Por ter assumido essa posição num contexto em que a esmagadora maioria dos economistas apoiava os programas de austeridade desenhados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu e Comissão Europeia, Krugman tornou-se uma referência importante para quem, à esquerda, se opunha à estratégia de empobrecimento de quem trabalha. O economista nunca deixou de se considerar um liberal, mas mesmo assim opôs-se a esta estratégia seguida por governos como o português, procurando desconstruir a ideia de que a solução para a crise passava pelo corte de salários e aumento do desemprego.
As suas últimas declarações apanharam, por isso, muitas pessoas de surpresa. Ao Jornal de Negócios, Paul Krugman classificou a experiência portuguesa como “uma espécie de milagre económico” e disse que é “um pouco misterioso como é que as coisas correram tão bem” a Portugal depois da última crise financeira. Talvez o grande mistério esteja na própria afirmação: se olharmos para os dados da última década, as coisas correram bastante menos bem do que é dito.
O resto do artigo pode ser lido no Setenta e Quatro (acesso livre, sem paywall).
Krugman é diz-se liberal no sentido americano, que é bem diferente do europeu. Mas é um facto que milagre não se ve nenhum, nem dos mais comezinhos.
ResponderEliminar"Alfred Nobel não contemplou um Nobel da Economia, no seu testamento, o documento onde detalhou a atribuição dos outros cinco prémios (Medicina, Física, Química, Literatura e Paz). A ideia de premiar também as Ciências Económicas surgiu apenas em 1968, por iniciativa do Banco Central da Suécia, que nesse ano assinalava o seu 300.º aniversário. Nobel morrera em 1896."
ResponderEliminar"Foi então instituído o Prémio do Banco Central da Suécia em Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel, administrado pela Fundação Nobel."
https://expresso.pt/internacional/2023-10-09-Economia-o-premio-que-Alfred-nao-previu-mas-que-a-sua-fundacao-abracou-67411d10
Alfred Nobel não considerava a economia uma ciência...
O prémio "Nobel" da economia é uma invenção dos neoliberais do Banco Central da Suécia.