terça-feira, 12 de fevereiro de 2019
A mão invisível dos algoritmos
O mundo do trabalho atravessa tempos de transição. Um dos seus aspetos mais marcantes tem sido o rápido crescimento das plataformas digitais associadas aos serviços mais variados, desde o transporte (Uber) ao alojamento (Airbnb), passando pela distribuição de comida e outros produtos (Glovo ou Deliveroo) ou pela realização de tarefas (TaskRabbit). Embora esteja longe de representar a maioria dos empregos criados, esta “economia da partilha” é um exemplo claro de um mercado de trabalho em mudança.
Na última década, a evolução do desemprego tem sido salientada como prova da recuperação económica dos países desenvolvidos depois da recessão de 2007-08. O Employment Outlook 2018, publicado pela OCDE, apontava para o regresso dos níveis de emprego aos registados antes da crise na maioria dos países ocidentais, embora os salários não acompanhem esta tendência e tenham estagnado.
As plataformas digitais desempenham um papel importante neste contexto. Embora costumem ser apresentadas como negócios inovadores, a verdade é que representam a continuidade de um modelo que tem vindo a ser implementado nas últimas décadas – a precariedade e o trabalho intermitente como nova norma no mundo do trabalho (trabalho part-time, temporário, os contratos zero-horas ou os falsos trabalhadores por conta própria). Além de constituir uma forma de precariedade laboral, o trabalho nas plataformas digitais atua simultaneamente como forma de compensação para pessoas que possuem baixos rendimentos ou outros trabalhos com horário irregular.
O simbolismo da partilha esconde a natureza das relações laborais por detrás destes serviços. O caso da Uber é o mais evidente: a empresa não reconhece os condutores dos veículos como trabalhadores da empresa, mas como motoristas independentes. Assim, a Uber limita-se a gerir a aplicação digital que coloca em contacto os motoristas com as pessoas que procuram o serviço de transporte, não assumindo responsabilidade pelas condições de trabalho ou pela proteção social dos motoristas. É por este motivo que, embora possua quase três milhões de condutores em 600 cidades pelo mundo, a Uber apenas emprega oficialmente 16.000 trabalhadores (o que até já motivou decisões do Tribunal de Justiça da UE que reconhecem a plataforma como empresa de transportes e a forçam a cumprir a legislação em vigor). A estratégia destas empresas é a mesma de qualquer multinacional – conquistar o mercado e afastar a concorrência pelos preços baixos (conseguidos através de reduzidos custos laborais), procurando construir um poder monopolista no seu ramo de atividade.
Uma das características deste tipo de trabalho é o horário imprevisível, que pode variar de acordo com a procura dos serviços e com a disponibilidade de quem trabalha (cuja remuneração geralmente depende do número de serviços prestados ou de horas trabalhadas, ficando a empresa com uma percentagem fixa de cada transação). Sob a ilusão de se tornarem “os seus próprios patrões” e de poderem escolher livremente quantas horas trabalhar, os trabalhadores deste ramo não são reconhecidos como tal e não têm acesso a direitos laborais como o pagamento de subsídios e dias de férias, de ausência por doença, entre outros. Além disso, em alguns países começam a surgir avisos sobre os problemas que estes trabalhadores terão no acesso a uma pensão no momento da reforma. A retórica da "partilha", da "modernidade" e da "flexibilidade" apenas procura ocultar os conflitos sociais associados.
O negócio das plataformas digitais vive, por isso, desta nova forma de exploração inventiva em que a distribuição do trabalho organizada por algoritmos esconde as relações de poder e subordinação, além de contribuir para o desenvolvimento de alguns problemas de saúde relacionados com a exigência e instabilidade do trabalho. Nos últimos tempos, começa a haver quem perceba que este modelo de insegurança laboral ameaça expandir-se para outras áreas e se organize para o contestar, apontando o caminho. "O conflito de classes existe e a minha classe está a ganhá-lo", explicava, com razão, o bilionário Warren Buffett. O futuro do trabalho jogar-se-á na disputa pelos direitos coletivos, contrariando a lógica desreguladora do mercado.
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21 comentários:
Para além da entrada 'de calcadeira' do Warren Buffet há que lembrar o seguinte:
Nos inícios da revolução industrial as notas mais dramáticas associavam os baixos salários à falta de liberdade do trabalhador, às tarefas simplificadas e repetitivas.
Agora o pavor é associado à liberdade do trabalhador: de decidir qualificar-se ou não, de trabalhar mais ou menos, garantir ou não uma reforma.
Animal farm...
Leituras recomendadas: "Ecologia" de Joana Bértholo. Distopia que gira à volta da privatização da linguagem.
Anedota retirada desse livro: "Qual a diferença entre capitalismo e comunismo? O capitalismo é a exploração do homem pelo homem. O comunismo é o contrário..."
No meio estará a virtude, ie, um Estado forte para regular a Economia, mas apenas árbitro. Senhor de monopólios naturais, regulador. Mas adepto da livre iniciativa privada.
Sem isso, não existirão nações. Apenas multinacionais.
Completamente de acordo. Mas permita-me que, na minha santa ignorância, desabafe: merda para os algoritmos. O que eu vejo é que negócios como a UBER são o exemplo acabado do ovo de colombo do pior capitalismo. Com uma plataforma digital e 16 mil funcionários (como diz), conseguem ficar com o "filet" apenas, que transferem de todo o mundo, sem custos praticamente. É este o destino fatal do trabalho, do emprego?
Ao lado desta ideia que só mentes alheias a qualquer noção de bem comum e mesmo de humanidade se atreveriam, segue-se a robotização que se anuncia de tarefas nem particularmente pesadas nem qualificadas passarem a ser executadas por robots, como se os patrões não pudessem pagar a um empregado de mesa nem os hospitais a empregados que levem os medicamentos aos doentes acamados. Onde ficam os empregos? Como se vai ganhar a vida, ainda que custosamente? O Admirável Mundo Novo sempre se vai concretizar? E o 1984? Assim nas nossas barbas embevecidas com tamanhos progressos? Iremos evoluir para ficar sem braços, pernas, estômago? O que mais?
Ainda me lembro de quando li pela primeira vez o termo "economia de partilha"! Chamou-me à atenção mas rapidamente vi que era uma economia mercadorizada, que pouco se assemelhava às primeiras ideias que o termo nos lembra. Faz parte do marketing, um embuste portanto.
Obrigado pela leitura recomendada. De facto, a linguagem está a mudar, e já (não deve ser só de agora) se filtram candidatos a empregos com base na linguagem que usam.
Despedido ou dispensado? Trabalhador ou colaborador? Etc. É assustador.
Caro José, é esta a "liberdade" a que se refere?
https://www.theguardian.com/business/2017/oct/17/sometimes-you-dont-feel-human-how-the-gig-economy-chews-up-and-spits-out-millennials
O que se vê por todo o lado é trabalho à jorna.
Os direitos laborais ficaram todos no sec. XX. Algo que a crise financeira só veio agravar. Quando - se tivéssemos aprendido alguma coisa com a crise - devíamos ter ido precisamente no sentido contrário. No sentido de menos desigualdades. Infelizmente estamos quase no feudalismo outra vez. Ao ponto de já vermos as maiores fortunas na América a implorar por mais impostos a Trump. Eles sabem bem os riscos que correm. Da minha parte é só do que estou à espera. Isto vai ter que arrebentar por algum lado. E quanto mais cedo melhor.
Animal farm?
Animal farm com efeito.A lembrar o que é um patronato animalesco e canalha como o demonstrado neste post.
Tem alguma piada vermos os defensores das liberdades pidescas assumirem aqui o paradigma da liberdade da exploração desenfreada como se se tratasse da liberdade do trabalhador. E a manifestarem aquela azia contra a frase de Buffett que de tão apropriada recebe um qualificativo choramingas de "entrada de calcadeira".
Como disse e bem o próprio Buffett o que se trata é mesmo de luta de classes.
Há que assumir esta luta se quisermos sair deste mundo cão.
As empresas criadas para promover esquemas de pirâmide, por exemplo, agem há muitos anos de forma semelhante a estes esquemas das plataformas digitais.
Já tratámos nestas caixas de comentários dos LdB do problema da Uber.
Sem menosprezar a dimensão social do injusto e explorativo modelo de negócio da Uber e congéneres, é minha convicção de que o problema será resolvido por si mesmo pelo mercado em termos meramente capitalistas.
É que o modelo de negócio da uber tem falhas básicas que não podem ser resolvidas fácilmente.
Mesmo com um sistema altamente explorativo e predatório para os seus "colaboradores" a Uber perde dinheiro. E pior do que isso, perde tanto mais dinheiro quanto maior é o seu crescimento e actividade.
Na realidade só os bolsos muito fundos dos investidores iniciais permitem que a zombie Uber continue a infernizar a vida dos profissionais do sector do transporte de aluguer.
"Venture capitalists were enthralled with the bold ambition of Uber’s disruptive business model, and eagerly jockeyed for the right to invest in the growing, if unprofitable enterprise. Uber raised a record-setting $11.5 billion through 18 funding rounds, ultimately valuing the company at $68 billion. Flush with cash, Uber raced to launch operations in 737 cities across 84 countries, delivering over 5 billion rides as of this writing."
"There’s a lot to like in this story, except for one thing. The taxi industry that Uber is seeking to disrupt was never profitable when allowed to expand in unregulated markets, reflecting the industry’s low barriers to entry, high variable costs, low economies of scale and intense price competition -- and Uber’s current business model doesn’t fundamentally change these structural industry characteristics. It is indeed ironic that Uber’s fierce determination to avoid regulatory oversight condemns the company to unprofitable operations that the taxi industry experienced during its pre-regulatory era."
In Forbes:
https://www.forbes.com/sites/lensherman/2017/12/14/why-cant-uber-make-money/#6af21d2610ec
Ou ainda:
https://www.news.com.au/finance/business/travel/uber-would-need-to-quadruple-fares-to-become-profitable-expert-claims/news-story/df96001b40f6d9bf0412714e7362b64a
Em meu entender a farsa vai-se manter até à IPO (oferta pública de venda) durante este ano de 2019 para tosqiar mais alguns investidores incautos.
Talvez o Sr José, como grande empreendedor, queira pôr a bolsa (em risco) onde pôe a língua... LOL
S.T.
Caro Vicente,
Comecemos pelo modelo mais acarinhado: emprego para a vida sustentado com impostos, vulgo emprego público. O Estado, dominado por sentimentos equiparados aos que promove, faz leis para 'defesa' do emprego e distribui benesses e subsídios para promover emprego, manter e desenvolver a economia. Genericamente, atrapalha e paga para compensar. Pior, vende a ideia de que garante protecção a quem se dispense de se qualificar, de se requalificar, de se adaptar às mudanças de um mundo imprevisível. Eis o modelo progressista.
O mundo moderno tem tecnologia e saber disponível para garantir mínimos de bem-estar às populações. Aceite este pressuposto, estabeleçam-se padrões cívicos suportados em leis(padrões morais, se a palavra não ofender os mais sensíveis) nas relações de trabalho (o que inclui os negócios) e que o Estado garanta liberdade e responsabilidade a todos, para que cesse esta história entre coitadinhos e facínoras que mobiliza a esquerdalhada; e sim, que o Estado tenha funções sociais que visem mínimos de bem-estar e oportunidades.
"Comecemos pelo modelo mais acarinhado: emprego para a vida sustentado com impostos, vulgo emprego público."
O modelo mais acarinhado não é este.Isto é uma provocação. Barata e denunciada até por pessoas como o Buffett.
Compreende-se a azia que tal frase provoca no reino dos predadores
"O Estado, dominado por sentimentos equiparados aos que promove,..."
Eis mais tretas, a lembrar a mediocridade argumentativa duma determinada clique. O Estado não tem sentimentos. Este paleio é apenas o paleio aflitivo de alguém que do outro lado da barricada acena com raiva contra o Estado . Enquanto provavelmente cantará hossanas aos depositantes de offshores, criticando os entraves aos "mercados" que o Estado possa representar. Ou a Carlos Costa,o sr governador defendido por esta mesma gente, e que contribuiu decididamente para o "não atrapalhar" e para a protecção garantida aos interesses que esta gente representa.
Porque ao contrário do que esta clique quer fazer crer, não se trata de qualquer modelo (dito nesciamente de "progressista") mas doutra coisa bem pior. Nem da velha história da carochinha do bem estar das populações, quando estas foram e são cilindradas pelo exercício do poder destas gentes quando estão no poder. Passos Coelho é o exemplo bem próximo da realidade e atrás dele ainda se visualiza uma trupe de rancorosos personagens a pedir mais e a gritar por mais.
Alguém dirá: gestos obscenos de obscenas personagens. E não andará longe da realidade
"O mundo moderno tem tecnologia e saber disponível para garantir mínimos de bem-estar às populações"
O que sabemos é que isto é uma falácia. Tem? Claro que tem. Mas a apropriação da riqueza por um punhado de gente, cria o paraíso na terra para esse mesmo punhado de gente. Para a maioria da população, o que resta são as sobras e os caminhos da sobrevivência. Os reinos dourados prometidos foram e são uma fraude. Os resultados estão à vista.
Quanto aos "padrões cívicos suportados em leis(padrões morais, se a palavra não ofender os mais sensíveis)" são mais uma vez tretas debitadas para esconder a sinistra realidade e ou a triste ignorância. Os padrões morais radicam directamente nos "costumes". Ora perguntem os costumes "dos facínoras e o dos coitadinhos" para usar a linguagem um pouco patibular aí em cima usada. E verifiquem que essa história está tão mal contada como a cantilena dos pederastas que se serviram das missas para os seus apetites particulares. Cantilenas para vender o peixe, enquanto comem o dito e perpetuam o saque
Depois digam lá se Buffett não tem razão.
Recuperar a consciência, torna-se hoje uma necessidade vital.
Revelando até à exaustão a sua capacidade de resiliência absolutamente notável, o sistema capitalista conseguiu fragilizar durante as últimas décadas a consciência de classe dos explorados, o que foi feito suportado em três ou quatro elementos nucleares: o incremento da social-democracia (talvez lhe chamasse com melhor propriedade social-democracia de recorte pequeno-burguês), sobretudo desde os anos do pós-guerra; a ideologização do consumo como realidade transversal ao espectro social e tendencialmente sem limites, ideia que se auto-sustentou sobretudo no empirismo dos "gloriosos trinta anos"; a instituição de crescentes mecanismos de carácter alegadamente tecnocrático (nacionais e sobretudo supra-nacionais), capazes de tomarem decisões "para além da política" (um velho sonho de Hayek), mas sempre sobre o manto diáfano de uma "ordem natural das coisas", que não desdenharia de A. Smith; uma invasão absoluta de todas as esferas da vida individual e colectiva, mediante controlo dos meios de comunicação de massas e das usualmente denominadas "redes sociais", procurando garantir por essa via que o TINA de Margaret Thatcher, é inculcado na consciência de cada indivíduo com uma amplitude tal que não sobre qualquer espaço de massa crítica.
Apesar de tudo isto, a luta de classes aí está e com o carácter cada vez mais nítido de se constituír como reflexo inexorável de um Mundo que a gera de forma mais caudalosa a cada dia que passa: desigualdades obscenas, degradação ambiental, conflitos, guerra e sofrimento como saída para a crise sistémica, incerteza quanto ao futuro para milhões de seres humanos e mesmo a possibilidade insana de um conflito nuclear de efeitos apocalípticos. Eis a realidade com que o sistema capitalista hoje nos confronta. A apropriação por uma minoria cada vez mais restrita da riqueza socialmente produzida, o carácter de uma produção e consumo de bens e serviços orientada ao lucro que não prioritariamente à satisfação das necessidade humanas, exigem um outro Mundo. Falta porém que todos os uberizados dos vários matizes interiorizem essa ideia aparentemente tão simples mas ao mesmo tempo absolutamente essencial: a de que não apenas seres em relação com outro seres, mas antes elementos de uma classe à qual outra se oporá de forma constante, já que os interesses de uma e outra se confrontam, marcados por antagonismos que são genéticos e inultrapassáveis.
Caro S.T. eu infelizmente não partilho da sua opinião, é como aquela questão dos imigrantes/refugiados/migrantes em que você disse que a sua opinião mudou após alguma reflexão...
A minha opinião é que a UBER e outras empresas (algumas que até fazem coisas palpáveis) que nasceram no inicio da crise de 2007/2008 e nos anos seguintes e que PERDEM DINHEIRO recorrentemente nasceram exactamente para isso, arrasar os mercados em que se inserem e se possível levarem consigo também muitos investidores e os seus bits...
Cumprimentos
@ anónimo de 14 de fevereiro de 2019 às 02:41
Note-se que eu mantenho que não se deve dar a mínima hipótese a empresas predadoras como a UBER. Por isso defendo que não lhes deve ser dada nenhuma "abébia" regulatória. E há sinais encorajadores: Por exemplo recentemente a UBER anunciou que se retirava do mercado em Barcelona.
Talvez me queira dar mais alguns exemplos dessas empresas que PERDEM DINHEIRO recorrentemente.
Eu teria interesse em saber quais para perceber como e porquê.
S.T.
Caro S.T. também eu defendo que não deve dar nenhuma hipótese a UBER e afins, a vantagem dos preços reside no dumping fiscal e falta de protecção social para os "trabalhadores".
Como exemplos adicionais posso referir a Tesla, as fintech, as empresas de trotinetes, os bancos no geral ( e agora dizem-nos que é preciso mais concentração bancária) que agora apresentam lucros mas que se forem feitas as contas ao que devem aos estados estão técnicamente falidos, multinacionais chinesas (geridas a gosto do Estado Chinês), orgãos de comunicação social (venda por ex. das revistas da Impresa a um jornalista - Trust in News).
Como digo o objectivo final é destruir o mercado em que se inserem e assim potenciar uma revolução...o objectico é o mesmo das guerras do Iraque, Síria, Líbia - criar o caos lá e agir cá , note-se que antes da guerra na Libia este era o país mais próspero e um dos mais evoluídos de África, se reparar o 1º país da "primavera" árabe foi a Tunísia mas como lá não existe nada nem sequer se fala dele nem os migrantes e que os quer trazer para cá se deu ao trabalho de continuar o caos lá e o país encontra-se relativamente estável. Outro exemplo mais terra a terra é o caso da Républica Centro Africana em que eclodiu uma revolta há uns anos (o país contínua ingovernável) e logo a França decidiu agir devido ao urânio que abastece as centrais nucleares da Areva.
Apesar de não partilhar muitas opiniões de esquerda gosto de vir aqui ao LdB para reflectir..., diria que politicamente sou como o actual governo Italiano...
Já agora parabéns pelas suas reflexões que também gosto de ler e sobretudo um bem haja pelas traduções que por vezes faz.
Cumprimentos
WW
Confesso que sempre fui um fã incondicional dos Bip-Bips e do Wile Coyote com os seus momentos de "gravidade suspensa", por isso é também com a maior admiração que vejo os chamados "unicórnios" flutuar nas nuvens de fumo do capital que queimam na esperança de alcançarem a rentabilidade.
Recordo que algumas empresas que agora consideramos líderes passaram por fases em que queimaram capital como loucos. O caso mais flagrante foi o Livro das Caras.
O caso da UBER é diferente como mostra a análise que encontram nos links que acima referi.
No entanto os exemplos que aponta têm diferentes histórias e contextos, pelo que eu me absteria de tentar encontrar um significado oculto ou um projecto de conspiração global por detrás.
Já as guerras que também mencionou e a que eu acrescentaria os vários focos de desestabilização da África sub-sahariana, têm propósitos definidos e os manipuladores dos "bonecos" são conhecidos. Talvez não apareçam na mainstream média mas não é segredo quem lhe está na origem e os seus objectivos.
S.T.
Nada como uma conspiração para justificar o que se estranha ou não compreende.
Na idade média ter um patrão (senhor) para o qual se trabalha, era sinal de escravidão! Hoje o sonho de qualquer um é ter um senhor! De facto, realisticamente, não há nada melhor do que trabalhar para o estado! PS: de acordo com a OCDE, a Venezuela é o país do mundo com a lei laboral que mais protege (de jure) os trabalhadores!
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