terça-feira, 13 de outubro de 2015

Que se lixe o TINA mais as eleições

«Virar de página na política de austeridade e na estratégia de empobrecimento»; «defesa do Estado Social e dos serviços públicos»; «relançamento do investimento em ciência, na inovação, na educação, na formação e na cultura»; «um novo modelo de desenvolvimento e uma nova estratégia de consolidação das contas públicas, assente no crescimento e no emprego»; «uma política reforçada de convergência e coesão»; «restituição de feriados»; «política de rendimentos»; «IVA na restauração»; «combate à precariedade»; retirada do «cheque educação e das escolas independentes». Estas são algumas das medidas e domínios em que a coligação de direita parece estar disposta a ceder, em nome da obtenção de um acordo de governabilidade com o Partido Socialista.

É como diz o João Galamba: «PSD e CDS acusavam PS de ter um programa irresponsável e demagógico, que dava tudo a todos (...). A desorientação (...) é tanta que parecem ter mudado radicalmente de opinião e até já admitem governar com esse programa».
Acabou-se pois o TINA. Afinal há alternativas e as medidas do programa eleitoral socialista tornaram-se, num ápice, «compatíveis» com a estratégia política da direita. Tudo a bem da pátria, claro está. O ajustamento e os sacrifícios, nos últimos quatro anos, foi só por brincadeira.

5 comentários:

meirelesportuense disse...

Bom, o PS já regressa às reuniões com a PAF hoje às 18 horas!...
-A mim não me surpreendem, nem sequer me repugnariam, desde que o resultado seja o Governo PAF levar a cabo uma verdadeira Política de Esquerda!...
O que eu desejo é essa outra Política.
Se essa fôr a Política levada a cabo pelo Passos e pelo Portas, será até motivo para suscitar alguma ironia do meu lado.

Jose disse...

Naaaa,,,O PS não vai nesse engodo.
A esquerda é o respaldo certo para um programa progressista. Aí se salvará o presente e se construirão amanhãs que cantam.
Galamba, vai em frente, pela esquerda, por Portugal.
Uma política patriótica e de esquerda, Galamba, Já!

Dias disse...

As “medidas e domínios em que a coligação de direita está a disposta a ceder”, estão completamente fora da sua órbita e da TINA. Para quem não tinha qualquer programa, a não ser prosseguir com a austeridade, isto só mostra desespero. Há duas razões: primeira, a coligação quer manter o poder a todo o custo, segunda, quer impedir por todos os meios que se desfaça o mito bafiento do “arco da governação”, que lhe tem servido durante décadas.
Das “boas intenções” deste governo colaboracionista e perito na duplicidade, estamos todos fartos. Esta cambalhota monumental só convence quem quer.

Agora digo eu: mais importante que a reposição dos feriados, a devolução da sobretaxa, ou outra medida qualquer, o que é mesmo imperioso é correr com este governo.

DA disse...

Não é feita nenhuma referência à queda do "cheque-educação" no documento facilitador.

http://observador.pt/wp-content/uploads/2015/10/documento-facilitador-de-um-compromisso-politico-entre-paf-e-ps-para-a-governabilidade-de-portugal.pdf

meirelesportuense disse...

Afinal estávamos enganados, o "Zé" até é de Esquerda. Já fala em "amanhãs que cantam" em vez de "noites negras para o vosso quintal"...Boas, Zé! -Bem vindo à Sibéria.