O bufão Renzi era o homem do governo alemão e de outros europeístas em Itália, ou seja, o homem para impor todas as reformas neoliberais inscritas na lógica do euro, a começar e a acabar nas relações laborais.
Trata-se de uma moeda, todo um regime económico, com grandes responsabilidades por uma estagnação que dura há tanto tempo quanto a nossa: com menos quebra de investimento e menos dívida externa, em percentagem do PIB, mas mais crédito malparado no balanço de bancos ainda mais periclitantes, dadas as suas ligações mais fortes a uma base industrial erodida.
Que tais reformas pudessem ser facilitadas por uma concentração de poder no executivo seria só a enésima confirmação da forma como o capital financeiro olha para as constituições antifascistas do Sul. A lógica do chamado vínculo externo está há muito tempo pensada pelas elites neoliberais italianas, incluindo Draghi, para eliminar tudo o que foi conseguido num tempo com outra correlação de forças, incluindo o mais importante Partido Comunista da Europa Ocidental.
Ontem, a resposta popular esteve à altura, num país onde a esquerda foi devastada pelo europeísmo – da coisa que dá pelo nome de Partido Democrático, onde foram desaguar antigos democratas-cristãos como Renzi e antigos comunistas convertidos aos Consensos de Washington e de Bruxelas, aos restos de coisas ridículas como a lista “com Tsipras” às últimas eleições europeias.
No país de Gramsci e de Togliatti, sobram os sindicatos e algumas ainda pequenas forças que já perceberam que a tarefa principal tem os contornos de uma libertação nacional de novo tipo. Ontem, deu-se um passo para desencadear um processo que urge. Resta saber quais os seus tempos, contornos e protagonistas.
segunda-feira, 5 de dezembro de 2016
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53 comentários:
Questão: deveria Portugal adoptar um sistema eleitoral semelhante ao italiano então? Porque do texto do João sobra que a reforma proposta por Renzi era em si intrinsecamente má; era movida por uma germanofilia ou, pior, uma eurofilia; e implicitamente tornaria o país menos democrático.
Uma vez que, de acordo com os italianos com que tenho falado, essa reforma deixaria Itália constitucionalmente mais próxima de Portugal, deveremos nós caminhar em direcção a Itália?
Muito bom. Muitissimo bom post de João Rodrigues
JR parte da vitoria do não num referendo sobre questões constitucionais para tecer loas à suposta vitoria popular sobre o liberalismo germanófilo . Ao contrario do que se passa em Portugal, onde a esquerda está de acordo que "quanto melhor, melhor", JR está de acordo com Grilo e a Liga Norte e acha que "quanto pior melhor". Lastimável.
Mas quem faz descarrilar o comboio, dos "donos disto tudo" ?!
Estão á espera de algum erro humano dos "maquinistas"?
Tá bem!
Os "representantes instalados",como DE FACTO, não representam a vontade de quem os elegeu, procuram legitimar decisões com...VÍRGULAS e...ENTRE-LINHAS e, fogem como o diabo da Cruz!
...mas do POVO.
A Esquerda...também gosta de "representar" e...
TAMBÉM foge do POVO.
Não há volta a dar!
Ou "Trumps"... (mas tem de ser dos "grandes" !)
OU
O POVO.
Lastimável o comentário de Laurentino que escamoteia o facto de se pretender mudar uma constituição surgida no pós-guerra para uma feita à medida e semelhança dos interesses pós democrátidos do directório europeu. Ainda para mais com a mão germânica por detrás dos factos, manipulando uma marioneta vendida como Renzi.
Laurentino que aprenda uma coisa . Já passou o tempo em que se tentava criar medo à tomada de posições, com o espantalho dessas mesmas tomadas de posição serem defendidas por outros. Quem queira que compre um vendido como Renzi. Ele não é melhor que Grilo.
Já passámos o tempo da histeria, da chantagem e da manipulação às mãos destes senhores que se julgam senhores dos destinos dos povos europeus.
Não se deixa o terreno para pasto da extrema-direita e depois não se vem invocar essa mesma extrema-direita como pretexto para continuar a trair os interesses do mundo do trabalho.
Basta de cenas abastardadas a impingir-nos a austeridade.
Há que dizer com todas as letras: quem abre a porta à ascensão do fascismo é quem pactua com a pós-democracia impingida pelos donos da Europa; quem abandona os seus princípios programáticos; e quem anda a dormir com o inimigo partilhando do regabofe, da mesa e da cama com os esconsos neoliberais.
Lastimável de facto.
No texto proposto pelo primeiro-ministro Matteo Renzi e pela ministra da Reforma Constitucional, Maria Boschi, ficava consagrado no texto constitucional um bónus no número de deputados atribuídos ao partido mais votado, como já acontece. Actualmente, se o partido mais votado ultrapassar os 40% da votação, elege 340 dos 630 deputados (cerca de 54%).
O Senado perderia poderes e já não seria eleito directamente pelo povo, sendo as regiões e os municípios que escolheriam os seus representantes. O novo Senado já não participaria na eleição do primeiro-ministro e também não poderia derrubá-lo, passando esta a ser uma atribuição exclusiva da Câmara de Deputados, que continuaria com o papel de aprovar as leis. O Senado, apesar de manter a decisão sobre alterações constitucionais, tratados internacionais e referendos populares, veria assim reduzidas as suas actuais funções.
Com a alteração, os actuais 315 senadores seriam substituídos por 74 conselheiros regionais e 21 perfeitos, todos escolhidos pelas Assembleias Legislativas de cada região. Outros cinco membros seriam nomeados pelo Presidente da República para um mandato de sete anos, totalizando os 100 senadores. A reforma também pretendia abolir a figura das províncias.
A proposta retirava competências às regiões e transferia-as para o governo central, como seria exemplo na política energética, no turismo e em grandes projectos de infra-estruturas.
Para entrar em vigor, a reforma necessitava da aprovação de mais de 50% dos eleitores do referendo e não havia quórum mínimo. Se o «não» vencesse como venceu, a Constituição permanece inalterada. Vozes críticas a esta reforma acusam o Executivo de ter o objectivo de «destruir» a Constituição italiana construída após o fim do regime fascista em Itália.
O referendo também ganhou um carácter de avaliação dos dois anos e meio do Governo de Renzi. No primeiro semestre, o primeiro-ministro reiterou diversas vezes que renunciaria se o «não» vencesse, mas acabou por amenizar o seu discurso recentemente.
Esta gente tenta legitimar a porcaria que faz no governo com chantagens inqualificáveis.
Na sede do Comité pelo Não, foi lembrado que só um sistema eleitoral proporcional está de acordo com a Constituição italiana, agora que a reforma de Renzi e Boschi foi derrotada nas urnas. «Se [Renzi] quer uma lei eleitoral, tem uma lei aprovada com o nome do presidente [Mattarella]», afirmou Paolo Ferrero, dirigente do Partido da Refundação Comunista, na noite passada, referindo-se à lei eleitoral da autoria do actual presidente e aprovada em referendo em 1993, noticia a edição italiana do Huffington Post.
A lei Mattarella esteve em vigor até 2005 e regulou os processos eleitorais de 1994, 1996 e 2001. Desde então, o partido mais votado passou a ter garantidos 340 dos 617 deputados na câmara baixa, independentemente do apoio eleitoral. Foi o que aconteceu nas últimas eleições, em 2013, em que a coligação liderada pelo Partido Democrático elegeu a maioria dos deputados com menos de 30% dos votos. O partido de Matteo Renzi recebeu menos 7,76% dos votos, em comparação com as eleições de 2008, mas ganhou mais 81 deputados.
«O povo italiano escolheu a Constituição nascida da Resistência contra a Constituição liberal de Renzi. Agora é preciso aplicá-la», referiu Ferrero, depois de conhecidos os resultados, em declarações ao diário digital affaritaliani.it.
É "isto" que é parecido com a nossa Constituição?
Os cães ladram mas a caravana germânica passa! Os bancos italianos têm imparidades no valor de mais de 300 mil milhões de euros, a Itália tem crescimento anémico desde há uma década, pior ainda que Portugal, nunca tiveram rigor nas contas públicas, basta ver a desvalorização galopante que tinha a Lira antes do Euro, têm a segunda maior dívida pública da UE (133% do PIB, o Costa já prometeu que o #2 tem de ser dele), e têm um sistema constitucional bicamaral muito mais complexo e inercial que o nosso, o que não permite fazer grandes mudanças no status quo dos instalados do costume (funcionários públicos e pensionistas). Entretanto, em terras germânicas, para o próximo ano, pelo quarto ano consecutivo, a Alemanha terá défice zero. Com a salganhada que vai pelo mundo, os agiotas até pagam (juros negativos) para colocar os seus ativos na economia alemã. Os PIGS vão rebentar com isto com o seu perdularismo e irresponsabilidade que lhes são típicas, e quem se safará é a Alemanha, sempre igual a si própria. Uma solução poderia ser a existência de dois Euros, um para os PIIGS e outros para os países do norte.
Grandes realizações que os italianos (será com a colaboração do maior PC?), têm conseguido :maior divida na UE, sistema bancario com tantos buracos ou mais que nós, uma mafia e corrupção que nos faz sentir bem acompanhados por especialistas de 1ª, enfim só conquistas que os malandros neoliberais nos seus países nem conseguem chegar aos calcanhares. Tem tudologo que é cego...
Os pigs e os instalados do costume (funcionários públicos e pensionistas).
Eis o esboço que infelizmente não é o in vino veritas mas a repetição da treta do costume.
E depois a Alemanha ri-se enquanto a salganhada do mundo tem dado só para um lado. E enquanto se tenta, em nome duma governabilidade do sistema ( deles), fazer valer maiorias governamentais que não correspondem à maioria dos votos
Depois vêm cantar loas a esta trampa de democracia. E vociferar contra os instalados do costume como o fazia o Coelho ou o Portas
Os pigs e os instalados do costume (funcionários públicos e pensionistas).
Eis o esboço que infelizmente não é o in vino veritas mas a repetição da treta do costume.
E depois a Alemanha ri-se enquanto a salganhada do mundo tem dado só para um lado. E enquanto se tenta, em nome duma governabilidade do sistema ( deles), fazer valer maiorias governamentais que não correspondem à maioria dos votos
Depois vêm cantar loas a esta trampa de democracia. E vociferar contra os instalados do costume como o fazia o Coelho ou o Portas
As despedidas ao "sonho europeu" são cada vez mais poliglotas: ora, há tempos, saiu um "goodbye" ora, agora, vai um "addio" (serão as próximas despedidas feitas na língua de Montaigne?). Só na chancelaria teutónica há uma germânica senhora que se lamenta em consecutivas e altissonantes germânicas traduções do latino "Quoque tu, Brutus?"
Para avaliar bem da confusão que vai em certas cabeças é só espreitar aí para cima e constatar que, numa altura em que Renzi é corrido do poder por ser a corrupta face visível do "deep state" europeu dominado pelo conluio entre uma classe política incrivelmente corrupta e uma classe financeira pornograficamente corrupta, o problema são os "instalados do costume"... Fica aqui uma singela contribuição para acabar com tanta, tão vasta e tão costumeira "instalação": aos primeiros, os funcionários públicos, é despedi-los a todos (e, depois, cada cidadão que pague ao privado e aos seus "colaboradores", e da sua própria e recheada bolsa, a Saúde, a Educação, o Saneamento, os Transportes e tudo o mais que houver para pagar...); aos segundos, os pensionistas, é abatê-los a tiro (é só poupança: poupa-se em arrastadeiras, andarilhos e cadeiras de rodas, dá-se um grande impulso ao "empreendedorismo" funerário e ainda se embolsam as pensões milionárias que lhes foram generosamente atribuídas sem nunca um chavo terem descontado para a Segurança Social). Que tal, hein?
Na mouche o comentário das 01 e 39.
Quanto a Cristóvão...mete dó tanta ignorância.Nem sequer sabe que o PC italiano foi dissolvido em 1991?
Uma tristeza pegada. A itália tem sido governada à direita pela direita e com a direita ( não se lembra de Berlusconi sequer?) agora sob a batuta dum neoliberal parido nas profundezas da corrupta democracia cristã.
Francamente Sr Crístóvão, não sabia? Um malandro neoliberal a comandar um país com a
"maior divida na UE, sistema bancario com tantos buracos ou mais que nós, uma mafia e corrupção que nos faz sentir bem acompanhados por especialistas de 1ª?
Não tem vergnha desta sua admirável cegueira?
Vejam como o Eliphis se baba perante a caravana germânica. Adivinha-se até o estremecimento comovido perante Merkel e seus bons rapazes.
Claro que o Deutschbank é um problema que convém esconder. Bem como os benefícios que os alemães têm sacado desta UE gerida ao compasso dos seus interesses.
Nada de inercial neste processo que suga a riqueza dos outros. Mas pouco a pouco, para desespero de uns tantos, os povos começam a acordar. Ainda não sabem bem o que querem, ainda estão num "processo inercial". Mas sabem o que não querem.
E quando acordarem de vez....?
A economia alemã transpira robustez por todos os poros e, no entanto, o ministro alemão da economia foi, há uns tempos e de urgência, à República Popular da China suplicar ao governo chinês a fineza de pôr travão às suas empresas na aquisição de empresas germânicas... Onde é que eu já vi esta sínica febre aquisitiva? Ora deixa cá ver...Hum...Sim... Já sei: em países do calaceiro Sul europeu, tais como a Grécia, Portugal... Será isto sinal de alguma coisa a acontecer? Mistério...
Quem aqui tece loas e canta hossanas ao Deutschbank estará certamente fiado numa retórica e velha pergunta que rege a vida política (a saber: para quê evitar o desastre quando há sempre um bode expiatório a quem atribuir a sua autoria e os seus nefastos efeitos?), porquanto não há que temer: quando o Banco Central Alemão colapsar sob o peso dos seus até aí escondidos podres, só há que culpar do desastre aqueles países - Grécia, Portugal, Itália, Espanha... - que o fizeram lucrar milhões e milhões com a crise. Nada de novo, pois os suspeitos (culpados até prova do contrário) serão os do costume: a meridional malandragem parda e indolente.
Há aqui muitos partidários do "quanto pior melhor"! A esquerda revolucionário sempre assim o foi. Destruir o sistema, para do meio das cinzas, construir "um mundo novo". Esquecem-se é que a Europa em 1945 estava em ruínas nunca antes vistas na História da Humanidade, e os povos europeus, acharam por bem, que juntos e partilhando valores fundamentais comuns, seriam mais fortes. Mas a esquerda, em vez de partilhar esses valores humanistas que estão na base da UE, de forma nojenta e execrável, acha que a solução para a União Europeia passa apenas pela desmantelação do projeto Europeu. Simplesmente nojento esse argumentário. Inqualificável a incongruência da esquerda.
Tadinhos dos meridionais que bem se governariam por algum tempo se os deixassem em paz e ...sem dívidas.
O Pepe os levará à glória!
Basta dizer que a culpa é da Alemanha para os 'bons' espíritos logo branquearem toda a corrupção, incompetência, oportunismo populista, cinismo e gloriosa cretinice que infesta as sociedades da periferia.
O jovem Pimentel Ferreira deve considerar que se a 'esquerda' só abarbatou metade da Europa nas cinzas passadas, sempre espera abarbatá-la por inteiro, agora juntando cinza a cinza, autarcia a autarcia.
Esta votação Italiana demonstrou mais uma vez que as feridas auto-infligidas da UE são já autenticas fracturas expostas onde em breve a gangrena entrará galopante e que o que começou como um lucrativo negócio de curativos, ao som do "Hino á Alegria" onde podemos ver a verdadeira face da Europa sem a maquilhagem da fraternidade, solidariedade, etc e tal com dedo apontado aos indolentes PIGS, descansaram os "verdadeiros"paises de "verdadeiro" direito para pilharem os despojos dos moribundos ... sem se darem conta do seu proprio contagio e que sempre foram parte do problema nunca da solução com os seus inócuos pensos rápidos de ocasião oportunista.
Reino Unido, França, Itália ... e poderia ficar a contar um por um, são já o sinal evidente que a Portugal urge um plano de contingência (ou de plano B, se preferirem) para uma rápida saída do euro, caso se insista em "pensos rápidos" ao invés de um eficaz tratamento ambulatório dos novos conceitos económico-sociais vitais para um futuro em cooperação pois, como História nos tem ensinado, crises extremam o populismo e este desagua sempre em algo que já malograda-mente vivemos durante 48 anos.
Com 2 filhos em tenra idade, preocupa-me o seu futuro ao ver que o que os espera no fim desta rua, por onde segue Portugal, não esteja nada de bom!
Jose
A culpa não é "só" da Alemanha que sempre usufruíram da mesma cretinice das sociedades "perifericas". A culpa é do próprio modelo socio-economico que se quis para a UE que o Jose sempre defendeu.
A hipocrisia não tem limites e o Jose é a prova disso!
Ferreira acha que há aqui muitos partidários de "quanto pior melhor".
porque será que dirá tal coisa?
porque será que depois parte para uma cavalgada a amaldiçoar os revolucionários, tomando o freio nos dentes e dizendo lugares-comuns patéticos e confrangedores...?
E ainda por cima sem qualquer correspondência com a verdade histórica?
De forma nojenta e execrável ( estes são os termos, porque foram exactamente estes os termos usados pelo Ferreira) Ferreira quer mudar os factos.
"Os povos europeus, acharam por bem, que juntos e partilhando valores fundamentais comuns, seriam mais fortes" só mesmo da cabeça dum aldrabão. Confunde a ONU , com a União Europeia. Fala numa europa unida quando ela pouco depois se dividia como se viu. Fala na União Europeia como saída da grande guerra. Ignorará a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA) e a CEE?
Patético e confrangedor mesmo
(Cont.)
Aos meus filhos conto com frequência a fábula da formiga e da cigarra ao que eles compreendem que não basta avisar que vem ai o Inverno pois que temos de nos preparar para ele. Eles já o compreendem!!!
Já no nosso caso, como nação, aquando dos avisos do PCP acerca da nossa entrada na ida CEE e nos moldes como ela foi feita, a critica foi unânime, tanto no que concerne na sua mais a esquerda como a sua direita, em considerar os comunistas como retrogrados, sectários e ultrapassados pelos tempos de modernidade que o levariam a extinção.
O PCP ainda existe e o Inverno veio e os mesmos que também cantavam e riam durante a época estival, quais cigarras, vieram em auxilio do nobre povo para lhe aplicar com medidas austeritarias porque, afinal, eram só os outros que cantavam e riam visto que de Cavaco até hoje foram só formigas como Duarte Lima, Oliveira e Costa, Dias Loureiro,Miguel Relvas, Miguel Macedo, Paulo Portas e o seu maior benfeitor Jacinto Leite Capelo Rego ... bom, quero eu dizer com isto que se no presente o PCP incentiva a que se faça uma discussão séria acerca do nosso papel como estado membro e de como seria se o deixássemos de ser, acredito que só cai no mesmo buraco 2 vezes quem não tem competência nem para se governar quanto mais se dedicar á governancia dos outros ao invés, uma vez mais, de estar a encontrar truques e tricas de como o PCP está é a fazer pela sua sobrevivência parlamentar insistindo na costumeira k7 comunista.
E se acham que já evoluímos o bastante como pátria, aconselho uma breve leitura da Barca do Inferno no dialogo entre o Parvo e o Diabo onde qualquer semelhança com o que se passa no presente não é pura coincidência.
Boa leitura, Parvos
"Interessa analisar com objetividade e profundidade se é a Alemanha que financia os outros países, ou se o nível de vida dos alemães é conseguido à custa da transferência de riqueza de outros países para a Alemanha. Para isso vamos utilizar dados da própria Comissão Europeia constantes da sua base de dados AMECO.
...
PIB, ou seja, o Produto Interno Bruto , corresponde ao valor da riqueza criada em cada país em cada ano pelos que residem nesse país; PNB, ou seja, Produto Nacional Bruto , corresponde à riqueza que os habitantes de cada país dispõem em cada ano que pode ser maior do que a produzida no país (no caso da transferência de riqueza do exterior ser superior à riqueza produzida no país em cada ano transferida para o exterior) ou então pode ser menor que a produzida no país (no caso de uma parte da riqueza produzida no país ser transferida para o exterior e não ser compensada pela que recebe do exterior).
Como os próprios dados divulgados pela Comissão Europeia mostram, antes da entrar para a União Europeia, o PIB alemão era superior ao PNB, o que significava que uma parte da riqueza criada na Alemanha era transferida para o exterior beneficiando os habitantes de outros países. No entanto, após a entrada para a União Europeia, o PNB alemão passou a ser superior ao PIB alemão. Isto significa que a riqueza que os alemães passaram a dispor após a criação da União Europeia, e nomeadamente da Zona Euro passou a ser muito superior ao valor da riqueza produzida no próprio país, o que é só possível por meio da transferência da riqueza criada pelos trabalhadores dos outros países para a Alemanha. Na Grécia e em Portugal aconteceu precisamente o contrário.
Até 2002, o PNB alemão era inferior ao PIB alemão, o que significava que uma parcela da riqueza criada na Alemanha ia beneficiar os habitantes de outros países. A partir da criação da Zona Euro em 2002, a situação inverte-se rapidamente: o PNB alemão passa a ser superior ao PIB alemão, ou seja, superior ao valor da riqueza criada na Alemanha. Isto significa que uma parcela da riqueza criada em outros países é transferida para a Alemanha indo beneficiar os habitantes deste país. Só no período 2003-2015 estima-se que a riqueza criada em outros países que foi transferida para Alemanha, indo beneficiar os seus habitantes, atingiu 677.945 milhões €, ou seja, o correspondente a 3,8 vezes o PIB português.
Na Grécia e em Portugal aconteceu precisamente o contrário como mostram os dados da Comissão Europeia. Na Grécia até 2001, o PNB grego (a riqueza que o país dispunha anualmente) era superior ao PIB (o que era produzido no pais). No entanto, a partir de 2002, com a criação da Zona Euro, começa a verificar-se precisamente o contrário. Uma parcela da riqueza criada na Grécia é transferida para o exterior indo beneficiar os habitantes dos outros países. Em Portugal aconteceu o mesmo mas logo após a entrada para a União Europeia em 1996".
Daqui, com os quadros correspondentes:
http://resistir.info/e_rosa/ue_alemanha_31jan15.html
O Sr. João Pimentel Ferreira, aplaudido por (pois por quem haveria de ser?) Herr José, descobre "esquerdas revolucionárias" que querem reduzir a Europa a cinzas para melhor nela construírem o terrenal nirvana das esquerdas. É claro que o excelente senhor, entre pesados adjetivos e talvez por causa deles, engana-se redondamente. E duas vezes.
O tenebroso ano de 1945 - certamente o culminar de uma grande epopeia esquerdista e revolucionária que começou com a Marcha sobre Roma, continuou pela ascensão do Nazismo ao poder e pela selvajaria da "cruzada" franquista e dos "ustasha" de Ante Pavelic e desaguou na redução da Europa a cinzas - foi uma produção das "esquerdas", pois quem pensar que foi o resultado final da tolerância (e, até, do ativo incentivo) das democracias burguesas e coloniais para com regimes fascistas e nazis (nos quais viam uma bem vinda barragem sanitária contra o comunismo e o anticolonialismo), é néscio e equivoca-se.
Engana-se mais uma vez o excelentíssimo João Ferreira quando vê na Esquerda a alegre coveira da UE: quem tudo fez para dar com o "sonho europeu" em desastre foi a totalitária política neoliberal operacionalizada ora por uma Direita pura e dura, ora por uma "Esquerda" que fechou o socialismo na cave e enveredou pela "Terceira Via".
Engana-se o prezado Sr. mais uma vez (já a terceira vez) ao trazer à liça os supostos "valores humanistas" tão gratos aos "europeístas" e, alegadamente, tão pouco prezados pela "esquerda revolucionária". "Valores humanistas"? Como?!!! Quais? Aqueles que a Europa mostrou ao bombardear a Sérvia, ao reduzir a Líbia a escombros e ao largar na Síria a sua matilha de assassinos jihadistas de turno? Ou, recuando no tempo, aqueles que mostrou ao suicidar-se em dois horrendos conflitos mundiais? Ou serão esses "valores humanistas" a que o senhor se refere aqueles de que a Europa largamente deu mostras ao resto do Mundo ao traficar e massacrar milhões de homens, mulheres e crianças nas suas seculares aventuras coloniais? Terão sido os afortunados beneficiários desses "valores humanistas" os milhões de argelinos e de vietnamitas e os 80.000 malgaxes massacrados pela França? Os quenianos massacrados ou deixados a morrer à fome pelos britânicos também gozaram desses "valores humanistas"? Os massacrados da Baixa do Cassanje, do Cais de Pidjiguiti e de Mueda foram eles, para sua grande sorte, contemplados com um grãozinho desses "valores humanistas"? E, recuando um pouco mais, os 8 a 11 milhões de congoleses consumidos no genocídio de Leopoldo II também entram nas contas desses seus "valores humanistas"? E onde arrumará o Sr. João Pimentel Ferreira nessa sua estante dos "valores humanistas" Auschwitz e demais campos de extermínio? E o Nazismo e o Fascismo, terão sido eles ideologias paridas pela cultura chinesa ou africana ou foram eles dados à luz bem no centro dessa sua Europa congénita e atavicamente "humanista"?
"Juntando cinza a cinza, autarcia a autarcia..."
Que disparate é este? Que desespero é este? Que resíduo é este?
Não estamos a falar no resultado de um referendo em Itália em que o povo italiano repudiou Renzi e o seu projecto de revisão quase que constitucional?
E não foi Renzi que tentou chamtagear os eleitores mediante coisas a lembrar o "ou eu ou o caos" de outras coisas?
Então que "macacada" vem a ser esta?
O projecto "democrático" desta direita já nem respeita o formalismo democrático?
Torna-se extrema, assume-se neoliberal e bufa deste jeito a lembrar outros tempos?
Já não tenta travestir-se e assume que não passa dum projecto totalitário e terrorista?
É "isto" que o Capital tem apra oferecer? O repúdio da decisão popular com base nas "cinzas e nas autarcias"?
" Esquecem-se é que a Europa em 1945 estava em ruínas nunca antes vistas na História da Humanidade, e os povos europeus, acharam por bem, que juntos e partilhando valores fundamentais comuns, seriam mais fortes"
Os factos:
"A Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA) foi a primeira organização supranacional no âmbito europeu que se concretizou e que mais tarde culminou com a origem da integração europeia. Surgiu como consequência do conflito fronteiriço entre a Alemanha Ocidental e a França pós-Segunda Guerra Mundial, período de recursos escassos e colapso económico na Europa, pelo domínio do carvão e minérios de ferro presentes nesse local que serviria de suma importância para um futuro desenvolvimento industrial. Para resolver esse impasse criou-se o Plano Schuman, que estabeleceu um conjunto de condições a qualquer outro país europeu interessado na utilização conjunta desses recursos naturais".
Em 1951 ( para outros em 1952) aos países do Benelux juntaram-se a Alemanha Ocidental, França e Itália e fundaram a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA), que estabelecia a livre circulação de carvão, ferro e aço entre os países-membros, e defendia políticas para a instalação de industrias siderúrgicas.
Os Valores comuns e "humanistas" eram a utilização conjunta destes recursos naturais. E participavam apenas 6 (seis) países. A Europa estava em ruínas, nunca antes vistas, e acabadinha de sair da grande guerra no início dos anos 50. A Europa dos seis ,entenda-se. Sob o carvão e o aço re-entenda-se
Simplesmente nojento este argumentário de Ferreira Inqualificável a incongruência da direita ou de quem se assume como tal
Pois é... Já que estamos numa de Mestre Gil, também valeria a pena ter em conta não já um "Auto", mas sim uma mais apropriada "Farsa". Esqueceu-se aqui o povo do luso burgo da máxima da sabidona Inês Pereira (seria ela uma camarada do PCP "avant-la -lettre"?), não cuidando dos cabedais necessários à compra do conduto, dos arreios e ao pagamento de serviços veterinários para o luzidio puro-sangue de encher o olho que lhe impingiram. Para o logro ser ainda maior, o almejado cavalinho mostrou cavalinho não ser: caiu-lhe o lustroso pelame, cresceram-lhe as orelhas e aumentou-se-lhe a crina, o cristalino relincho transmutou-se-lhe num cavernosíssimo zurro. Aí, toda a gente gritou - "É um burro!!! Pois certamente que era, mas cá com um destes apetites por pão de ló que chegava e sobrava a um regimento de cavalaria medieval, e senhor de uma preguiça tal que se recusava terminantemente a carregar fosse quem fosse.
Moral da história: o cavalo europeu metamorfoseou-se num inútil jerico, sendo que se o vistoso corcel nos poderia derrubar, o apagado asno também nos não carrega para algum sítio que seja e consome-nos o que temos e o que nunca teremos.
Se é verdade que, como escreveu Antonio Machado, "Caminante, no hay caminho/Se hace camino al andar", que tal deixarmo-nos de paixonetas insensatas por cavalgaduras e tentarmos fazer o caminho a pé?
" Branquearam toda a corrupção"
Herr José agora fala na terceira pessoa do plural?
A corrupção que herr Jose branqueava qd defendia os offshores e o branqueamento de capitais?
Ou qd defendia o direito dos corruptores a corromperem os corruptos?
Herr Jose lembra-se ou quer que lhe avivemos a memória?
Quando herr Jose fala em " incompetência" está a referir-se à daquele, hoje unanimemente considerado como criminoso, que arrastou para a guerra centenas de milhares de portugueses e que propagou a fome, miséria e morte nas ditas colónias? Confessemos que "incompetência" é um eufemismo um pouco miserável
Também se pode estar a referir à "competência" de alguns dos seus "ídolos" , como o DDT, a quem prestava culto só de ouvir falar no seu nome, levando-se da cadeira e fazendo a vénia submissa.
Quiçá a Passos Coelho que governou com rara competência o país nos terrenos pantanosos da austeridade, tendo sido nomeado no ano de 2012 como o Alemão do Ano.
Herr jose, com que competências anda vossemecê de mão dada?
Há por aí alguns muito bons comentários, a começar pelo do autor do post
Vale (muito) a pena a vinda a este blog.
Para Herr José a culpa NUNCA é da Alemanha. Mais do que um revisionista com sotaque alemão, Herr José é um negacionista em alemão com sotaque... da Áustria. Verdade, Herr José, os "comunas" alambazaram-se com metade das cinzas da Europa? A sério? Deve ter sido porque o aleivoso do Zé Estaline atacou, traiçoeiramente sem aviso, a pobre da Alemanha nazi que estava, descuidada e mui pacífica, gozando (e dando, filantropicamente, a gozar a Checos, Eslovacos, Belgas, Holandeses, Polacos, Belgas, Franceses e Ingleses) as delícias emanadas da ideologia bolsada por Adolf Hitler. Vá-se lá entender os néscios dos historiadores que atribuem 26 milhões de mortos na II Guerra Mundial à URSS...
Já ao analisar (?!!!) os tempos políticos que ora correm, faz Herr José a transição de um aborrecido pecadilho verbal (o uso reiterado do "não") para duas físicas maleitas incapacitantes: a cegueira e a surdez. São óbvias para quem tem olhos na cara as hordas bolcheviques que, por toda a Europa, se preparam para a violenta tomada do poder e os seus gritos ululantes não passam inauditos nem às pedras. Herr José, com uma bondade só ao alcance das grandes almas, já nos explicou toda a situação europeia atual com uma clareza apolínea: Merkel, Renzi, Cameron, Hollande, Durão e Passos & Associados mais não foram, ou são, do que agentes infiltrados da "comunagem" internacional, uma pandilha que, intencionalmente, derreteu a UE para que os seus amigalhaços da foice e do martelo se alçassem ao poder. Genial, Herr José, eu diria mesmo que é genialmente híper mega genial!
"Se é verdade que, como escreveu Antonio Machado, "Caminante, no hay caminho/Se hace camino al andar", que tal deixarmo-nos de paixonetas insensatas por cavalgaduras e tentarmos fazer o caminho a pé?"
Sabem lá quem foi António Machado, estes mocetões amantes de outro mocetão de nome Renzi, e que é aqui tão bem apanhado na foto que João Rodrigues escolhe para ilustrar o seu post.
Sabem lá o que são os "Campos de Castilla" e Soria, caríssimo anónimo das 17 e 41. Sabem lá que Machado foi obrigado a atravessar a fronteira francesa para Collioure quando Franco ( esse paladino dos ideais "humanistas") cercou por completo as últimas fortalezas da República.
António Machado que morreria a 22 de Fevereiro de 1939 e que seria uma das primeiras vítimas daquela que é conhecida como "La retirada", a fuga forçada para França de cerca de 500.000 espanhóis, fugindo do fascismo e da repressão assassina dos fascistas
Machado, com a sua mãe Ana Ruiz, seu irmão Joseph e sua irmã, fugiria no final de Janeiro através dos Pirinéus, na fronteira com Portbou.
Abandonados pelas ambulâncias que os transportavam, pela incapacidade de estas avançarem com tantas pessoas, sem bagagem ou dinheiro, chegaram à aldeia de Collioure, sem nada, sendo alojados gratuitamente na pensão de Madame Quintana, que lhes deu abrigo.
Três semanas depois morreria, apenas três dias antes do falecimento de sua mãe.Pouco após a sua morte, o seu irmão José Machado encontrará no bolso de seu casaco um pedaço de papel com aquele que é considerado o seu último verso :
"Estes dias azuis e este sol da infância".
Sabem lá isso, estes pobres mocetões, amantes do tal mocetão de nome Renzi e por quem choram as lágrimas amargas dos hipócritas de todos os tempos, "humanistas" dum raio, que não coram de vergonha com as vacuidades que debitam.
O "oportunismo populista, cinismo e gloriosa cretinice" é o marco visível da boçalidade argumentativa de alguém que assume encapotadamente um racismo desprezível e larvar.
Antes eram os judeus. Ou os comunistas. Ou os negros.Ou as mulheres. Agora são os latinos. Ou os das periferias
Antes era a mão levantada na saudação típica. Agora é o latido com sotaque alemão
Sim, os PIGS são perdulários, está-lhes no sangue o perdularismo, desde as finanças pessoais às contas públicas. E gente séria não partilha contas conjuntas com perdulários, porque quando o fazem ou dormem juntos e partilham fluidos, ou o que coloca dinheiro na conta conjunta controla muito bem os gastos do outro. Os srs. "de esquerda" fazem-no na vida pessoal de V. Exa., porque não haveriam de fazer os estados? Querem os PIGS sair do Euro? Os "intelectuais" dizem que sim, mas 90% do povo diz que não ("90% dos portugueses querem Portugal no euro", jornal Expresso; 14.11.2016).
Eu também acho que Portugal deveria sair do Euro, pois trabalho na Alemanha, e ganho muito bem! Com a desvalorização galopante do Escudo que aí viria, com as políticas de "incentivo" ao mercado interno e de aumentos salariais "que visem as necessidades dos trabalhadores" e da CGTP, diria que a inflação passaria a rondar a de 1984, ou seja, 30%. Nessa altura regressaria eu a Portugal com as minhas poupanças, em Euros claro está porque Escudos só os quereriam os PIGS, e tornar-me-ia um verdadeiro "porco capitalista".
A Albânia não está na UE nem o Euro, e é muito menos periférica que Portugal, pois bem, o magno exemplo de um estado-sonho para o PCP e BE. Vou fazer-vos uma confidência mas fica entre nós, não digam a ninguém: Portugal não era propriamente rico antes de 2002 e tinha mais pobreza do que tem hoje.
Ao comentador de 7 DE DEZEMBRO DE 2016 ÀS 16:32
Desde o carvão e do aço houve alguns updates no sistema operativo comunitário. Atualize lá o software que o caro amigo parou no tempo. Sei lá, veja lá o tratado do Maastricht ou por exemplo o Tratado da União Europeia.
"SUA MAJESTADE O REI DOS BELGAS, SUA MAJESTADE A RAINHA DA DINAMARCA, O PRESIDENTE DA REPÚ BLICA FEDERAL DA ALEMANHA, O PRESIDENTE DA IRLANDA, O PRESIDENTE DA REPÚBLICA HELÉNICA, SUA MAJESTADE O REI DE ESPANHA, O PRESIDENTE DA REPÚBLICA FRANCESA, O PRESIDENTE DA REPÚBLICA ITALIANA, SUA ALTEZA REAL O GRÃO-DUQUE DO LUXEMBURGO, SUA MAJESTADE A RAINHA DOS PAÍSES BAIXOS, O PRESIDENTE DA REPÚBLICA PORTUGUESA, SUA MAJESTADE A RAINHA DO REINO UNIDO DA GRÃ- -BRETANHA E DA IRLANDA DO NORTE,
(1) RESOLVIDOS a assinalar uma nova fase no processo de integração europeia iniciado com a instituição das Comunidades Europeias, INSPIRANDO-SE no património cultural, religioso e humanista da Europa, de que emanaram os valores universais que são os direitos invioláveis e inalienáveis da pessoa humana, bem como a liberdade, a democracia, a igualdade e o Estado de direito, RECORDANDO a importância histórica do fim da divisão do continente europeu e a necessidade da criação de bases sólidas para a construção da futura Europa, CONFIRMANDO o seu apego aos princípios da liberdade, da democracia, do respeito pelos direitos do Homem e liberdades fundamentais e do Estado de direito, CONFIRMANDO o seu apego aos direitos sociais fundamentais, tal como definidos na Carta Social Europeia, assinada em Turim, em 18 de outubro de 1961, e na Carta Comunitária dos Direitos Sociais Fundamentais dos Trabalhadores, de 1989,"
Ferreira não seja aldrabão. E embora não se perceba o que o comentário das 16 e 32 tem com o que posta, já percebemos que o seu "rigor" vai de par com a sua ignorância
Vamos voltar ao que escreveu com aquele tom de virgem pudica a somar aos insultos que bolsou.
"Esquecem-se é que a Europa em 1945 estava em ruínas nunca antes vistas na História da Humanidade, e os povos europeus, acharam por bem, que juntos e partilhando valores fundamentais comuns, seriam mais fortes".
A Europa em 45 estava em ruínas. Mas não o estava no início da década de 50.
Os povos europeus não acharam por bem "juntos e partilhando valores fundamentais construir uma europa unida". Pretenderam isso sim nesse mesmo início da década de 50 a utilização conjunta de recursos naturais. E participaram apenas 6 (seis) países. Sob o signo do carvão e do aço .
Pelo que o seu choradinho em torno duma "Europa em ruínas" "partilhando valores fundamentais" é a mostra solene da sua grande ignorância. Não adianta pois tentar avançar umas décadas e colar ao pós pós pós pós pós guerra esse seu choradinho idiota e ignorante. E profundamente insultuoso
Só mais uma coisa. Veja se tem coragem para assumir os disparates que debita
Quanto ao idiota do comentário dum tal aonio qualquer coisa não tenho paciência para dar troco a uma máscara mal parida do blog Vera Veritas do próprio Ferreira.
Blog mano a mano Ferreira / Aolio
Estes casos tratam-se com os donos e não com as máscaras. E muito menos como os donos travestidos de máscaras.
Mesmo que num assomo de auto-crítica se assumam por vezes como "porcos" ( e estou apenas a citar)
Há mais.Fica para depois
Já percebemos Aónio Eliphis. Você partilha contas conjuntas com João Pimentel Ferreira e quando o faz dorme junto e partilha fluidos
Já cá tínhamos um Herr José para nos dar a comédia nossa de cada dia. Deve ser pelo aproximar da quadra natalícia e pelo facto de todos nós merecermos, por entre as agruras da vida, um momentinho de boa disposição que o Altíssimo resolveu mandar-nos um João Pimentel Ferreira e um Aónio Eliphis. Temos assim, para grande gáudio nosso, ao vivo e a cores, aqui no LdB, a Santíssima Trindade do Pai néscio (Herr José), do Filho comediante contorcionista (o Sr. João Pimentel Ferreira) e do Espírito Santo do Nirvana alemão ( Aónio Eliphis): "jjA", uma firma advogando o disparate num "blog" perto de si...
Ao nosso ilustríssimo "Eliphis" só resta desejar que não relaxe o espírito pensando que a santa maré da "viradeira" da extrema da Direita alemã é coisa que só afetará uns indivíduos com roupas esquisitas e com o hábito de se prostrarem voltados para Meca. Aqui para nós, que ninguém nos ouve, o filme cheira a coisa bafienta requentada no micro-ondas, meu caro: também houve uns senhores alemães que começaram na purga da "comunagem" e acabaram... bem... escusado será dizer onde. Fie-se na Virgem e arme-se em portuguesinho de quem, vá-se lá saber porquê, toda a gente em toda a parte gosta e, depois, diga mal da sua vida.
Caríssimo anónimo das 19:19 horas: tem toda a razão, pois eles nem sabem, nem (o que é bastante pior) sonham. Saudações cordiais.
"Efectivamente, a Itália atravessa desde há numerosos anos uma crise grave. Esta crise não toma a forma aguda da crise grega, ela é mais surda mas não menos profunda. Constata-se que a introdução da moeda única matou a economia italiana. Isso se vê quando se olha o crescimento e sobretudo o crescimento por habitante. Hoje a Itália está ao nível que havia atingido em 2000. Dito de outra forma, estes dezasseis últimos anos não viram qualquer crescimento. O fraco crescimento registado de 2000 a 2007 foi inteiramente destruído nos anos seguintes. A constatação é ainda pior se se examinar o crescimento por habitante. Em PIB per capita o rendimento da Itália está hoje no nível de 1997.
Aqui não se trata de uma crise brutal como na Grécia. A produtividade do trabalho, cujo crescimento era comparável ao da França e da Alemanha de 1971 a 1999, estagnou desde 2000. O afastamento alargou-se maciçamente em relação aos seus vizinhos imediatos. Se se adoptar 1999 como índice 100, o ano de 2015 está em 117 na Alemanha e na França, mas apenas em 104,5 na Itália. A razão desta situação é, como no caso da França, o afastamento que se criou entre a taxa de câmbio virtual do Deutsch Mark, que se pode calcular pela evolução da produtividade e da inflação na Alemanha, e a taxa de câmbio virtual da Lira. Um estudo do Fundo Monetário Internacional mostra que o Marco está virtualmente sub-avaliado em 15% (à taxa de câmbio do Euro) quando a Lira está super-avaliado em 10%. Este afastamento de 25% é a causa de muitas das infelicidades da economia italiana, assim como para a França onde o afastamento atinge 21%"
(Jacques Sapir).
"Esta crise tem portanto consequências internas mas também europeia. Na própria Itália há doravante o sentimento de que esta situação não pode durar mais. A personalidade de Matteo Renzi é a partir de agora muito contestada. As diferentes reformas, quer sejam elas executadas pelo governo de Mario Monti ou aquelas aplicadas pelo actual primeiro-ministro, Matteo Renzi, atingiram durante a população mas não puderam relançar a máquina económica. Elas traduziram-se mesmo por um agravamento da crise experimentada pela economia italiana.
A ascensão das dívidas podres no balanço dos bancos italianos, quer seja o Unicredit ou o Monte di Paschi de Siena, que é a causa principal dos problemas que experimentam, vem daí. Os bancos emprestaram a empresários e famílias que, devido à crise, não podem reembolsar estas dívidas. Esta crise é agravada pelo facto de que os principais accionistas destes bancos são pessoas privadas e não "investidores institucionais" como acontece em França. Uma crise aberta destes bancos, sua falência, arruinaria centenas de milhares de italianos. A gestão desta crise bancária mostrou uma classe política italiana que mal mudou desde os anos 1990. A família de Matteo Renzi foi implicada directamente em vários escândalos.
Esta é uma das razões que levaram Matteo Renzi a submeter um projecto de reforma constitucional a referendo. Se o projecto for aceite, ele terá as mãos livres para proceder a uma reforma bancária e poderá redesenhar um sistema político à sua medida. Se ele fracassar, a reforma bancária não se verificará, pelo menos como ele deseja, e não terá outra escolha senão suplicar à Alemanha que proceda a uma política de relançamento maciço se quiser salvar a economia italiana. Como há probabilidades muito pequenas de ser ouvido em Berlim, ele poderia não ser outra escolha para a Itália senão uma saída catastrófica do euro. Esta saída não seria feita pelo próprio Renzi. Pensa-se que em caso de êxito do "Não" no referendo, seu governo cairia muito rapidamente e isso abriria caminho para novas eleições onde partidos eurocépticos, como o Movimento 5 Estrelas de Beppe Grillo, a Liga (ex "Liga do Norte") de Salvini, mesmo o Forza Italia, o partido de Berlusconi, poderiam ter a maioria.
Vê-se como a situação italiana poderia, os próximos dias e semanas, ter consequências consideráveis sobre a situação da zona euro e da União Europeia. Se tivermos um êxito do "Não", os investidores se afastarão da Itália, mas também – e o fenómeno do contágio vai actuar muito rapidamente – da França e da Espanha. As taxas subirão outra vez, apesar da acção do Banco Central Europeu. Experimentaremos um novo episódio da crise do euro, mas numa situação política onde a União Europeia, já enfraquecida pelo "Brexit" e pela eleição de Donald Trump, provavelmente não terá mais meios de reagir."
(Jacques Sapir)
Mais genericamente, o cenário de um Italexit é crível?
"É preciso distinguir a saída do euro de uma eventual saída da União Europeia. A Itália tem uma necessidade vital de recuperar sua soberania monetária. Isto para a sua economia, tal como em menor medida para a economia francesa, uma questão de vida ou morte. Mas uma saída do euro, que hoje é encarada seriamente nos meios industriais italianos, e sabe-se que a confederação patronal italiana, a Cofindustria, é sorrateiramente favorável, não implica uma saída automática da UE. O maior pragmatismo reinará então. Pode-se sempre pretender que não se pode sair do euro sem sair da UE. Mas, na realidade, isso não é verdade. Os países da UE têm interesse em que a Itália fique e perceber-se-á nesta ocasião que os tratados são, em período de crise, aquilo que Bismarck dizia: pedaços de papel. Se a Itália tiver de sair do euro, é evidente que se encontrarão diversas acomodações que não se conduzirá pela letra formal dos textos.
Entretanto, está claro que esta saída da Itália do euro, se se concretizasse, enfraqueceria consideravelmente a União Europeia. Esta então não teria praticamente a opção de se reformar de maneira fundamental, convocando todos os países membros a um novo tratado fundador, ou de explodir. Ora, os dirigentes da União Europeia são fundamentalmente conservadores, pessoas que são incapazes de imaginar um outro mundo senão aquele das vantagens e da prebendas com que se beneficiam."
(Jacques Sapir)
"O euro desempenha um papel muito nefasto sobre o crescimento dos países da zona euro por duas razões. Por um lado, ele bloqueia a taxa de câmbio num nível artificial que não beneficia senão a Alemanha. Tenho dito que o euro é uma máquina para sub-avaliar maciçamente o valor da moeda alemã. Desde que esta última tenta pôs ordem nos seus assuntos, isto tornou-se absolutamente evidente. Economistas já o mostraram . Além disso, o euro impõe aos outros países políticas depressivas, aquilo a que se chama políticas de austeridade, e impõe igualmente uma corrida à austeridade para os países que querem fazer parte do euro. Este é o sentido profundo do projecto económico defendido por François Fillon (e bem mais hipocritamente por seus adversário, quer seja Alain Juppé ou seus adversários potenciais como Emmanuel Macron e o candidato potencial do partido socialista). O impacto do euro sobre o comércio e a actividade na Europa foi muito negativo, que se trate da actividade intra-europeia ou dos intercâmbios entre a Europa e o resto do mundo.
É preciso constatar que o euro foi vendido às populações europeias na base de contra-verdades e de mentiras, é claro que empacotadas numa aparência de raciocínio científico, mas de que era fácil mostrar os erros e os preconceitos ideológicos. Estas mentiras conduziram-nos ao impasse em que estamos hoje. Vê-se bem que a Alemanha não pode conceder aos outros países da zona euro a ajuda que seria necessária para compensar a fixidez das taxas de câmbio, uma ajuda que é avaliada conforme os autores entre 8% e 12% do PIB anual da Alemanha. Vê-se bem, também, que não há harmonização social e fiscal entre os países da zona euro.
(Jacques Sapir)
"Hoje, estamos numa situação em que o afastamento das taxas de câmbio virtuais entre os países atingiu um nível insuportável. Eis porque a crise do Euro, que estava latente no começo dos anos 2000, e que se tornou visível a partir do Inverno de 2009-2010, migrou dos países da periferia, como Portugal, a Grécia ou a Espanha, para países do centro histórico da zona, ou seja, a Itália e a França. Um documento do FMI datado deste Verão mostra isso [8] . De facto, o euro acabou por recriar a mesma situação que se tinha na Europa em 1930-1932 com o "Bloco Ouro", uma situação cujos efeitos desastrosos no contexto da crise induzida pelo crash de 1929 são bem conhecidos. Os diferentes países europeus tiveram de abandonar, uns a seguir aos outros, o "Bloco Ouro" e aqueles que o fizeram primeiro foram aqueles que se saíram melhor. Passar-se-á o mesmo com o euro. Aqueles que abandonarem o navio primeiro serão os mais beneficiados".
(Jacques Sapir)
Subscrevo o que disse o meu camarada Eliphis. Eu estou emigrado na Holanda e também ganho bem. Caso Portugal saia do Euro, compro uma mansão à custa da miséria do povo. É desta que as casas desvalorizarão mesmo! Os prezados camaradas ainda não me responderam sobre a questão albanesa. O que achais da Albânia? País menos periférico que não está nem na UE nem no Euro.
É impressão minha ou há para aí um anónimo energúmeno a criticar alguém por se apresentar com uma "máscara"
J Pimentel insiste na cena acanalhada do seu amigo com que troca cama e fluidos (este é o nível que o coitado nos oferece)
Insiste na manipulação própria do tipo que é. Não terá um amigo para além do seu amigo, que lhe diga a figura patética que faz?
Remete-se ao silêncio. E foge. A expressão "instalados da vida " com que crismava outros, afinal mais não é do que uma máscara para esconder por um lado a sua instalação do costume na pesporrência ideológica, por outro o "processo inercial" do seu intelecto.
Um link para aqui, LdB, naquela espécie de blog que partilha com o seu amigo que partilha com o seu amigo que não é outro senão o amigo dele próprio, ou seja J.Pimentel não seria uma boa ideia para mostrar aos amigos do amigo dos fluidos a verdadeira figurinha desta espécie de conselheiro Acácio dos tempos hodiernos?
Mas o processo de fuga de J. Pimentel Ferreira é ainda mais completo do que o já denunciado.
A sua histeria insultuosa , "de forma nojenta e execrável" ( estes são os termos, porque foram exactamente estes os termos usados por Ferreira) em que encavalitava a sua ignorância sobre o pós-guerra, a Europa em ruínas e a utilização conjunta de certos recursos naturais, desapareceu. Esfumou-se. A histeria afinal não o era. Era apenas o cenário adequado para mostrar a indignação paroxística típica das virgens púdicas a esconderem a sonsice do género. Afinal a hipocrisia também característica dum vendedor de banha da cobra.
Tal como se regista o silêncio perante a acusação directa: "Veja se tem coragem para assumir os disparates que debita"
Trabalhando na Alemanha o Aonio ( ou será o Pimentel?, com tanta troca de fluidos entre estes dois, já não se sabe) defende os interesses da Alemanha. Pensa que o regabofe durará para sempre. Já Hitler metera a pata na poça quando ousou falar no reich dos 1 000 anos. Embora para dizer a verdade seja repugnante ver este assumir das dores do dono.
Não perceberá este coitado que a mitomania da compra da "mansão" com que se agita e abanica, qual novo-rico de opereta, é um assunto que não interessa mesmo nada? Um assunto que tem a ver com ele e só com ele mais as suas masturbações em volta da mansão? Ele que compre as mansões que quiser mas que aperte mais o fatinho para que o umbigo não lhe denuncie os hábitos.
Quanto à Albânia....não percebe que foi por piedade que ninguém pegou no tema? A patetice e a boçalidade a esse nível não merece resposta, mas por comiseração sempre se vai dizendo que compre um mapa europeu e veja quem pertence ou não à UE e ao euro. Depois, se conseguir, perceberá a figura que está a fazer ( ou talvez não)
Finalmente este seu comentário; "É impressão minha ou há para aí um anónimo energúmeno a criticar alguém por se apresentar com uma "máscara".
Francamente. Aqui não há PISAs, novas oportunidades, canudo à Relvas ou qualquer outro derivado. Aqui trata-se sim da mais pura iliteracia ou analfabetismo funcional.
Vá lá ler de novo J.Pimentel, Vá lá ler de novo a ver se percebe. Não é difícil mas pode ler as vezes que quiser.
Sobretudo esta parte:
"Estes casos tratam-se com os donos e não com as máscaras. E muito menos como os donos travestidos de máscaras".
Já atingiu? Talvez um pouco mais devagarinho?
Eliphis & Ferreira
São 2 emigrados que fazem pela vidinha no El Dorado europeu que zaraparam da sua "zona de conforto" a verdadeira vox pop dos por cá ficaram!
Pois por cá a vidinha vai indo sem cheta mas também é verdade que não pensamos ir comprar uma mansão p'ra Holanda ou Alemanha portanto os vossos "soundbites" asquerosos do quão bem ganham só pode ser explicado pela tez pálida de quem não vê o sol e uma proeminente marreca por quem se agacha perante a voz dos donos que os fazem esquecer, por breves instantes, que são também eles PIGS.
O "update" da Albania foi muito esclarecedor para quem ganha a vida na Alemanha ou Holanda visto que geograficamente este país é menos periférico em relação a quem? Onde começa e acaba a Europa? Será a geografia um "downgrade" retórico quando temos o Tratado de Maastricht?
Mas, lamento serem tão "distraídos", pois não se devem ter dado conta da oportunidade perdida de serem um verdadeiro PIG capitalista pois por ex. em 2014 o valor do salário mínimo era de €485, estando €63 abaixo do valor real de 1974, com base na aplicação da taxa de inflação anual e da base de dados macroeconómicos da Comissão Europeia (AMECO), ou seja 577€, em 74, e com o consecutivo aumento do fosso social que existe em Portugal desde a adesão continuo sem perceber porque não voltam com os vossos euros (nem vistos gold precisam!!) tirarem vantagem dos vossos compatriotas "perdulários" que perdoam sempre que há eleições e esquecem os governantes e classe empresarial trambiqueira que adoram gritar menos estado e mais privado quando a coisa corre bem mas, como trocam fluidos e dormem juntos, quando o privado dá prejuízo lá vem o publico nacionalizar os estragos... mas, alto lá, isso também acontece na Alemanha não é?
Onde é que eu já ouvi narrada a história dos seus vindouros dias, meu caríssimo João Pimentel Ferreira? Já sei, aqui:
Nos carris
vão dois comboios parados
foste longe e regressaste
trazes fatos bem cuidados
E já pensas
em dourar o teu portão
se és senhor de dez ou vinte
és criado de um milhão
Regressaste
com um dedo em cada anel
e projectos num papel
e amigos esquecidos
Tempos idos
são tempos que voltarão
em que pedirás ao chão
os banquetes prometidos
Milionário que voltaste
dois tostões prós que
atraiçoaste (...)
Com a licença de Sérgio Godinho. O resto pode gozá-lo numa sessão de "karaoke" em dueto com o seu "camarada" Eliphis, pois a música de José Mário Branco é inolvidável.
Caríssimo anónimo das 23 e 47:
Ahahah!
Na mouche
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