quarta-feira, 5 de abril de 2017
Euro e dívida externa. Sair e ficar. Reestruturar e não reestruturar. Realismo e falta dele
No final de 2013 a dívida externa líquida do país atingiu 99,8% do PIB e o total da economia portuguesa foi capaz (incluindo os subsídios europeus e a venda de ativos nacionais ao estrangeiro) de gerar meios de pagamento iguais a 2,3% do PIB. Com estes meios de pagamento disponíveis, tudo o resto constante, seriam necessários 43 anos para liquidar integralmente aquela dívida.
No final de 2016 a dívida externa líquida do país atingiu 94,5% do PIB e o total da economia portuguesa foi capaz (incluindo os subsídios europeus e a venda de ativos nacionais ao estrangeiro) de gerar meios de pagamento daquela dívida iguais a 1,3% PIB. Com estes meios de pagamento disponíveis, tudo o resto constante, seriam necessários 73 anos para liquidar integralmente aquela dívida.
Austeridade dura e austeridade menos dura.
16,4% ou 11,2% de desemprego.
Austeridade mais e austeridade menos.
As duas ‘opções’ disponíveis neste quadro institucional, pressupondo que o país, no futuro, com o investimento a níveis historicamente baixos, será capaz de produzir riqueza suficiente para gerar quaisquer excedentes financeiros.
O que concluir?
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10 comentários:
Mais uma vez um excelente trabalho.
Parabéns
Portanto, a contemplação destes gráficos em dois pontos específicos do tempo deve ser suficiente para nos fazer concluir que Portugal deve reestruturar a sua dívida e sair do Euro (ver https://en.wikipedia.org/wiki/Anecdotal_evidence). Como fazê-lo, recorrendo a que financiamento externo no futuro (se de todo), como colmatar ou mitigar os riscos (que qualquer pessoa séria deve enumerar) que tais eventos representam para a nossa Economia, sobre isso nada é dito. Tem que fazer bastante melhor do que isso para convencer as pessoas, que preferem a certeza do que existe, mesmo que isso não seja particularmente agradável, ao risco do desconhecido total. Enquanto o debate se centrar em argumentos 'nas costas de um envelope' Paulo Coimbra, os defensores do Euro podem dormir descansados...
Volto a lembrar o amigo Paulo Coimbra:
Se o amigo aqui colocar uns gráficos com o crescimento económico, o emprego, as dividas publicas e externas, no período decorrido entre a década de 60 do séc.20 e a actualidade, pela sua lógica simplista chegaria à conclusão que a democracia fez mal à economia, visto que tais indicadores (crescimento, emprego, divida) pioraram muito após 1974.
Post curto mas excelente.
Jaime Santos.
Por favor, já todos percebemos a sua posição e o seu empenho em "rasgar a camisa" em prol do euro.
Mas não insulte quem discorda de si, mesmo que utilize parênteses para tentar dourar a pílula.
A afirmação " qualquer pessoa séria deve enumerar " não é consentânea com um debate que se quer isso mesmo. Sério. Nem tão pouco invocar "argumentos nas costas de um envelope".Insinuar que quem discorda das posições europeístas é "isto" é passar um atestado de menorização aos demais.
Leia por favor o post de Ricardo Paes Mamede. Veja se percebe a diferença no modo de debater.
Concluo por ver um país de sucesso bem governado e que absorveu um estado comuna e atrasado e sem emprego; e um país sem projecto e sem governo credível.
Herr jose está perturbado
Está fora de si.
Está inquieto.
"Um estado comuna"?
Herr jose. O disparate tem limites e só mesmo a extrema-direita daquela que ainda dá vivas a Salazar e tem pena pela Pide não ter concluído a sua missão de fdp encartados é que diz coisas destas.
Os números são uma coisa tramada. Este tipo fica tão atarantado e apavorado que só lhe saem destas pérolas.
Um mimo
Para os incréus e destituídos imports lembrar que a RFA absorveu a RDA, um pesadelo tecnológico e económico.
Para os incréus e destituídos lembra afobado herr jose
E o que lembra o coitado? Que a RFA etc e tal mais o pesadelo tecnológico e económico.
Não se percebe. Cole-se esta afirmação com a sua afirmação das 00 e 47.
A sua referência a um "estado comuna" referia-se à RDA? Então o lambe-botimso já atingiu este ponto de rebuçado de falar pela voz do dono? E sem utilizar o alemão vernáculo?
E a RDA um estado "comuna"?
Ó herr jose que sandices saem daí?
E o país "sem governo credível"
Sem governo credível? Quem o assim considera? Os vende-pátrias de que herr jose é um exemplo assumido? Ou os donos disto tudo, eles próprios a falar por interposta pessoa?
Ou tudo isto ainda não passa de uma enorme perturbação pelo facto de Passos Coelho ter sido corrido democraticamente do governo? E o funcionamento democrático perturbar assim um saudoso do estado novo , convertido agora em saudoso passista dos tempos hodiernos?
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