Se, pela moeda única, as decisões orçamentais, monetárias e financeiras saírem do nível nacional e forem entregues a um BCE, sedeado algures (em Frankfurt), com escasso ou nulo controlo político, sofrem rude golpe as soberanias nacionais, o poder dos povos participarem nas decisões que a si dizem respeito, em estruturas políticas que lhes são próximas e controlam.
Sérgio Ribeiro, Não à Moeda Única – Um contributo, Edições Avante, 1997.
No quadro do argumento soberanista, ou seja, democrático, Sérgio Ribeiro (1935-2024) sublinhava como a perda de instrumentos cruciais de política económica tinha implicações regressivas, de classe, em matéria da política social e laboral, num contexto de “competitividade selvagem”, de “moeda forte para economia fraca”. No fundo, estava a antecipar a desvalorização interna, a dependência e a divergência e tinha boas razões para o fazer.
Em tempo: já que tanto se fala na ultrapassagem pelos países da Europa central e de leste, Polónia, Roménia, Hungria, R. Checa, têm um ponto em comum : não aderiram ao euro.
ResponderEliminarE mesmo para a Estónia, Letónia, Lituânia, Eslováquia e Eslovénia.
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