer estavam abrnagidas pela garantia do governo americano.
ResponderEliminarDe resto a tua conversa é igual aos dos comunistas por altura da queda da URSS.
Vai mas é pagar os teus impostos, pá.
Errado: não se quintuplica os juros seu aumentar o incumprimento.
ResponderEliminarElementar...