«Se em Portugal decidem de um dia para o outro cortar a protecção laboral, arriscam-se a que tudo o resto não se chegue a realizar. E os empregos precários tornam-se na regra da economia. E isso não interessa a ninguém.»
Entrevista com Poul Rasmussen, ex-primeiro-ministro da Dinamarca, ao DN, sobre a famigerada flexigurança.
Há do meu ponto de vista na sociedade portuguesa um ponto fraco decisivo que torna muito complicada a transposição do modelo dinamarquês: o atraso educacional da população.
ResponderEliminarÉ irrelevante o esforço financeiro que o Estado possa fazer, apoiando a formação dos trabalhadores quando estes não possuem a educação de base que confere eficácia a quaisquer planos de formação de que sejam alvo.
Há um esforço prévio não só na perspectiva de melhorar os níveis educacionais da nossa população jovem (e parece-me que o alvo deve ser a base do sistema de ensino e a educação pre-primária) como também fazer um esforço de re-educação da população adulta.
E como resultados a este nível só se vêem a muito longo prazo, não me parece que se possa generalizar um tal modelo a curto prazo sem que sobrevenham efeitos perversos.
De qualquer modo, não percebi qual é a posição do Nuno, se te parece que o modelo não é transponível para o nosso país, nas condições actuais (embora reconhecendo a potencial validade do modelo) ou se pura e simplesmente o rejeitas...
O céu dos neo-cons é o Brasil. Há um ano estava a almoçar com um amigo meu de direita, aqui da universidade, que tinha estado com o pessoal em Washington (a Condi e outros personagens deste filme de terror). Mas ele disse-me que uma das coisas que tinham estado a discutir era o tamanho da classe média. Uma classe média forte era uma chatice, porque desatam todos a fazer perguntas e a pedir transparencia e mais não sei o que...
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