quinta-feira, 15 de agosto de 2024

Lado a lado para memória futura


 

6 comentários:

  1. Ora deixa ver...cortamos no turismo. Ficam casas livres. Vão ter que as arrendar. Aí impomos um tecto para a renda, mais os impostos e X anos de rendas obrigatórias. Se os fascistas dos proprietários torcerem o nariz impomos-lhes o arrendamento obrigatório e a renda condicionada e até que o enteado do marido do arrendatário seja maior e vacinado. Parece-me bem. Até lá há que conseguir 4×5% nas eleições legislativas. Caso contrário sobra a miséria dos tribunais incompreensivos e os investimentos especulativos.

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    1. Por mais voltas que dês à cachimónia, nunca te ocorrerá chamar a quem vive do seu trabalho de fascista...

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  2. O turismo salvou muita gente da miséria durante o período da troika. Casas e empregos na restauração e na hotelaria permitiram a muito boa gente escapar da emigração ou da miséria. Queixamo-nos, bem, que as pessoas são afastadas do centro das cidades, que os jovens não conseguem arrendar casa em Lisboa ou no Porto, mas todos nós gostamos de visitar Paris, Londres, Berlim, Madrid, Roma, Praga, Viena, onde, muitos anos antes, já este fenómeno era evidente. Ou fazer Erasmus. E gostamos de ficar no centro. E não nos importávamos muito que os residentes fossem forçados a sair (nem sabíamos). O problema não é o turismo, que dá de comer a muita gente. O problema deu-se quando, nesses anos de fartar a vilanagem, se flexibilizou o arrendamento e, num momento de crise aguda, se concentrou o imobiliário nas mãos de uns quantos abutres.
    Os rapazes estão de volta. Mansos, primeiro, claro, mas com muitas clientelas para alimentar. Isso não é bom. Mas a culpa não é do turismo.

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  3. Anónimo 19:50, deixe-se de tretices. Dar de comer a gente é tirar de comer a outra gente? Quer dizer, é dar de comer a "muita" gente o preço que turista paga, mas que muita outra gente não consegue pagar? É dar casa a "muita" gente o preço que turista paga, mas que muita outra gente não consegue pagar? Deixe-se de trenguices. A "culpa" é termos uma economia dependente de turismo, sim... Você próprio intui o cerne da questão, o âmago do problema, mas sem o compreender. Têm de sair das aparências. Diz você: "o turismo salvou muita gente da miséria durante o período da troika". Aí está o problema e solução nenhuma: no período da troika, a economia portuguesa regrediu industrialmente para uma dependência nefasta de um serviçinho que não apenas "importa dinheiro externo", como também "importa custos externos", criando "desequilíbrios sociais internos" (preços) graves. Presta para nada. Entenda!

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  4. E muito instrutivo ver a quantidade de reacoes vitriolicas que sempre suscitam os textos neste blog que se debrucam sobre turismo e/ou imobiliario...
    O Thomas Pikety expressou uma certa expectativa de que talvez no sec XXI nao se observe o retorno completo da sociedade de rentistas da Belle Epoque porque o retorno do capital lhe parecia nao ter condicoes estruturais para regressar aos famosos 5% observado duriante a maior parte da historia .
    Em Portugal pelo menos, intuo que Pikety esta enganado. A caixa de comentarios deste blogue suporta a minha intuicao.

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