quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Da falência moral


A Al Jazeera oferece o espelho onde a comunicação social dominante no Atlântico Norte pode mirar a sua falência moral: “nos campos de morte de Gaza, o jornalismo enfrenta a sua hora mais negra”. 238 jornalistas foram assassinados por “Israel” na Palestina. 

Abaixo deste importante artigo de Asef Hamidi, diretor de informação da Al Jazeera, está uma banal “notícia” do jornal Público, onde a tal falência moral está patente em pleno genocídio, a começar na palavra “Israel”. 

Como comentou Raquel Ribeiro: “Até o Guardian e o Financial Times, usando o mesmo texto-base da Reuters, têm títulos mais decentes. Isto são escolhas conscientes.”
 

6 comentários:

  1. israel nestes quase dois anos de cerco a gaza perde toda a autoridade moral que lhe tinha sido dada aquando do holocausto

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  2. Talvez um dia se venha a saber de onde vem o verdadeiro financiamento de jornais como o Público.

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  3. E desde quando as aldrabices de "Israel" merecem algum crédito?
    E se o Holocausto desse autoridade a alguém também negros, russos, ciganos, deficientes podiam andar por aí a roubar a terra dos outros e a cometer atrocidades.

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  4. A exposição sucessiva à indignidade tem o dom de nos deixar cair num torpor quanto aos factos que testemunhamos. Portugal é hoje um país tão absurdo, cheio de pessoas tão absurdas, tão ignorantes, tão dispostas a agir contra os seus próprios interesses em nome dos seus preconceitos, que já nada nos surpreende. Mas, de vez em quando, convém lembrar que há coisas que não são normais.
    Na Volta a Portugal há uma equipa que tem o nome de Israel, financiada por um milionário israelita com a óbvia intenção de limpar o nome do país no palco internacional. Hoje, um m atleta dessa equipa ganhou a etapa. O nome de Israel já foi pronunciado milhares de vezes durante esta Volta. Israel, o país que há mais de 70 anos tem um projeto colonial sanguinário em curso e que, nos últimos dois anos, pratica um genocídio em direto. Mata civis e jornalistas aos milhares. Mata quando civis tentam receber ajuda humanitária. É este Israel cujo nome é pronunciado num evento desportivo coberto pela televisão pública com a maior naturalidade. Sem resistência da televisão pública, dos seus trabalhadores e de muitos dos seus telespectadores.
    Ao mesmo tempo, todas as equipas russas, mesmo aquelas que não têm nenhuma ligação direta ao Estado russo, foram proibidas de concorrer em provas e ciclismo internacional desde a invasão da Ucrânia. Para aqueles que se precipitarão a dizer que isto é desporto, não é política, estamos conversados.
    Eu não espero nada da coerência moral do mundo ocidental. Nunca esperei. Abomino o simulacro de humanismo universal em que assenta a ordem liberal. É uma farsa com que nunca alinhei.
    Mas isto é tão óbvio, tão ardentemente indigno, um tamanho insulto à inteligência dos que esperam coerência, um tal insulto a quem ainda tem firmeza de valores, que é impossível não tentar gritar e dizer que não é normal.
    Cair na indolência da indignidade reiterada não é opção.

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    1. As minhas desculpas, esqueci-me de dar crédito onde este é devido. Acima transcrição completa de texto do “fractura exposta”.
      https://open.substack.com/pub/fraturaexposta/p/a-indignidade-indolente?utm_campaign=post&utm_medium=web

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