Os EUA anunciaram uma tarifa de 100% sobre a importação de carros elétricos chineses, confirmando que a tradição protecionista, que vem desde a independência, está bem viva. O comércio livre é mesmo o protecionismo dos mais fortes e os EUA já não se sentem fortes perante a política industrial chinesa.
Na UE, a maior máquina de liberalização comercial e financeira jamais inventada, a presidente da Comissão Europeia ameaça agora a China nesta área: ou contêm as exportações ou haverá retaliações. A indústria alemã está sujeita a vários choques, incluindo o energético, e faz sentir o seu peso político. Não haja ilusões sobre a superestrutura política supranacional do capital do centro europeu.
Quando foi para desindustrializar prematuramente esta nossa periferia europeia, não houve estas preocupações. Trancados numa moeda forte, num momento de intensificação da globalização, prescindindo de instrumentos de política, ficámos progressivamente acantonados numa economia de serviços.
Não nos resignemos a este destino liberal.
Qual desígnio liberal...desígnio de burros.
ResponderEliminarÉ isso. Enquanto foram têxteis e companhia, toma lá uma indemnização compensatória e cala-te. A China é que era bom. Agora toca-lhes, ai Jesus!
Gosto dessa da contenção das exportações. É encher os portos de Hamburgo e Roterdão com carros eléctricos chineses! Resta-lhes dizer que os carros são telecomandados pelo PCC.
O problema é que a Volkswagen, por exemplo, já enterrou muito dinheiro na China...
ResponderEliminarQuando o Ocidente começa a perder...as regras do jogo mudam.
ResponderEliminarLá que os " Tóinos " tenham dificuldade em perceber que
ResponderEliminar"... O comércio livre é mesmo o protecionismo dos mais fortes ..." ,ainda vai que não vai mas,
o que me surpreende,
é a elite mentecapta europeia, continuar a assobiar para o lado,
no que aos interesses dos USA diz respeito.
Se não comermos carne, ainda pudemos comer batatas mas...ainda cá vamos ESTANDO!
...se chegasse ao QUINTAL deles, a tarifa aplicada seria a necessária, para não os... BELISCAR!
P.S.
Não consigo é perceber o papel da Alemanha!
Talvez a aproveitar a onda para...se armar?!