quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

O retrocesso em todo o seu esplendor


Num debate promovido pela Federação Portuguesa pela Vida, Paulo Núncio, futuro deputado da AD por Lisboa, defendeu, num painel composto apenas por homens, a realização de um novo referendo ao aborto.

Afirmou, sem quaisquer ambiguidades, que «depois de a liberalização ter sido aprovada por referendo, embora não vinculativo, mas com significado político, é muito difícil reverter a lei apenas no parlamento. Acho que a única forma de revertermos a liberalização da lei do aborto passará por um referendo, por um novo referendo». Reverter, ou seja, voltar a criminalizar, a interrupção voluntária da gravidez (IVG). Temos, portanto, com a nova/velha AD, o risco de retrocesso em todo o seu esplendor.

Adenda- Para que não subsistam dúvidas, o resto da frase proferida por Paulo Núncio no debate: «(...) a liberalização da lei do aborto passará por um referendo, por um novo referendo, para conseguirmos ganhar como ganhámos em 98. Devemos ter a capacidade de tomar iniciativas, no sentido de limitar o acesso ao aborto e, logo que seja possível, procurar convocar um novo referendo, no sentido de inverter esta lei».

3 comentários:

  1. O que é que estão à espera de um núncio?!!!

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  2. Arrepio-me de medo quando vejo estas figuras sinistras e imaginá-las de novo no poder. Tenho fé que o povo saberá decidir com sabedoria e manter esta gente longe das nossas vidas.

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  3. “Defendemos a criação de um fundo de emergência para famílias que pensam recorrer ao aborto por razões materiais, por exemplo, razões do foro financeiro ou falta de apoio logístico e familiar. Será uma ajuda financeira, um balão de oxigénio para salvar uma vida”, afirmou.

    https://rr.sapo.pt/noticia/pais/2024/02/28/paulo-nuncio-candidato-da-ad-defende-um-novo-referendo-ao-aborto/368617/

    Portanto, uns tostões para mais um pacote de fraldas e evita-se o aborto. O maior desgosto é alguém sem competência ou menor noção do que é a vida e as razões humanas, ambicionar (des)governar um país.

    Senhores, se quereis tanto proteger a vida, melhorem as de quem já cá está, e que passa frio, fome, maus tratos, guerras, ou a "simples" mágoa de viver numa permanente sensação de não ter futuro! Que doentia obsessão de querer fazer nascer crianças que não são desejadas. Como se já não tivéssemos demasiadas crianças que se tornam adultos sem nunca ter experienciado o amor e a segurança de uma família...

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