«Detestava tomar banho de água gelada. O gás estava cortado. Para ser sincero, o gás e a electricidade e, daí a uns dias, a água. A casa já era do banco. A burocracia pátria tinha-o mantido teimosamente entre quatro paredes. A ordem de despejo teimava em chegar. Provavelmente, os bancos estavam fartos de ficar com casas que ninguém tinha dinheiro para adquirir. Há uns anos, convencera-se que comprar casa era melhor que alugar. Os juros estavam baixos e um salário ainda parecia um salário. Sete anos depois, tudo ruiu como um castelo de areia». Continua no
cinco dias. Não deixem de ler este breve conto de Nuno Ramos de Almeida.
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