Uma das ideias recorrentes do discurso económico mais ortodoxo é a da naturalização das desigualdades de rendimento. Estas seriam o resultado natural da diferença entre aqueles que mais e melhor trabalham e das apostas ganhas por aqueles que mais arriscam. A desigualdade seria mesmo desejável. Uma desigualdade inicial superior na repartição de rendimento permitiria que os mais ricos investissem na economia, dai resultando, num futuro mais ou menos longínquo, um maior crescimento económico que, por sua vez, tenderia a beneficiar todos. Um efeito conhecido como "trickle-down". No entanto, como assinalava recentemente o economista Robert Frank em artigo no New York Times, a realidade do pós-segunda guerra mundial mostra que o período entre 45-73, marcado pela redução das desigualdades, foi aquele durante o qual o crescimento económico foi maior, enquanto o aumento das desigualdades nas últimas décadas foi acompanhado por taxas de crescimento medíocres. Um padrão confirmado pela comparação entre diferentes países. São os países mais desiguais os que menos crescem.
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..."inégalités entre les revenus : le rapport entre le revenu moyen des 20 % les plus riches et des 20 % les moins riches est en 2004 de 3,3 à 3,5 en Suède au Danemark et en Finlande. Il varie entre 4 et 4,5 pour la Belgique, la France, l’Allemagne et les Pays-Bas. Dans les pays anglo-saxons et méditerranéens, il se situe entre 5 et 5,6, sauf pour le Portugal qui est le pays le plus inégalitaire d’Europe avec un écart de 7,2."
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