Na semana passada foi votada a revisão do Código de Trabalho na Assembleia da República. O PSD absteve-se (creio que o CDS-PP também). BE e PCP e PEV votaram contra. Todos os partidos acusaram os socialistas (os únicos que votaram a favor, embora com 4 dos seus deputados a votarem ao lado dos partidos à esquerda do PS, entre eles Manuel Alegre e Teresa Portugal) de, com as propostas que fizeram nesta revisão da legislação laboral, terem feito uma pirueta de 180 graus face ao que defenderam quando o Código de Trabalho foi originalmente proposto e aprovado pela coligação PSD-CDS. Ou seja, o PS terá mudado de posição em várias matérias fundamentais sobre a legislação laboral – aguarda-se com expectativa uma comparação sistemática das principais mudanças de posição do PS, que penso estará a ser levada a cabo pelo especialista em “desigualdades sociais e sindicalismo”, o sociólogo (e militante socialista) Elísio Estanque.
E, segundo consideram vários especialistas, as mudanças terão sido num sentido de fragilizar a posição do elemento mais fraco na relação laboral, isto é, os trabalhadores. Além de possibilitar uma descida dos salários através do “banco de horas”. Tudo isto apesar de algumas medidas positivas de combate à precariedade.
Mas, independentemente do sentido das mudanças de posição, o que está em jogo é o como e o porquê das mesmas. Houve algum debate interno sobre isto ou tudo se processou em resultado de uma mudança de liderança no PS? O PS explicou em devido tempo aos militantes e aos eleitores (nomeadamente vertendo a mudança de orientações no seu programa eleitoral) que iria mudar de posição e porquê? Parece que não, pelo menos ninguém deu por isso. Sendo assim, fica-se sem perceber porque é que, quando estava na oposição, o PS tinha uma posição sobre a legislação laboral e, quando passou ao poder (e mudou de líder), passou a ter outra (alegadamente muito diferente em pontos fundamentais).
Então para tomar uma posição sobre o casamento homossexual é preciso uma discussão aprofundada e uma tomada de posição vertida no programa eleitoral e sufragada eleitoralmente, mas para efectuar mudanças tão fundamentais na posição do partido face a uma questão central do conflito político nas sociedades modernas (bem no âmago da divisão entre esquerda e direita!), as relações entre capital e trabalho, nada disso parecer ser necessário? Obviamente, nada disto ajuda a credibilizar a política e os partidos. E, por isso, percebem-se os remoques de Manuel Alegre à JS (que sobre isto se remeteu ao mutismo, pelo menos no parlamento): é que a credibilização da política passa por aqui.
Eu até lhe dou razão em maior parte do artigo (especialmente no nítido eleitoralismo relativo ao casamento gay), mas não em relação à mudança interna. Essa discussão deu-se durante as eleições directas no partido socialista, que por sinal até tiveram grande visibilidade na altura. Pode-se dizer que de forma generalista, mas de qualquer forma era fácil adivinhar que Sócrates era um representante da "terceira via" e não um socialista tradicional. E foi líder antes das eleições, não ao mesmo tempo. Penso que o rigor nestas coisas importa.
ResponderEliminarNão sei porque tanto vos preocupa a precariedade. Se de facto um trabalhador tem valor, a empresa terá todo o interesse em mantê-lo.
ResponderEliminar«Então para tomar uma posição sobre o casamento homossexual é preciso uma discussão aprofundada... mas para efectuar mudanças tão fundamentais na posição do partido ... as relações entre capital e trabalho, nada disso parecer ser necessário?»
ResponderEliminarSócrates é muito sensível ao problema da homossexualidade.
Onde é que você trabalha, Filipe Melo?
Não sou funcionário público. Onde trabalho, e quanto ganho é uma relação do foro privado entre mim e os accionistas da empresa.
ResponderEliminarEm suma: não preciso de vocês para nada. São antes os parasitas que precisam de me tributar.
Precisa de nós para não ficar a falar sozinho.
ResponderEliminar"Não sei porque tanto vos preocupa a precariedade. Se de facto um trabalhador tem valor, a empresa terá todo o interesse em mantê-lo."
ResponderEliminarEste miúdo deve trabalhar na empresa do pai ou do amigo do pai.
A posição do PS em nada mudou quanto a esta matéria. É exactamente a mesma.
ResponderEliminarQuanto aos recados de Manuel Alegre à JS, você não sabe da missa a metade...apenas lhe digo que MA tomou essa atitude por ter enfiado a carapuça de algo dito pelos Deputados da JS numa reunião interna...
"Então para tomar uma posição sobre o casamento homossexual é preciso uma discussão aprofundada e uma tomada de posição vertida no programa eleitoral e sufragada eleitoralmente, mas para efectuar mudanças tão fundamentais na posição do partido face a uma questão central do conflito político nas sociedades modernas (bem no âmago da divisão entre esquerda e direita!), as relações entre capital e trabalho, nada disso parecer ser necessário?"
ResponderEliminarConcordo com o ponto de vista, gostava de acrescentar um ponto que se prende directamente com a temática do casamento civil para casais homossexuais, gays e lésbicas. É um péssimo sinal que se dá à comunidade civil, dizer que se vai discutir algo que toda a gente sabe que é uma injustiça que perdura, é ainda mais penoso dizer à comunidade homossexual para porem a sua vida em "stand by". Um casal homossexual não pode ficar à espera de mais um debate sobre se tem direito a ter uma vida de pleno direito, isso indicia que esse direito é discutível, que é ambíguo quando não é. Enquanto o casamento civil entre casais homossexuais não for um realidade, é porque ainda não temos um democracia em pleno.
Ou seja, além do problema de credibilidade política acrescento o problema de insensibilidade social premente e definhamento democrático.
«Em suma: não preciso de vocês para nada.»
ResponderEliminarEu também não preciso de si para nada e no entanto tenho de o aturar.
«São antes os parasitas que precisam de me tributar.»
Se por infelicidade sua tivesse apostado na AIG para "segurar" a sua reforma, já não dizia o mesmo.
O mal da AIG começa e acaba no poder regulador:
ResponderEliminar1) a partir do momento em que os bancos são coagidos pelo poder regulador a conceder empréstimos a quem não apresenta garantias
2) quando o FED aumenta o juro, quintuplicando os encargos financeiros a essas ditas pessoas
3) quando o poder central retira aos particulares a liberdade de gerir a sua reforma
4) quando o FED "generosamente" assume as dívidas derivadas das falências que provocou, pagando-as com o dinheiro dos contribuintes. Com a conta bancária dos outros, eu também sei ser um grande filantropo.
O seu ponto 1) é falso, o ponto 2) é circunstancial, e o 3) e 4) são ideológicos, e aliás, desmentidos pela realidade presente.
ResponderEliminarAcrescento que o mesmo FED que aumentou os juros foi o que antes os baixou. Nessa altura, caso existisse um minimo de responsabiliade na actuação dos gestores perante os interesses daqueles que lá colocam o seu dinheiro, não se tinham arriscado em operações fantasiosas em titulos com o mesmo valor do vento.
O problema, é que não se pode confiar nos gestores para ter "responsabilidade". Na verdade, nem se deve esperar de um gestor uma actuação mais ou menos "responsável", pois isso não é da natureza deles, nem se deve confiar a gestão destas coisas aos gestores privados. Por uma razão muito simples: uma empresa não deve estar obrigada a nada mais que o seu próprio interesse.
É por essa mesmissima razão que coisas sérias e importantes como as reformas não devem ser geridas por empresas privadas.
E já agora agradecia que me elucidasse sobre o ponto 3), já que, pelo menos quanto ao país em que ocorreram estas falências, será verdadeiro apenas na nebulosa da sua ideologia.
E aproveito para acrescentar também, sem que o queira desviar do essencial, que as posições a que tenho assistido da sua parte neste blogue são absolutamente imorais.
ResponderEliminarJá que não revela a mímima preocupação por aqueles a quem a vida não proporcionou a mesma sorte que a si, que incluém, devia sabê-lo, muita gente trabalhadora a quem simplesmente as coisas correram mal, e a quem chama sistemáticamente de "parasitas". Apenas parecendo preocupá-lo que "roubem" a sua conta bancária, tributando-o.
Ou seja, deduzo que para si o conjunto da sociedade devia-se estar nas tintas para quem não estivesse em condições de assegurar a sua sobrevivência, gente essa que estaria, no máximo, dependente da caridade alheia. E tudo isso para que pudesse evitar o emagrecimento da sua conta bancária. Por princípio, claro.
Numa coisa concordo: uma empresa não deve estar obrigada a nada mais do que o seu próprio interesse.
ResponderEliminarPelo contrário, as minhas posições são profundamente moralizantes. Se fosse desprovido de moral não me dava ao trabalho de promover uma sociedade egoísta. Defendo uma sociedade em que possa viver para mim, sem confiscar seja o que for a outras pessoas inocentes. Todas as formas de solidariedade confiscatória aqui preconizadas são profundamente hipócritas, ignorando a natureza humana. Como qualquer homem, com o mal dos outros posso eu bem.
A defesa de uma "justiça" redistribuidora não é nada mais que um sinal de grande insegurança e fraca auto-estima por parte de quem se sente incapaz de assegurar o seu futuro de forma autónoma e independente. Em geral as pessoas de esquerda odeiam as pessoas livres e independentes.
FMS continua a alardear o seu direito egoísta à la Max Stirner-
ResponderEliminarum direito que é muito frágil.
Dizia Stirner:”O tigre que salta sobre mim tem esse direito, mas eu que o abato, também tenho esse direito. Não é o meu direito que eu estou a defender perante o tigre, mas eu mesmo!”
Voltando ao postal, é facto que a revisão do código de trabalho é também uma decisão egoista.
"FMS continua a alardear o seu direito egoísta à la Max Stirner"
ResponderEliminarNão era preciso insultar o Stirner dessa maneira.
"Como qualquer homem, com o mal dos outros posso eu bem."
ResponderEliminarEste individuo é um religioso. Não há discussão possível.
Claro que, se a vida lhe correr mal, a culpa será sempre dos outros.
E já não se importará de mamar na teta do Estado.
Afinal de contas, foi o que os seus ídolos "liberais" acabaram de fazer nos Estados Unidos.
E, por favor, para ler argumentos imbecis para justificar a crise, prefiro os d'O Insurgente.
Notar que apenas está exposto à crise quem livremente está ligado ao sistema capitalista. Quem repudia tal sistema liberalizado tem sempre a liberdade de não transaccionar seja o que for, fica de fora. O capitalismo é muito democrático.
ResponderEliminar«Notar que apenas está exposto à crise quem livremente está ligado ao sistema capitalista. Quem repudia tal sistema liberalizado tem sempre a liberdade de não transaccionar seja o que for, fica de fora»
ResponderEliminarVocê vive muito mais ausente da realidade do que eu alguma vez pude supor.
I rest my case.
Há quem ainda leve a Ayn Rand a sério, o que é pena.
ResponderEliminarNa verdade vivemos num tempo em que o individualismo grassa, e isto porquê? Porque hoje em dia temos a ilusão que podemos sobreviver "sozinhos". O que é falso.
Houve uma razão para o homem se ter tornado um animal de grupo. Isto porque percebeu enormes vantagens em dividir os riscos: os riscos da caça, da defesa da tribo, etc.. A sociedade de certa maneira é uma forma de se dividirem riscos inerentes à sobrevivência por todos.
Hoje em dia essa componente solidária está a ser atacada por todos os lados. Fragiliza-se a posição do individuo e quebram-se todas as organizações em que os mais fracos se agrupam. Enaltece-se o individualismo e afins, mas é uma mentira.
Desde a revolução industrial que a oligarquia que "nos" governa tem vindo a consolidar o poder e foram extremamente bem sucedidos.
Entre os milhares de espantalhos que nos põem à frente (conflito no Iraque, invasão da Georgia, crise do sub-prime) todas as politicas anti-sociais vão sendo cimentadas de tal maneira que marchamos todos felizes e contentes para o açougue e ainda temos uns que estando na fila como os demais ainda cantam alegremente.
Isto que se está a passar podia ter aberto os olhos a muita gente. Mas não. É a nova religião e tem cada vez mais crentes/vitimas sacrificiais.
É aqui recorrente a falácia invocada, segundo a qual uma pessoa egoísta "vive sozinha". Pelo contrário, vive em sociedade e é livre de escolher com quem se relaciona, e obviamente escolherá as pessoas de mais valor, e que lhe darão mais proveitos.
ResponderEliminarClaramente, quem defende um sistema de amigos impingidos coercivamente tem graves problemas relacionais, e uma baixa auto-estima, querendo transpor a sua frustração para a sociedade, obrigando os meninos bonitos a aceitar qualquer parasita como seu amigo ou parceiro.
A sociedade como um todo (toco na sua bandeira) beneficiaria mais se se atacasse a causa raiz. Um psicólogo seria mais útil que um engenheiro social com a vã tarefa de construir uma sociedade adaptada aos menos aptos.
« Um psicólogo seria mais útil que um engenheiro social com a vã tarefa de construir uma sociedade adaptada aos menos aptos.»
ResponderEliminarE afinal é eugenista.
É claro que nem as aspas no "sozinhos" impediram um entendimento literal da expressão.
ResponderEliminarFica assim provado que alguns não estão de todo aptos a debater uma ideia de forma honesta.
De resto eu vivo em sociedade porque isso me convém não sentindo de maneira nenhuma que a minha liberdade é posta em causa. Sou livre de me ir embora quando me apetece para outro lugar onde as regras me agradam mais.
E o resto é conversa. Falta de auto-estima costuma ser característica de gente muito fraquinha que precisa de dizer disparates muito alto e em bicos de pés para lhe darem atenção. Mais acrescento que quem abraça ideias extremas com religiosa convicção, costumam ser aqueles que mais as temem.
O tal psicólogo poderá explicar isso melhor ao menos apto...
Optimo, se os meninos n têm problemas de auto-estima deverão lidar mto bem com uma sociedade competitiva e recompensadora :)
ResponderEliminarEssa sociedade apenas existe na imaginação de certos meninos que tiveram sorte na lotaria social.
ResponderEliminarTemos um país, dizem ser o melhor país do mundo, que é neste momento liderado por um mentecapto que teve a sorte de nascer naquele berço e não noutro.
Temos gestores que afundam as economias de milhares de pessoas porque foram incapazes de perceber o óbvio porque de facto a ganância tolda os sentidos.
Só por aí a sociedade recompensadora só pode existir para privilegiados que além de se recusarem a admiti-lo ainda tentam impingir a treta da meritocracia aos outros.
Não tenho medo de competição. Nem conseguiria ter sucesso na minha área profissional se tivesse. Mas, no meu egoísmo sei o significado de compaixão e solidariedade. E já não tenho pachorra para meninos mimados que tendo nascido com o cú virado para a lua e tendo as portas abertas ainda cantam de galo falando do mérito próprio.
Portanto filipinho, cresce e aparece. Por agora fica-te lá pelos morangos com açucar.
É bastante abusivo chamar "lotaria" ao esforço acumulado daqueles que me antecederam. Não é por "sorte" que surge um berço que é cedido livremente. É essa liberdade que tanto o irrita, e inveja. Se vive mal com isso não olhe. Faça pela vida.
ResponderEliminar«Notar que apenas está exposto à crise quem livremente está ligado ao sistema capitalista. Quem repudia tal sistema liberalizado tem sempre a liberdade de não transaccionar seja o que for, fica de fora»
ResponderEliminarAgora é que eu percebi!
V. tem toda a razão:
Todos temos a liberdade de nos matar.
PROVEITO DA LIBERDADE
ResponderEliminarTodos temos a liberdade de nos matar
Ficar de fora
Eis aquilo a que se chama de liberdade
Ter a liberdade de ficar de fora
O belo proveito da História da Liberdade
É ficar de fora
Perante o Horror, tens a liberdade de te dissolver
Ficar de fora
A dor de cotovelo é de facto difícil de ultrapassar. Parte do processo de aceitação passa precisamente por aprender a ficar de fora. Eu agradeço.
ResponderEliminar"os meninos", "dor de cotovelo", v. é mesmo um chico-esperto, hâ?
ResponderEliminarObrigado, mestre pelas suas lições. Muito aprecio encontrar alguém com tais insitintos psicologistas que possa assim definir os outros em pseudo-padrões. Tenha é cuidado que se pode virar contra si: pelo mesmo critério, não terá autoridade para contestar a quem o etiquete de "menino rico", "menino mimado", "menino da mamã", ou, talvez mais acertadamente, "jovem da classe média alta que nunca se teve de preocupar verdadeiramente em sobreviver * , mas que adora dar lições aos «falhados» sobre como se vence na vida".
Como todos os ideólogos, v. é incapaz, eu nem digo de dialogar, mas sequer de entender. É a religião, estúpido!
" - Terá tirado o curso na Católica?
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ResponderEliminarVou traduzir: v. é uma pessoa tristemente insegura, e daí o seu radicalismo (não sabia que todos os radicais são inseguros? Leia psicologia).
ResponderEliminarComo também é muito mal educado, e eu, ao contrário do que possa supor, não tenho mesmo nenhuns problemas de auto-estima (pelo contrário, tenho-me em grandissima conta), agradeço que não me passe à frente nos próximos tempos. Ou eu posso entrar numa de darwinista social, de competição, em que só o mais "apto" sobrevive.
A propósito: acabou-se a conversa consigo, agora e para o futuro (sinceramente, nem eu mesmo sei como me fui dar ao trabalho dela).
"É bastante abusivo chamar "lotaria" ao esforço acumulado daqueles que me antecederam. Não é por "sorte" que surge um berço que é cedido livremente."
ResponderEliminarMas é por sorte que se nasce nele.
Assim já entendo o mérito: todos os espírito santo são pessoas de grande mérito, ao passo que a maior parte dos silvas não é.
Quando à inveja, não tenho nenhuma. Mas acho ofensivo que um fedelho mimado que teve a sorte de ter a mamã e o papá a financiar as melhores escolas e a meter as cunhazinhas aos amigos venha aqui passar atestados de imbecilidade aos outros.
Saiu-te a lotaria quando nasceste filipinho, aceita tu que não tens mais ou menos mérito que os outros. Apenas tiveste a sorte de nasceres num meio que mais facilmente te permite ter sucesso. Ou á noitinha também gostas de imaginar que és o Roark. Tadinho...
Fraca tentativa de me amedrontar com o espantalho dos seus receios. Torna-se patético. Não transacciono misérias alheias, nem conceitos de "boa educação" que estão canalizados para o proveito de outros :)
ResponderEliminarNão ranjas mais os dentes filipinho.
ResponderEliminarVai mas é falar mal do "povo" com os teus amiguinhos do colégio. :D