terça-feira, 22 de abril de 2008

Globalização no Divã

Um grupo de «jovens» investigadores (das áreas da antropologia, biologia, economia, história e sociologia) reuniu-se para explorar um tópico sempre tão fácil de definir e de circunscrever - a globalização. O resultado é A Globalização no Divã. Um livro que deve tudo ao diligente trabalho de coordenação do Renato Carmo, do Daniel Melo e do Ruy Llera Blanes. Eu e o Nuno Teles, com o artigo «Globalização e utopia de mercado - o ‘vício ricardiano’ à prova da história», limitámo-nos a fazer de economistas heterodoxos: as virtudes irrestritas do chamado comércio livre como meio para o desenvolvimento são manifestamente exageradas e uma política proteccionista bem temperada e temporária pode ser bastante útil. A Globalização no Divã já está disponível numa livraria perto de si.

2 comentários:

  1. Há duas frases que tem de estar no léxico de alguém que pretende minar os serviços públicos ou exercer medidas económicas injustas. Digamos que é o manual do bom neoliberal.

    "Não podemos ignorar que vivemos num mundo globalizado."

    "Temos de controlar a despesa e ter rigor orçamental para podermos cumprir o défice imposto pelo pacto de estabilidade."

    Existem mais, mas estas duas são fundamentais.

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  2. o que ee extraordinaario ee que depois de 7 anos, ningueem se ponha a perguntar se nao compraamos gato por lebre com o pacto de estabilidade. Vejamos, sem taxa de cambio para ajustar e manter o sector de transaccionaaveis sem implosao, sem capacidade de fazer poliiticas contra-ciiclicas, como ee que economia reage a um choque?

    Tantos economistas, tantos doutores, e ningueem desconfia disto, even if only for the sake of questioning...

    O coodigo laboral ee riigido? Porque? EE da encadernacao? Querem flexibilidade? Pleno-emprego... plento-emprego ee o que permite fazer alteracoes ao coodigo laboral que possibilitem as empresas ajustar a sua mao-de-obra sem convulsoes sociais... pleno-emprego...

    Abracos
    Joao Pedro Farinha

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