É o valor estimado dos encargos que o Estado tem mantido com o programa cheque-dentista, a cujo acesso o Ministério da Saúde decidiu agora privar as crianças e jovens com 7, 10 e 13 anos. E corresponde, no seu montante, à generosa, inesperada e excedente oferenda financeira aos colégios privados, feita pelo Ministério da Educação no início deste ano. São escolhas senhores: o dinheiro que servia para prevenir e tratar problemas dentários de milhares de crianças e jovens é poupado para custear o luxo, ilusório, da frequência de escolas privadas por filhos das classes alta e média-alta.
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2 comentários:
Eu andei num colégio até ao 9° ano e sou filho de um funcionário público (professor do ensino secundário) e de uma desempregada. Considera-me de classe média-alta?
O Ricardo Reis não está a sugerir, com o seu exemplo, que é um caso representativo do estatuto sócio-económico dos alunos que frequentam colégios privados, pois não?
Dou-lhe também o meu: andei num colégio do interior até ao 9º ano (só para rapazes), essencialmente frequentado por filhos de emigrantes. Mãe professora do ensino básico e pai motorista.
Acha mesmo que as excepções são a regra?
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