O Público de hoje tem um conjunto notável de artigos sobre a pobreza. O tom dominante, baseado num estudo sobre as entradas e saídas da pobreza, mostra a direcção certa, bem sublinhada por Bruto da Costa: é preciso dar o peixe, a cana e ensinar a pescar. Quer isto dizer que o rendimento mínimo garantido, combinado com programas de emprego social, é parte de uma estratégia que pode tirar muitos da pobreza. Uma política económica orientada para o pleno-emprego também ajudaria. É só isso: confiar nas pessoas, dar-lhes recursos e oportunidade para que elas possam desenvolver as suas capacidades.
O que é trágico é que nós sabemos o que é preciso fazer, temos recursos e, no entanto, persistimos em não atacar o problema com a intensidade que ele merece. Estamos ainda reféns da ideia desumana, expressa a certa altura pela jornalista do Público, de que os pobres exibem uma propensão para «se colocarem à sombra da bananeira». Nada é mais errado.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminar«Nada é mais errado.»
ResponderEliminarUm post tão bom e tinha de estragá-lo com este aparte. A verdade é cinzenta e o problema de alguns é de facto não lhes apetecer fazer nada. E é claro que isso não justifica que se deixem de aplicar os conceitos que enuncia no post. Por uma parte estar "estragada" não impede que se aplique ao todo.
Caro Tarzan ao fazer o comentário que faz você demonstra na perfeição aquilo que o João Rodrigues tenta transmitir! Você tb é refém dessa ideia!
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