Saiu há uns tempos uma sondagem em que cerca de 60% dos alemães se declarava contra a continuação do criminoso envio de armas a Israel. A maior base de apoio a esta política genocida está nos verdes: “verdes com bombas”, como disse Daniela Gabor, economista e ecologista britânica, na altura.
O Livre permanece silencioso em relação a um partido muito importante na sua existência: o cosmopolitismo alardeado não pode confundir-se com o internacionalismo consequente, confirma-se. O Livre subscreveu uma tomada de posição que representou uma ingerência inaceitável dos verdes europeus, ou seja, alemães, na vida dos verdes dos EUA. Queriam que a candidata verde desistisse. Jill Stein respondeu bem: metam-se na vossa vida, parem mas é de apoiar o genocídio.
O Livre foi em romaria à embaixada israelita em dezembro passado, em pleno genocídio e tem agido sonsamente em conformidade, afinal de contas. Está alinhado com a história intelectual liberal pouco recomendável, promovida por Rui Tavares, seu fundador, no que questão colonial diz respeito, por exemplo.
O Livre, que existe no Twitter e na AR, é um partido curioso: tem alguns quadros radicalmente de esquerda e com muito valor, embora geralmente euro-iludidos, mas é a favor da NATO, sendo federalista e logo militarista, colocando esperanças em Draghi e tutti quanti. Já disse querer negociar com a direita, ou não disputasse algum eleitorado liberal à IL. Já não sei quem disse: “IL com empatia”. Seletiva a empatia, claro.
Dizem-me – pessoas que, entretanto, abandonaram o partido – que há ali elementos de culto da personalidade, ou não tivesse o seu fundador subido para um palco do São Luís, como se dissesse: agora tenho um partido. E é como se tivesse, realmente.
Organizam americanices individualistas, como as primárias, com grandes trapalhadas, e depois boicotam vencedores, como o ingénuo Paupério, que desagradam ao fundador. E há mais, incluindo RBI, semana de 4 dias e outras frescuras inconsequentes, mas não tenho tempo, nem paciência.
Sim, livrai-nos do Livre, um partido que pretende partir a esquerda para a unir pela direita; e daí as simpatias liberais e da comunicação social, apostada em que esta promovida oferta condicione a procura.
Lá está. Estes fazem "jardinagem", nas imortais palavras do Chico Mendes...
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