sexta-feira, 18 de julho de 2008

Sono ou sonho?

Goya escreveu: «El sueño de la razon produce monstros». O que é que na realidade quis dizer?

4 comentários:

  1. Quer mesmo saber ou é só uma pergunta de retórica?

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  2. Alguém disse também: "Admiro os homens que buscam a verdade. Mas abomino aqueles que a encontraram".
    (De memória e talvez sem rigor senão no sentido).

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  3. O subconsciente consegue ser a própria antítese do consciente. Quanto mais perto estamos da verdadeira realidade, mais os nossos sonhos nos advertem daquilo que nos impede alcançá-la ...

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  4. Há interpretações históricas interessantes e provavelmente as mais factuais:

    "Goya quis despertar a Espanha do sono da ignorância. É essa a crítica em sua gravura mais famosa, parte dos 80 trabalhos que compõem a série Caprichos: em El sueño de la razón produce monstruos, um homem aparece dormindo enquanto morcegos e corujas espreitam a seu redor. Mesmo sendo pintor da corte espanhola, ele mantinha os olhos mirados na França, de onde vinham as ondas da Grande Revolução que estremeceram a modorra dos velhos impérios adormecidos."

    Por outro lado, como qualquer frase que alberga palavras de dimensão inextrapolável há quem, com legitimidade, teça considerações filosóficas sobre o seu significado. Muito se pode dizer sobre o que é razão, e o que é estar com sono ou sonho de razão.
    Se adoptarmos a conotação sono, acho que se pode interpretar como uma crítica ao obscurantismo, a uma época desligada (período de sono) da razão, por outro lado, se adoptarmos a conotação de sonho da razão poderíamos até interpretar de forma quase antagónica, poderíamos interpretar com sendo uma crítica à razão, um alerta aos limites da mesma, o sonho da razão produzirá monstros porque o sonho não tem limites e a razão terá. Logo, a infinitude do sonho produziria um monstro, a razão sem os limites.

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